segunda-feira, 5 de março de 2018

América 2 x 1 Democrata

O time experimental, escalado pelo Enderson Moreira, rendeu menos do que deveria ter rendido, mas ainda assim, a diferença técnica entre uma equipe, em preparação para disputar e permanecer na Série A, e a outra, na luta contra o rebaixamento no Mineiro, ficou bem evidenciada. 

Apesar de ter produzido menos que o desejado, o Coelhão venceu, criou e desperdiçou oportunidades para ampliar o placar e novamente foi prejudicado pelos erros da arbitragem, que deixou de marcar um pênalti em cima do Rafael Moura e assinalou impedimentos equivocados do ataque americano. 

Além dos dois gols marcados pelo Serginho e Aylon, houve duas chances desperdiçadas pelo Serginho, uma pelo Rafael Moura e outra do Luan, no rebote da finalização do Serginho.

Os lances mais perigosos do adversário foram num erro de marcação do Rafael Lima, que não acompanhou o atacante, e no segundo tempo, quando Glauco errou o tempo da bola.

A falha do início da transição começou na formação do trio defensivo na saída de bola, pelo
Aderlan, Messias e Rafael Lima. 

Aderlan parece ter mais potencial ofensivo do que defensivo, ao contrário do Norberto, que tem mais qualidade na troca de passes. 

Sem a presença do Zé Ricardo, o poder de marcação, a consistência defensiva e a qualidade do passe diminuíram. Zé Ricardo desarma, distribuiu as jogadas e faz lançamentos rasteiros em profundidade. 

Messias e Rafael Lima ficaram mais expostos. 

Juninho e Magrão foram participativos, mas com erros nos passes e poucos desarmes.

Um dos volantes deveria ter participado da saída de bola a fim de liberar as ultrapassagens do Aderlan e Giovanni. 

Aliás, Giovanni foi bastante discreto no apoio. Quando avançou, acertou o cruzamento para Magrão, na jogada do primeiro gol. 

Carlinhos parece ter mais intensidade para defender e atacar. 

Magrão poderá ser mais produtivo pela beirada porque tem pouca pegada para jogar de volante. 

Serginho foi pouco criativo, com erros nos passes de pé direito, mas teve poder de decisão e finalização. 

Marquinhos foi o que mais procurou o jogo e orientou os companheiros da equipe.

Capixaba pouco acrescentou. 

Rafael Moura permaneceu abaixo do esperado, com dificuldades para dominar e devolver a bola, quando está marcado, mas apareceu no lance do pênalti, na assistência para o gol do Aylon e na grande oportunidade desperdiçada do jogo, contra o lanterna da competição. Vale lembrar que é considerado a melhor contratação de 2018 e tem um dos salários mais elevados. Por enquanto, o custo está bem maior que o benefício. Provavelmente teria perdido a  titularidade, caso Bill tivesse permanecido na equipe. 

Aylon se destacou pelo gol marcado e Luan também desperdiçou chance de fazer gol. 

Enderson Moreira manteve o modelo de jogo, mas poderia ter dado mais oportunidades para Christian e David, que jogaram menos vezes que Juninho e Magrão, ou tentar recuperar o Matheus Sales ou testar o Matheus Ferraz, na posição de volante. 

Na projeção da formação da equipe para permanecer na primeira divisão, falta um meia centralizado, um atacante de lado e um centroavante. 

América
Glauco; 
Aderlan, Messias, Rafael Lima e Giovanni (Carlinhos); 
Juninho e Magrão; 
Marquinhos, Serginho e Capixaba (Aylon); 
Rafael Moura (Luan)
Técnico: Enderson Moreira

Democrata-GV
Tiago Rocha; 
Alan Silva, Carlão, Jefão e Wallace; 
Kayo Dias, Wallisson (Marcelo Rosa), Fernando e Marcinho Gomes (Guilherme);
Alex e Romarinho (Marcinho)
Técnico: Éder Bastos

Gols: Serginho e Aylon (América);Fernando (Democrata-GV)

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Marco Antônio