quinta-feira, 18 de julho de 2019

Brasileiro Sub-20: América-MG 2 x 1 Botafogo-RJ

A utilização do modelo de jogo definido pelo Paulo Ricardo facilitou a repetição da força do futebol coletivo, competitivo e ofensivo.

Reflexo do histórico do técnico, com bastante experiência nas categorias de base, inclusive na coordenação.

É bom destacar que, quando Enderson Moreira comandou o juvenil americano, Paulo Ricardo comandou o infantil.

Vale lembrar o tempo perdido provocado pela aposta equivocada da diretoria no inexperiente Fred Pacheco, para comandar a categoria de base profissional e próxima do elenco principal.

Aos 16 anos, o jogador em formação na base tem contrato profissional, até com possibilidades de jogar na equipe principal.

Aliás, talvez o potencial do Cauan, promovido a auxiliar técnico do Felipe Conceição, seja desenvolvido mais rapidamente no time principal do que no sub-17.

O sub-17 precisa de um técnico mais pronto, com histórico, a fim de potencializar os fundamentos dos atletas em processo de formação.

Quanto mais bem preparados forem os jogadores no sub-15 e sub-17, maior será o aproveitamento no sub-20, sem necessidade de tantas contratações.

Número elevado de jogadores compactados no sub-20 representa falhas na formação das categorias inferiores.

A parceria no futsal deveria ser feita principalmente na base sub-15, a fim de aproveitar os destaques da quadra no campo.

Em relação ao jogo contra o Botafogo,  no primeiro tempo o time americano buscou fazer a proposta de jogo, mas com erros no último passe e ineficiência nas finalizações.

Ainda gol em cobrança de pênalti.

No segundo tempo, a posse de bola ofensiva também prevaleceu.

A individualidade e qualidade do Felipe Clemente e Guilherme Pira fizeram a diferença.

Felipe Clemente aproveitou a escorada de cabeça do Guilherme Borges para fazer o primeiro gol, numa quase bicicleta.

Guilherme Pira, partiu pra cima do adversário, tomou a decisão certar entre driblar e finalizar, acertou a finalização, e Carlos Alberto só empurrou a bola para dentro do gol.

O futebol coletivo bem jogado facilita a confiança para fazer a jogada individual.

A distribuição tática com a bola foi próxima do 4-3-3, mas faltou um meia-atacante centralizado, com mais poder de finalização dentro da área.

Os talentosos Guilherme Borges e João Gabriel estão com mais perfil de volantes do que meia-atacante, o ponta de lança, que pisa na área e finaliza. Ambos precisam finalizar mais de dentro e fora da área.

João Gabriel se destacou na Copa São Paulo devido ao poder de finalização e decisão.

Lucas Luan também parece ter este perfil de armador e finalizador.  Sob o comando do Celinho, um dos melhores técnicos do sub-17 nesta década, jogou bem até de falso 9.

Outra opção seria o recuo do Felipe Clemente, que tem potencial para jogar pelos lados e pelo centro, e o promissor Vitão voltar a ser escalado.

Embora a marcação seja alta e o ritmo acelerado desde o primeiro minuto, o preparo físico para jogar dois tempos em alta intensidade poderia melhorar um pouco, porque nos minutos finais o rendimento voltou a cair, igual no Mineiro. Talvez até cadenciar mais o jogo em alguns momentos.

O número de substituições deveria ser no máximo três, a fim de acostumar com o ritmo do time principal e transferir para o jogadores a responsabilidade de atuarem bem durante os dois tempos.

Depois do segundo gol , o time Botafoguense explorou as jogadas ofensivas pelos lados e criou situações de gol, impedidas pelas defesas salvadoras do Robson.

Thalys e Lucas Luan foram participativos no combate e na troca de passes no campo ofensivo. Precisam buscar mais a linha de fundo para fazer cruzamentos precisos.

Luizão e João Cubas tiveram mais dificuldades no fim do segundo tempo, quando o adversário foi mais ofensivo pelos lados e fizeram mais cruzamentos, mas mantiveram a segurança defensiva.

Renan tem potencial para fazer mais lançamentos, dar passes agudos em vez de tocar muito para os lados, e ser mais finalizador.

Guilherme Borges e João Gabriel, conforme citado, precisam ser mais finalizadores.

Osmar e Guilherme Pira deveriam buscar mais vezes a linha de fundo, em vez de tentar só infiltrar  pela diagonal, continuar a tentar as jogadas individuais, mas com com aumento de acerto na tomada de decisão entre driblar ou finalizar ou passar.

Felipe Clemente é o típico atacante que incomoda a defesa adversária. Mesmo assim, necessita suportar os 90 minutos em alta intensidade, até para poder ser efetivamente utilizado no principal.

Flávio, Pedro e Sabino, na posição de volante, também só deveriam permanecer no principal se forem pelo menos relacionados para os jogos, com chances de entrar durante as partidas.

O suporte psicológico das categorias de base carece ser melhorado ou implantado.

Robson;
Thalys, Luisão, João Cubas, Lucas Luan;
Renan, Guilherme Borges, João Gabriel (Lucas);
Osmar (Carlos Alberto), Felipe Clemente (Renan Peixoto), Guilherme Pira
Técnico Paulo Ricardo
Gols: Felipe Clemente, Carlos Alberto

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