quinta-feira, 3 de setembro de 2020

América-MG 2 x 1 CSA-AL

Num campeonato de resistência e regularidade, vencer por um gol de diferença é goleada.

Ainda assim, o desempenho foi melhor que o resultado.

A proposta de jogo foi toda do América, que dominou o adversário, criou, desperdiçou e aproveitou oportunidades. 

O placar poderia ter sido mais amplo se houvesse mais eficiência nas finalizações, mais acertos nas assistências e na tomada de decisão entre finalizar e passar.

Mas pelo menos o acaso protegeu no gol contra do adversário. 

No gol sofrido, houve falha de reposicionamento. 

As principais jogadas ofensivas foram pelo lado esquerdo, com a troca de passes progressivos entre Alê, João Paulo e Matheusinho, mais as participações do Rodolfo e Toscano. 

Na falta de um centroavante com presença de área e mais poder de decisão, talvez tivesse sido mais interessante Rodolfo ter jogado mais fixo pela direita, a fim de aumentar a amplitude e ficar mais próximo do Daniel Borges, com Toscano avançado pelo centro. 

Possivelmente pelo esgotamento físico, Juninho e principalmente Zé Ricardo, um dos principais destaques do time, renderam menos do que podem render. 

Daniel Borges e João Paulo foram bastante produtivos na tarefa ofensiva. 

Embora tenha sido bastante participativo, Alê, em vez de jogar aberto pelo lado esquerda para colaborar na marcação e no ataque, pela qualidade técnica e baixa velocidade de transição ofensiva, deveria ter jogado avançado pelo corredor central e próximo do Toscano, a fim de ser mais criativo, finalizador e decisivo. 

As mudanças obrigatórias, devido ao desgaste físico provocado pela excessiva sequência de jogos em pouco tempo, evidenciaram a necessidade de ter uma base fixa de mais ou menos 15 jogadores com capacidade para disputar a titularidade. 

A entrada do Berola, Diego Ferreira e Leo Passos, e a saída do Daniel Borges, Matheusinho e Toscano demonstraram a diferença física e técnica entre titulares e reservas. 

O sub-23 Leo Passos entrou para fazer a dupla função defensiva-ofensiva pelo lado direito, próximo do Diego Ferreira e Juninho. 

Vitão poderia ter entrado, mas seria preciso um outro atacante de beirada sem ser o Berola e Leo Passos para substituir Rodolfo. 

Apesar de Berola ter jogado próximo do Alê e João Paulo, mesmo assim, foi menos participativo do que Leo Passos, devido a falta de ritmo de jogo. 

O aproveitamento do Guilherme deverá ser gradativo, no máximo entre 15 a 30 minutos nos primeiros jogos. 

Destaque para Daniel Borges e João Paulo na tarefa ofensiva, Messias e Bauermann, pela segurança defensiva, as participações do Alê, Matheusinho e Rodolfo, e em especial Messias. 

De acordo com os dados da SofaScore, vale destacar Matheusinho entre os quatro meias-atacantes pelo lado esquerdo que mais pontuaram, e Messias e Rodolfo na seleção da rodada. 

América na formatação básica 4-3-3:

Matheus Cavichioli; 
Daniel Borges (Diego Ferreira), Messias, Eduardo Bauermann, João Paulo; 
Juninho (Rickson), Zé Ricardo, Alê; 
Rodolfo (Guilherme), Toscano (Léo Passos), Matheusinho (Berola)
Técnico: Lisca.
 
CSA:
Bruno Grassi; 
Norberto, Alan Costa, Luciano Castán e Igor Fernandes (Rafinha); 
Richard Franco (Márcio Araújo) e Geovane; 
Nadson (Pedro Junior), Rafael Bilu (Allano) e Rodrigo Pimpão (Alecsandro); 
Michel Douglas. 
Técnico: Argel Fuchs.

Gols: Luciano Castán (contra), Rodrigo Pimpão e Messias

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