sábado, 3 de fevereiro de 2018

Pré-jogo: Cruzeiro x América

No campeonato Mineiro, fazer prevalecer a superioridade orçamentária, transformada em qualidade técnica, deve ser a meta americana de desempenho para enfrentar equipes de outras divisões.

Nos clássicos contra Atlético e Cruzeiro, a diferença de orçamento é invertida, além de aumentada.

Ainda assim, os comandados do Enderson Moreira deverão buscar a repetição, com alguma variação e melhoria contínua, dos conceitos utilizados na conquista da Série B.

Este ano, a consistência defensiva foi mantida nos quatro jogos, mas nos dois gols sofridos houve falhas de marcação do setor defensivo pelo lado esquerdo e na cobertura do Matheus Sales.

A posse de bola ofensiva prevaleceu, mas faltou transformar o volume de jogo em oportunidades criadas e aproveitadas.

Contra o Cruzeiro, para quem valoriza mais o resultado do que o desempenho, a vitória será mais importante.

Mas em termos de projeção da formação do time para disputar a Série A, o próximo do ideal, independentemente do resultado, será um bom rendimento do futebol coletivo, competitivo e combativo.

As vantagens competitivas do adversário são a qualidade técnica, intensidade na movimentação e peças de reposição qualificadas, no mesmo nível dos titulares.

Deve ser o duelo entre a velocidade tática americana, com valorização da posse de bola, contra a velocidade dinâmica cruzeirense.

A vitória será do mais eficiente e provavelmente com a presença do acaso.

Goleiro é uma posição diferenciada, única, sem direito ao erro. Nem faz parte da distribuição numérica dos esquemas táticos.

O risco da escalação do Glauco é mais pela posição do que pelo potencial do jogador.

Embora a regularidade seja bem maior, até os experientes Fábio e João Ricardo estão sujeitos a falhas.

Na recomposição defensiva, a primeira linha defensiva deverá ser formada pelo Norberto, Messias, Rafael Lima, Giovanni ou Carlinhos.

Giovanni leva vantagem sobre Carlinhos na bola aérea pelo alto.

Norberto, Messias, Rafael Lima e as vezes Zé Ricardo formarão o trio na saída de bola.

A dupla de volantes será formada pelo Matheus Sales e Zé Ricardo.

Matheus Sales, que precisa melhorar a produtividade defensiva e ofensiva contra adversários menos qualificado, deveria ficar mais fixo na marcação individual do meia centralizado.

Zé Ricardo, além de combater, poderá participar da saída de bola, avançar para aumentar a força ofensiva e o poder de finalização.

Aderlan na direita, com Noberto na função de volante, é opção de mudança.

David tem qualidade na troca de passes, mas baixo poder de marcação.

Se Christian tivesse jogado mais vezes, poderia formar uma dupla dinâmica com Zé Ricardo.

Aylon e Luan deverão executar a dupla função defensiva-ofensiva pelos lados, e também infiltrar pela diagonal para aumentar o poder de finalização.

Luan carece perder menos vezes a posse de bola, finalizar e acertar mais as conclusões.

Renan Oliveira, centralizado e pelos lados, terá a missão de qualificar a troca de passes, fazer assistências e finalizar.

Aderlan é opção de mudança para formar dobradinha com Norberto pela direita.

Apesar da necessidade de maior eficiência no complemento das jogadas, a velocidade do Capixaba em cima do Egídio poderá ser explorada.

Se Renato Bruno tivesse jogado mais vezes, poderia ser opção para a meia-direita, com Aylon, pela esquerda ou centralizado.

Carlinhos, Giovanni, Magrão e Serginho são alternativas para o lugar do Luan, pela esquerda.

Serginho também é opção para meia centralizado.

Rafael Moura necessita ter poder de decisão.

Aylon e talvez Renan Oliveira são alternativas de reposição para a função de centroavante.

Provável time e possibilidades de mudanças:

João Ricardo (Glauco);
Norberto, Messias, Rafael Lima, Giovanni (Carlinhos);
Matheus Sales, Zé Ricardo;
Aylon, Renan Oliveira, Luan;
Rafael Moura

Cruzeiro x América
domingo, 17h, Mineirão
vamos vencer, Coelhô!

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Marco Antônio