terça-feira, 12 de novembro de 2019

Cuiabá-MT 0 x 2 América-MG

Mais uma vitória da força do futebol coletivo, competitivo e determinado, com a participação diferenciada do Matheusinho, no primeiro tempo, e do imprevisto favorável, nos minutos finais.

Em vez da importante eficiência nos gols decorrentes de bola parada, os dois foram em jogadas construídas.

No primeiro, Diego Ferreira antecipou, passou para Viçosa fazer assistência para Matheusinho tomar a decisão certa de finalizar.

O segundo gol recompensou o esforço dos jogadores americanos, personificado pelo Juninho e Viçosa.

De acordo com o Footstats, no primeiro tempo, o time americano teve 57% de posse de bola, fez 3 finalizações certas e duas erradas, contra 47% de posse, 3 finalizações erradas e nenhuma certa.

No segundo tempo, praticamente sem a presença do Matheusinho, o rendimento ofensivo dos comandados pelo Felipe Conceição despencou, com 47% de posse de bola, duas finalizações certas, nenhuma errada, contra 53% de posse, 6 finalizações erradas e 4 certas.

Quando o adversário buscava o controle do jogo, com proposta ofensiva, aconteceu o imprevisto favorável.

Lesão do Jean Patrick, depois da terceira mudança feita pelo Marcelo Chamusca.

Com um jogador a mais, o time americano manteve a determinação e foi premiado com o segundo gol.

Airton fez 4 defesas simples.

Diego Ferreira, Lucas Kal, Ricardo Silva e Sávio formaram uma primeira linha defensiva bastante consistente e participativa na troca de passes.

Considerados reservas, os dois laterais tiveram bom desempenho.

Na lateral direita, Diego Ferreira, novamente, foi muito melhor do que quando jogou improvisado na função de meia-atacante, acertou 42 passes, errou 9

Sávio também foi bastante participativo na marcação, na saída de bola e na troca de passes com Matheusinho, acertou 57 passes, errou 7, fez uma assistência para finalização.

Lucas Kal, último zagueiro contratado, tomou conta da posição, foi o jogador com mais posse de bola, errou 6 passes e acertou 60.

Ricardo Silva acertou 10 rebatidas.

Zé Ricardo completou 100 jogos no time principal, mas poderia ter jogado mais vezes. Perdeu muito espaço para contratados com salários mais altos e de baixo retorno. Estaria ainda mais bem preparado se tivesse jogado mais. Na função de articulador, acertou 42 passes, errou 9, número elevado para o padrão dele, e fez uma finalização errada. Tem capacidade para ser mais finalizador.

Maranhão fez uma finalização errada, acertou 24 passes, errou 2.

Juninho, premiado com o gol, fez duas assistências para finalização, 32 passes certos e 3 errados.

O ritmo do Felipe Azevedo diminuiu no segundo tempo, mas foi muito mais produtivo no campo ofensivo do que Diego Ferreira, improvisado, nos jogos anteriores. Fez duas finalizações certas, acertou 34 passes, errou 7 e perdeu 9 vezes a posse de bola.

Viçosa repetiu a participação ofensiva, fez duas assistências para gol, quatro para finalização, acertou 23 passes, errou 6.

Geovane, na função de meia-atacante de lado, pouco acrescentou, acertou 11 passes e errou 2.

Talvez a entrada do Bilu, que nem foi relacionado, ou Ademir, tivesse sido mais interessante.

Flávio tem mais potencial na função de primeiro volante. Deveria ter jogado mais recuado, com Zé Ricardo, mas avançado, igual se destacou na base.

Aliás, Sabino também tem muito mais potencial de primeiro volante do que zagueiro.

Para jogar mais avançado no meio-de-campo,  Lucas Luan e João Gabriel são mais promissores.

O diferencial competitivo do Matheusinho prevaleceu, na primeira etapa.

Matheusinho representa bem a fase de transição das categorias de base para a equipe principal.

O retorno dentro de campo de alguns promovidos é mais rápido.

Outros,  começam a ficar prontos depois dos 23 anos.

Ainda, os que, por uma série de fatores adversos, entre eles lesões, falta de estrutura familiar, poucas oportunidades reais num time encaixado e improvisação indevida,  param de evoluir e reproduzir no principal o potencial demonstrado nas categorias de base.

Aos 21 anos, no primeiro ano do segundo passo da transição, ainda em fase de aprimoramento e oscilação, fez o sexto gol nesta Série B e o nono da temporada.

Cuiabá:
Victor Souza;
Leo (Jonas), Ednei, Anderson Conceição e Paulinho; Marino,
Alê e Jean Patrick;
Felipe Marques (Gutiérrez), Jefinho e Lucas Braga (Escudero).
Técnico: Péricles Chamusca

América: na formação básica 4-1-4-1.
Airton;
Diego Ferreira (Leandro Silva), Lucas Kal, Ricardo Silva e Sávio;
Zé Ricardo;
Felipe Azevedo, Juninho, Maranhão (Flávio), Matheusinho (Geovane);
Viçosa.
Técnico: Felipe Conceição

Gols: Matheusinho, Juninho

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P.S. quase fixo.

A falta de revezamento durante o Mineiro, aumentou a necessidade de reforços para o time titular.

Pelo menos um quarto-zagueiro, qualificado na saída de bola, com velocidade na recomposição, deveria ser contratado. Lucas Kal?

Mais um meia-atacante lado, com poder de finalização, velocidade, resistência física e habilidade para defender e atacar em alta intensidade durante os 90 minutos. Tá faltando.

Ainda monitoramento a fim de aproveitar oportunidades no mercado:

- Um lateral com poder de marcação. - Diego Ferreira?
- Um meia atacante centralizado, com poder de criação, finalização e decisão. Geovane? Michel Bastos? Boselli?
- Um meia-atacante de lado, com velocidade, poder de finalização e decisão.  Bilu?

Na Série B, também haverá necessidade de mudanças planejadas, em vez das obrigatórias devido a suspensão, lesão, contusão e cansaço provocado pela sequência de jogos.