quarta-feira, 12 de agosto de 2020

América-MG 0 x 1 Cuiabá-MT

Enquanto o Cuiabá criou três oportunidades com mais chances de gol e aproveitou uma, o América desperdiçou três chances criadas. 

Airton fez uma importante defesa, numa finalização do Yago da intermediária, mas foi ineficiente em dois lances de bola alta na pequena área. 

Na finalização da intermediária, Yago finalizou livre de marcação, porque Felipe Augusto demorou para recompor, Diego Silva e Zé Ricardo ficaram na marcação de dois adversários pelo lado direito, e Juninho não se posicionou para marcar o finalizador. 

Diferentemente do posicionamento funcional sob o comando do Felipe Conceição,  quando jogou adiantado para fazer a marcação alta, Juninho voltou a jogar mais recuado, numa função parecida com a desempenhada no time campeão de 2017, comandado pelo Enderson Moreira.

No gol sofrido, Airton deveria ter saído para pelo menos tentar rebater o cruzamento, e Eduardo Bauermann, por ter demorado para fazer a recomposição, estava mal posicionado na jogada e rebateu errado. 

Ainda houve uma cobrança de escanteio na pequena área, em que Jenison ganhou de cabeça do Airton e cabeceou para fora. 

A improdutividade e ineficiência ofensiva do time americano foi resumida em três lances. 

Felipe Augusto errou a tomada de decisão e finalizou errado, em vez de passar.

Vitão, em jogada individual, arrancou, invadiu a grande área e fez o cruzamento para Alê, fazer a assistência para Felipe Augusto finalizar em cima do goleiro. 

João Paulo fez o cruzamento para Alê, dentro da área, finalizar de pé esquerdo. 

As duas chances com a participação do Alê evidenciaram a necessidade de o Lisca escalar o Alê para jogar mais no campo do adversário, pisar mais na área e finalizar ou escalar um meia-atacante agudo, com poder de finalização, para jogar mais avançado que o Alê. 

No lado direito, Diego Ferreira foi mais participativo que Felipe Augusto, que manteve a improdutividade defensiva e ofensiva.

Pela esquerda, Matheusinho recuou mais vezes para colaborar com João Paulo na marcação do que João Paulo avançou para fazer triangulações com Matheusinho. 

Com poucas ultrapassagens do João Paulo, excessivo recuo do Alê, improdutividade do Felipe Augusto pela direita, a única opção ofensiva foi através do Matheusinho, que aberto pela esquerda recebia a bola e praticamente só havia Vitão para tentar fazer as jogadas, ou quando infiltrava pela diagonal, faltavam opções pelo centro e pela direita para trocar passes ou fazer lançamentos. 

Aliás, Jaime Júnior destacou as faltas de opções. 

Felipe Augusto deveria ter saído no intervalo.

Poderia ter sido feita uma composição com Rodolfo jogando 25 minutos e Berola 20 minutos, porque ambos estão voltando de lesões. 

Rodolfo jogou mais pelo lado do que centroavante e poderia ter entrado no lugar do Felipe Augusto, com a permanência do Vitão. 

Berola deveria ter entrado antes, no lugar do próprio Rodolfo, em caso de desgaste, ou do Vitão, com Rodolfo de centroavante. 

Leo Passos, que pouco acrescentou, seria a quinta mudança ou não entraria. 

Sávio, mas avançado, e principalmente Toscano, demonstraram que poderão ser mais bem aproveitados. 

Alás, a formação do segundo tempo, com Zé Ricardo e Alê, de volantes, Toscano, meia-atacante centralizado e Sávio mais avançado, no lugar do Felipe Augusto,  deveria ser utilizada mais vezes em determinados jogos. 

Alê e Zé Ricardo foram os mais participativos no meio-de-campo. 

América: 
Airton; 
Diego Ferreira, Messias, Eduardo Bauermann, João Paulo (Berola); 
Zé Ricardo, Juninho (Sávio), Alê; 
Felipe Augusto(Leo Passos), Vitão (Rodolfo), Matheusinho (Toscano)
Técnico: Lisca. 

Cuiabá: 
João Carlos;
Hayner, Everton Sena, Anderson Conceição e Romário; 
Auremir, Rafael Gava e Elvis (Maxwell); Yago (Felipe Ferreira), Felipe Marques (Matheus Barbosa); Jenison (Fabrício). 
Técnico: Marcelo Chamusca. 
Gol: Rafael Gava