sábado, 15 de agosto de 2020

América-MG 1 x 1 Operário-PR

Numa competição de resistência e regularidade, o América desperdiçou grande chance de conquistar três pontos e a reabilitação da derrota para o Cuiabá. 

Ineficiência nas finalizações,  principalmente no primeiro tempo, erros no penúltimo e último passe, no segundo tempo, falta de "malandragem do boleiro" para nos minutos finais isolar a bola pro mato porque era jogo de campeonato, e falha de posicionamento defensivo no gol sofrido, no minuto final,  facilitaram o empate. 

Também faltou o acaso ocorrido na vitória sobre a Ponte Preta, quando o resultado foi melhor que o desempenho. 

Ainda assim, sobretudo na primeira etapa, foi o melhor rendimento do time americano nos três jogos disputados pela Série B de 2020. 

A distribuição tática básica, sem contar variações e a posse ou não da bola, ficou próxima do 4-3-1-2, com bastante movimentação do Zé Ricardo, Juninho e Alê,  flutuação do Matheusinho, e os dianteiros Felipe Augusto e Rodolfo trocando de posição. 

Juninho, talvez para colaborar com Diego Ferreira na marcação, jogou aberto pelo lado direito, com infiltrações na diagonal.

Alê avançou pelo centro médio esquerdo. 

Contra o Cuiabá, Matheusinho jogou pelo lado esquerdo e participou da recomposição defensiva para marcar a subida do adversário. 

Diferentemente do jogo anterior, o posicionamento do Matheusinho foi mais avançado e centralizado, mas sem posição fixa, 

Neste posicionamento funcional, Matheusinho foi o principal articulador das jogadas ofensivas, fez assistência de pé esquerdo para Juninho marcar o gol,  e de acordo com os dados estatísticos do SofaScore ficou em primeiro lugar na pontuação dos dois times. 

Mesmo assim, faltaram opções ofensivas para Matheusinho aumentar as possibilidade na distribuição das jogadas. 

Felipe Augusto e Rodolfo foram os mais avançados e finalizadores, mas a maioria das conclusões de média e longa distância, com Rodolfo mais participativo pelos lados do que de centroavante. 

A melhor oportunidade foi desperdiçada pelo Felipe Augusto, que livre de marcação dentro da área, numa jogada parecida com a de outros jogos, finalizou em cima do goleiro. 

Mas se no primeiro tempo, o Coelhão controlou o jogo, com posse de bola ofensiva, criou e desperdiçou oportunidades, no segundo tempo a efetividade ofensiva diminuiu. 

Devido ao desgaste físico provocado pela sequência de jogos após o período de paralisação, Alê e Matheusinho foram substituídos. 

Com a saída do Alê, e especialmente Matheusinho, os erros de execução das jogadas ofensivas aumentaram. 

Imprecisão no penúltimo e último passe do Diego Ferreira, Geovane, Juninho, Sávio e Toscano prejudicaram a produtividade ofensiva. 

Pelo posicionamento ofensivo, Toscano demonstrou que poderá ser mais bem aproveitado, mas faltou alguém mais qualificado para trocar passes com ele. 

Geovane, sub-23 de outra base em processo de formação e oscilação, pouco acrescentou. 

Em vez de o Geovane ter substituído o Alê, talvez a entrada do Sávio ou Lucas Luan, que não estava relacionado, e depois Berola no lugar do Rodolfo poderiam ter sido mais produtivas e eficientes. 

Vitão teve uma oportunidade para finalizar, numa assistência do Matheusinho, incomodou os zagueiros. e poderia ter feito um gol de cabeça se Diego Ferreira tivesse acertado o cruzamento.  

Anderson entrou para pegar ritmo e formar trio de zagueiros com Messias e Eduardo Bauermann. 
Por um minuto a menos ou sem a falha de posicionamento do setor defensivo, a escolha do Lisca teria sustentado o resultado. 

É bom lembrar que nas vitórias sobre o Villa Nova por 2 a 1 e Patrocinense por 1 a 0, Joseph entrou durante os  jogos para compor o trio de zagueiros e o resultado foi garantido.  

No gol sofrido, na única finalização do adversário no segundo tempo, a falha começou com a rebatida sem força do Juninho e terminou com a finalização do adversário mal marcado pelo Diego Ferreira. 

As conclusões de longa e média distância e o posicionamento distante da área do Rodolfo evidenciaram mais uma vez a necessidade de um centroavante com mais presença de área e poder de decisão. 

Destaque para Messias e em especial Matheusinho,  que com a sequência de jogos e mais opções ofensivas para trocar passes, poderá aumentar a produtividade. 

América-MG
Matheus Cavichioli; 
Diego Ferreira, Messias, Eduardo Bauermann, João Paulo (Anderson); 
Zé Ricardo, Juninho e Alê (Geovane); 
Matheusinho (Toscano);
Felipe Augusto (Vitão) e Rodolfo (Sávio).
Técnico: Lisca

Operário-PR
Rodrigo Viana; 
Sávio (Lucas Batatinha), Rafael Bonfim, Ricardo Silva e Julinho; 
Mazinho (Reniê), Tomas Bastos e Marcelo; 
Douglas Coutinho (Hector Bustamante), Thomaz (Jean Carlo) e Jefinho (Schumacher).
Técnico: Gerson Gusmão