terça-feira, 4 de junho de 2019

América-MG 1 x 1 Coritiba-PR

Defeitos repetidos mais erros nas mudanças feitas pelo Barbieri, no sistema de jogo e na escalação inicial e durante a partida, prejudicaram o desempenho da equipe americana.

Faltou qualidade técnica na execução das jogadas, preparo físico para jogar dois tempos em alta intensidade e padronização tática.

De acordo com o Footstats. enquanto o adversário teve mais posse de bola, acertou duas finalizações e errou 11, o time americano acertou 4 e errou 10.

No gol sofrido, Rodrigão, o principal jogador adversário para ser marcado na bola aérea, pulou livre de marcação. 

O erro da escalação do Berola e Felipe Azevedo para começar o jogo foi repetido. 

Escalar Berola e Felipe Azevedo, na função de meias-atacantes de lado desde o início da partida, sempre provocou queda de rendimento de ambos, no segundo tempo e necessidade de duas substituições obrigatórias.

Jonatas Belusso, que não justificou a titularidade, também era causador de uma mudança na segunda etapa.

Com a saída do Willian Maranhão, no primeiro tempo, a necessidade mínima de mudanças no segundo tempo seriam três, Berola, Belusso e Felipe Azevedo, mas para duas substituições restantes.

A opção de três volantes aumentou um pouco o poder de marcação na recomposição defensiva pelos lados, com Juninho na direita e Willian Maranhão na esquerda, mas perdeu qualidade, na transição ofensiva. 

Juninho, Luiz Fernando e Willian Maranhão são limitados no campo ofensivo. Escalar só dois deles compromete bastante a tarefa ofensiva. Utilizar os três juntos representou excesso de cautela.

Repetição da tentativa equivocada do Barbieri improvisar Morelli, na função de meia-atacante, contra o Sport, quando o time mais uma vez caiu de rendimento no segundo tempo.

Aliás, Morelli merece chances de jogar na posição de volante. 

Barbieri ainda desperdiçou uma alteração, com a entrada do Christian no lugar do Maranhão, volante no lugar do volante, e depois Matheusinho no lugar do Juninho, meia-atacante no lugar de volante.

Poderia ter sido mais produtivo ter feito só uma mudança, com a entrada de um meia-atacante, Matheusinho ou Toscano, no lugar do volante Maranhão, a fim de mudar o sistema tático, aumentar o poder ofensivo e buscar o controle do jogo.

No início do segundo tempo, poderia até ser Rafael Bilu, no lugar do Berola, mas haveria mais uma possibilidade de mudanças ofensiva.  

Toscano no lugar no Belusso, na posição de centroavante ou para formar uma linha de três meias, com Bilu e Matheusinho, pelas beiradas, e o deslocamento do Felipe Azevedo, para a função de atacante centralizado.

Ainda Ademir ou França, no lugar do Belusso, com o deslocamento do Felipe Azevedo para o centro.

Com o desgaste do Felipe Azevedo, inofensividade do Belusso, e sem as ultrapassagens dos laterais, Rafael Bilu foi a única opção para contra-atacar.

Faltarem opções para Christian e Matheusinho aumentarem a força de ataque. 
 
Apesar da baixa velocidade de recomposição e resistência física para executar a dupla função defensiva-ofensiva pelo lado, destaque para Felipe Azevedo, centralizado e avançado, pelo gol marcado, pelas duas finalizações certas, duas erradas e 3 assistências para finalização. Contra o Sport, Felipe Azevedo também se destacou adiantado pelo centro. 

Thiago não justificou a titularidade, com defesas salvadoras e saídas precisas do gol. 

Leandro Silva e João Paulo, sem a colaboração dos meias-atacantes de lado no combate, foram envolvidos com facilidade na marcação. Sob o comando do Barbieri,  os laterais diminuíram a participação na tarefa ofensiva. 

Paulão não comprometeu na marcação. 

Ricardo Silva não pulou para disputar a bola com Rodrigão, no gol sofrido, mas estava bem para primeiro jogo. 

Luiz Fernando foi mais produtivo no campo defensivo.

Juninho desperdiçou chance de gol, fez duas assistências para finalização. 

Willian Maranhão foi improdutivo no campo ofensivo.

Christian, improvisado na função de meia centralizado, aumentou um pouco a força ofensiva no primeiro tempo, quanto teve mais apoio do Leandro Silva e João Paulo, e opções do Berola e Felipe Azevedo, mais descansado, No segundo tempo, só teve Rafael Bilu para ser lançado, em jogada de velocidade. 

Rafael Bilu teve a produtividade normal de um jogador de 20 anos num time desentrosado. Poderá ser parte da solução, se houver suporte técnico dentro do campo. 

Matheusinho entrou aos 30 minutos do segundo tempo, fez uma finalização, acertou 9 passes e errou 2. Do mesmo modo que Christian, faltaram opções ofensivas de velocidade para serem acionadas. 

América:
Thiago;
Leandro Silva, Paulão, Ricardo Silva e João Paulo;
Luiz Fernando, Juninho (Matheusinho)  Willian Maranhão (Christian);
Berola (Rafael Bilu), Jonatas Belusso, Felipe Azevedo.
Técnico: Maurício Barbieri

Coritiba:
Wilson;
Diogo Mateus, Alan Costa, Romércio e William Matheus (Welinton Júnior);
Matheus Sales, João Vitor (Juan Alano, no intervalo);
Patrick Brey, Giovanni (Luiz Henrique), Rafinha;
Rodrigão.
Técnico: Umberto Louzer
Gols: Felipe Azevedo, Rodrigão


www.facebook.com/avacoelhada
twitter.com/Avacoelhada
www.instagram.com/avacoelhada

P.S. quase fixo.
A falta de revezamento durante o Mineiro, aumentou a necessidade de reforços para o time titular.

Com a contratação do Ricardo Silva, pelo menos um zagueiro, qualificado, com velocidade na recomposição, deveria ser contratado.

Mais um meia-atacante lado, com poder de finalização, velocidade, resistência física e habilidade para defender e atacar em alta intensidade durante os 90 minutos.

Ainda monitoramento a fim de aproveitar oportunidades no mercado:
- Um lateral com poder de marcação. - Diego Ferreira?

- Um meia atacante centralizado, com poder de criação, finalização e decisão. Michel Bastos?

- Um meia-atacante de lado, com velocidade, poder de finalização e decisão. Rafael Bilu?

Na Série B, também haverá necessidade de mudanças planejadas, em vez das obrigatórias devido a suspensão, lesão, contusão e cansaço provocado pela sequência de jogos.