segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Mineiro Sub-20: América 0 x 1 Cruzeiro

Apesar da derrota, o time americano foi mais determinado que o cruzeirense.

Ainda assim, faltou organização tática, definição do sistema de jogo e houve muitos erros nos fundamentos básicos.

Pelo apresentado contra o América, a campanha do Cruzeiro no Brasileiro não se justifica.

No primeiro tempo, os poucos lances perigosos do Coelhãozinho foram por meio de escanteios.

O Cruzeiro desperdiçou uma grande chance, quando Erick estava fora do gol e o adversário, dentro da área, finalizou para fora.

Aos 45 minutos, o gol da vitória cruzeirense foi marcado em cobrança de escanteio na primeira trave, toque de calcanhar para outro jogador, próximo da trave oposta, completar.

Sofrer gols em lances de bola parada evidenciou falhas de posicionamento do setor defensivo, que precisa ser mais bem treinado.

Nos dois confrontos contra o Araxá, um pela primeira fase e outro na primeira rodada do Hexagonal, foram três gols sofridos em lances semelhantes.

No segundo tempo, mais na base da vontade do que da organização tática, os jogadores americanos criaram oportunidades para empatar e conquistar a vitória, mas falharam nas conclusões.

Pilar fez duas assistências, uma para Felipinho, que dominou de direita e finalizou de esquerda, em vez de finalizar de primeira ou dominar e tentar o drible pela esquerda do goleiro.

Na outra assistência do Pilar, Michel, que jogou de meia-atacante na segunda etapa, finalizou de pé direito.

Méritos para Pilar pelas assistências, mas na condição de artilheiro, também deveria ter chances para concluir.

Renan acertou uma cabeçada defendida pelo goleiro e errou uma finalização dentro da área.

Marcinho também finalizou errado de pé esquerdo em vez de rolar para o meio da área ou acertar o gol.

Os erros nas conclusões evidenciaram falhas no fundamento da finalização.

Lucas Luan e Victor Emiliano foram desfalques.

Felipinho, talvez por ter voltado de contusão, entrou no segundo tempo.

Vitinho entrou bem, mas poderia ter partido pra cima pelas beiradas em vez de infiltrar pela diagonal.

A primeira linha defensiva de três jogadores para começar a transição e avançar os laterais está indefinida, sem qualidade na troca de passes.

Os erros de passes na saída de jogo evidenciaram falhas no fundamentos do passe.

Rafael, que havia atuado na função de volante nos jogos anteriores, atuou de zagueiro.

Quando Ronaldo e Diego avançaram pelos lados e buscaram a linha de fundo, criaram situações de gol, mas poucas vezes tentaram fazer essas jogadas.

Os laterais precisam ser mais ofensivos a fim de se destacar e aumentar a força de ataque.

Na terceira rodada do hexagonal do Mineiro, o América ainda busca a formação ideal e uma definição do modelo de jogo.

A formação ideal pode até ter sido prejudicada pelas contusões e suspensões, mas na parte tática precisava ter demonstrado uma maior padronização.

A distribuição tática neste jogo foi diferente da utilizada nos jogos realizados no Lanna Drumond, e contra o Villa Nova, em Nova Lima, durante a primeira fase.

O desempenho do time está mais dependente da vontade dos jogadores.

Se a metodologia de treinamentos não for modificada e intensificada, a tendência é chegar ao fim da competição sem ter uma definição dos titulares, do sistema de jogo, e com defeitos de posicionamento defensivo, erros nos fundamentos básicos de passes, finalizações e cruzamentos.

Deste modo, o desempenho na Copa São Paulo de 2018 será fadado ao fracasso.

Com a saída do Milagres e a entrada do Fred Pacheco, até jogadores, que foram promovidos ao profissional no fim do ano passado e retornaram ao sub-20 este ano, estão com rendimento inferior ao de 2016, quando se destacaram individualmente.

Jogadores com histórico de bom rendimento sob o comando do Celinho no sub-17 estão com performance mediana e alguns nem são utilizados.

Os novatos no sub-20 pouco acrescentaram.

O tempo necessário para o desempenho evoluir e o resultado aparecer faz parte das qualidades do técnico.

Fred Pacheco pode ser capacitado, mas não conseguiu encaixar o time nem extrair o potencial dos atletas em processo de formação.

América:
Erick;
Ronaldo, Rafael (Gabriel), Victor Caetano, Michel;
Marcos (Diego), Renan;
Saulo (Felipinho), Guilherme (Leo Lucas), Marcinho;
Pilar (Vitinho)
Técnico: Fred Pacheco

O Cruzeiro fez duas substituições e o América cinco.

Marco Antônio