Erros ocorridos desde o Campeonato Mineiro, na preparação e formação da equipe para disputar a Série B, ainda refletem no baixo desempenho do time americano, durante o Brasileirão.
Na derrota por goleada para o Figueirense, escolhas equivocadas do Barbieri na escalação inicial e na mudança feita no intervalo, falhas coletivas e falta de preparo físico ideal para jogar dois tempos em alta intensidade, facilitaram a vitória do adversário.
Diego Ferreira, Maranhão, Michel Bastos, Felipe Azevedo e Belusso pareceram sem preparo físico ideal para jogar dois tempos em alta intensidade.
Quem cansar, pede para sair.
Belusso e Felipe Azevedo disputaram o mineiro e ainda estão sem condicionamento para 90 minutos.
Diego Ferreira e Michel possuem o álibi da falta de ritmo de jogo e da estreia.
Ainda assim, o primeiro tempo foi equilibrado, mas nivelado por baixo.
Os comandados do Barbieri tiveram mais posse de bola, mas sem objetividade, com muitos passes para os lados, principalmente do Maranhão.
A única finalização certa foi a cabeçada do Juninho, num cruzamento do Michel Bastos, deslocado pelo lado esquerdo.
Aliás, a falta do desleal Zé Antônio no Juninho pareceu ser para cartão vermelho.
A origem do primeiro gol foi falha infantil de posicionamento em cobrança de lateral.
O estreante Diego Ferreira, sub-23 em processo de formação e oscilação, e Maranhão, limitadíssimo na marcação e no passe pra frente, foram envolvidos com facilidade, no arremesso e quique da bola, que sobrou para Willian Popp fazer o cruzamento.
Ricardo Silva parou de acompanhar Rafael Marques.
Talvez até João Paulo tenha sofrido falta.
Jori, sub-23 em processo de formação de oscilação, aceitou a cabeçada do Rafael Marques no contrapé.
No segundo tempo, a aposta do Barbieri na estreia do Geovane, sub-23 em processo de formação e oscilação, no lugar do Juninho foi bastante infeliz.
Duas novidades iniciais, Maranhão e Michel, principalmente no meio-de-campo era um número elevado.
Maranhão é bastante limitado, até fisicamente para jogar os dois tempos em alta intensidade.
Michel Bastos, previsivelmente, está sem condição física para jogar dois tempos em alta intensidade e participar de sequência de jogos em pouco tempo. Provavelmente terá de revezar nos próximos jogos.
Geovane, a terceira novidade no meio-de-campo, piorou o que estava ruim.
A única jogada mais perigosa do time americano foi com Berola, outro sem preparo físico ideal para jogar dois tempos em alta intensidade, que partiu pra cima da defesa adversária, fez o cruzamento, mas o próprio Geovane furou.
No segundo gol, Diego Ferreira deixou o adversário desmarcado, Paulão perdeu tempo, quando parou para pedir impedimento, e depois foi driblado com facilidade.
Jori defendeu a primeira finalização, a bola bateu no travessão e sobrou para o adversário livre de marcação, porque João Paulo foi muito lento no combate.
No início da jogada do terceiro gol, dois adversários levaram vantagem em cima do Diego Ferreira, Geovane e Maranhão.
No quarto gol, novamente pelo lado direito da defesa americana, o adversário partiu livre de marcação, passou com facilidade pelo Paulão, Jori fez a primeira defesa e a bola sobrou para o adversário desmarcado, porque João Paulo combateu sem determinação.
Talvez tivesse sido mais interessante, começar o jogo com Zé Ricardo, sub-23 em processo de formação e oscilação, Christian ou Juninho e Toscano ou Matheusinho, sub-23 em processo de formação e oscilação, ou Belusso ou Toscano ou Viçosa, com Michel Bastos de opção, devido a falta de ritmo de jogo.
Ou em vez do Geovane no segundo tempo, escalar Zé Ricardo ou Christian ou até Toscano, porque Figueirense estava recuado, jogando por uma bola.
Ou ter feito uma mudança tática, com a entrada de mais um zagueiro, e a liberação do Diego e João para exercer a função de alas.
Bilu, sub-23 em processo de formação e oscilação, Belusso, bem menos participativo e produtivo que Viçosa, e Felipe Azevedo, muito longe da área e da linha de fundo, foram ineficientes nas poucas finalizações.
Enfim, apesar dos treinos secretos durante a Copa América, os defeitos de posicionamento defensivo, baixo poder de criação e finalização foram repetidos.
América:
Jori;
Diego Ferreira, Paulão, Ricardo Silva. João Paulo;
Maranhão;
Bilu, Juninho (Geovane), Michel Bastos (Michel Bastos), Felipe Azevedo;
Belusso (Berola)
Técnico: Barbieri
Figueirense:
Denis;
Victor Guilherme, Alemão, Ruan Renato e Matheus Destro;
Zé Antônio, Betinho e Tony;
Fellipe Mateus (Robertinho), Willian Popp (Juninho);
Rafael Marques (Matheus Lucas)
Técnico: Hemerson Maria
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P.S. quase fixo.
A falta de revezamento durante o Mineiro, aumentou a necessidade de reforços para o time titular.
Com a contratação do Ricardo Silva, pelo menos um quarto-zagueiro, qualificado na saída de bola, com velocidade na recomposição, deveria ser contratado. Aproveitamento do Lima?
Mais um meia-atacante lado, com poder de finalização, velocidade, resistência física e habilidade para defender e atacar em alta intensidade durante os 90 minutos. Tá faltando.
Ainda monitoramento a fim de aproveitar oportunidades no mercado:
- Um lateral com poder de marcação. - Diego Ferreira?
- Um meia atacante centralizado, com poder de criação, finalização e decisão. Michel Bastos?
- Um meia-atacante de lado, com velocidade, poder de finalização e decisão. Bilu?
- Com o não aproveitamento do Viçosa, e a contratação do Elias, será preciso contratar mais um centroavante, com poder de decisão.
Na Série B, também haverá necessidade de mudanças planejadas, em vez das obrigatórias devido a suspensão, lesão, contusão e cansaço provocado pela sequência de jogos.