segunda-feira, 22 de março de 2021

América-MG 1 x 0 Cruzeiro

Apesar do desgaste provocado pelo confronto fora de casa contra o Treze na quinta-feira, e das cinco mudanças em relação ao time base que disputou a Semifinal da Copa do Brasil e conquistou o acesso para a primeira divisão, os comandados do Lisca buscaram a proposta do jogo, controlaram o adversário na maior parte do tempo e conquistaram mais uma vitória sobre o rival. 

Embora seja um time em processo de reconstrução, com a escalação do Joseph, improvisado na lateral, Eduardo Bauermann, Sabino, Toscano e Gustavinho entre os titulares, pelas grandes chances de gols desperdiçadas. o resultado poderia ter sido muito superior ao 1 a 0.

Além do gol marcado pelo Joseph, Toscano finalizou no travessão, Leo Passos,  Rodolfo, duas vezes, Sabino e Toscano acertaram finalizações, e no minuto final Leo Passos desperdiçou um pênalti. 

Ainda assim, o acaso prevaleceu no gol da vitória americana, quando Toscano errou o lançamento,  e a ação do Ramon impulsionou a bola, que mudou a direção e o sentido da força, e por isso validou o posicionamento do Joseph finalizar livre de marcação. 

Matheus Cavichioli foi acionado em poucos chutes de longa distâncias e nos cruzamentos pelo alto.

Joseph e Juninho, mais recuado e deslocado para a beirada do campo, participaram da marcação pelo corredor direito defensivo.

Anderson, de zagueiro central, e Eduardo Bauermann mantiveram a segurança defensiva, mas Bauermann ficou sobrecarregado na cobertura do João Paulo.

Na recomposição defensiva, organização e transição ofensiva,  Sabino foi o meio-campista mais recuado pelo centro, mas também participou da troca de passes no campo de passes no adversário e acertou uma finalização de longa distância. 

Alê repetiu o dinamismo participativo de uma intermediária a outra.

Sem um meia-atacante fixo pelo lado direito, Juninho participou de algumas jogadas ofensivas quando avançou. 

Gustavinho atuou mais pelo corredor esquerdo. 

Aliás, Toscano, Rodolfo e Gustavinho foram os mais ofensivos com bastante troca de posições. 

Em determinados momentos, Toscano e Rodolfo mais avançados. Em outros Rodolfo e Gustavinho ou os três juntos, com as aproximação do Alê. 

Alê e Toscano comandaram o ritmo do jogo através da troca de passes e foram o suporte para Gustavinho e Sabino. 

Quando Rodolfo entrou na área, acertou duas finalizações. Possivelmente será mais finalizador e artilheiro se tiver mais presença de área durante os jogos.

Apesar do pênalti perdido, as faltas sofridas pelo Leo Passos resultaram em duas expulsões.

Destaque para o modelo de jogo definido pelo Lisca e novamente incorporado pelos jogadores, para Sabino, Gustavinho, Toscano e principalmente Alê, pela participação produtiva na organização e recomposição defensiva, na transição e na fase ofensiva. 

América:
Matheus Cavichioli; 
Joseph (Diego Ferreira), Anderson, Eduardo Bauermann,, João Paulo;
Juninho, Alê, Sabino, Gustavinho;
Rodolfo, Toscano

Cruzeiro:
Fábio; Raúl Cáceres, Ramon, Eduardo Brock e Matheus Pereira; Adriano (Rafael Sobis), Jadson (Matheus Barbosa) e Alan Ruschel (Marcinho); Airton (Bruno José), Felipe Augusto (Pottker) e Marcelo Moreno
Técnico: Felipe Conceição

Gol: Joseph


sábado, 20 de março de 2021

Treze-PB 0 x 1 América-MG

Apesar de ter enfrentado um adversário com menor orçamento, pouco qualificado e só ter feito gol no último minuto, o time americano buscou o controle do jogo, criou e desperdiçou oportunidades, mas conquistou a vitória, a classificação e a premiação da próxima fase da Copa do Brasil. 

Na organização defensiva, a principal falha foi quando Matheus Cavichioli deixou escapar na pequena área uma bola facilmente defensável, e Messias rebateu na sequência da jogada. 

O corredor pelo lado direito, com Joseph, Juninho e Leo Passos foi improdutivo na transição e organização ofensiva. 

Joseph, improvisado na lateral, é mais marcador do que apoiador com ultrapassagens pelos lados e cruzamentos precisos.  Talvez seja mais útil, quando a opção de jogar recuado contra adversários mais qualificados for utilizada. 

Juninho apareceu na assistência feita para o gol do Diego Ferreira, que entrou no lugar do Leo Passos. 

Leo Passos manteve a baixa produtividade ofensiva nas assistências, cruzamentos e finalizações certas.

João Paulo também foi muito conservador no apoio pelo lado esquerdo.  

Pra compensar, Alê, Leandro Carvalho, Rodolfo e Sabino apareceram pro jogo e foram os mais participativos e produtivos. 

Sabino participou da saída de bola, da marcação e tentou finalizar. 

Embora seja pouco finalizador, Alê repetiu o dinamismo, jogou de uma intermediária a outra, e participou da bola parada e da organização na defesa, da recomposição, da transição e da fase ofensiva. 

Leandro Carvalho pareceu limitado fisicamente, mas novamente demonstrou potencial técnico nas assistências e finalizações.  Ainda assim, precisa ter um prazo determinado para ter condições de jogar dois tempos em alta intensidade ou entrar nos minutos finais dos jogos. a fim de aumentar a produtividade e o poder de decisão. 

Rodolfo participou até de arrancada pelo lado em alta velocidade, fez assistência, finalizou duas vezes dentro da área e numa delas sofreu pênalti não marcado. 

Talvez tivesse sido mais interessante a entrada do Gustavinho, mas Diego Ferreira e Toscano, dois jogadores que entraram durante o jogo, participaram da jogada do gol da vitória americana. 

Destaque para a participação do Sabino,  Alê, Leandro Carvalho e Rodolfo, para a entrada do Diego e Toscano, participantes da jogada do gol, e Diego Ferreira pelo gol da vitória americana. 

Treze:
Jeferson; 
Paulinho, Rômulo, Marlon e Emerson; 
Darlan, Régis Potiguar e Romeu; 
Birungueta (Negueba), Jairinho (Rogério) e Kleiton Domingues (Ancelmo).
Técnico: Marcelinho Paraíba
 
América:
Matheus Cavichioli; 
Joseph, Messias, Anderson e João Paulo (Eduardo Bauermann); 
Sabino (Flávio);
Juninho, Alê; 
Léo Passos (Diego Ferreira), Rodolfo (Vitão), Leandro Carvalho (Toscano)
Técnicos: Cauan de Almeida e Márcio Hahn

Gol: Diego Ferreira 

domingo, 14 de março de 2021

América-MG 0 x 1 Caldense

A volta do João Paulo e Juninho entre os titulares, o retorno do Diego Ferreira durante todo o segundo tempo e a estreia do Leandro Carvalho foram escalações pouco produtivas na derrota para a Caldense, mas poderão beneficiar a recuperação do ritmo físico e técnico desses quatro jogadores no confronto contra o Treze pela Copa do Brasil.

Ainda assim, talvez tivesse sido mais interessante a manutenção do Carlos Junio ou só a escalação do João Paulo para começar o jogo. 

Diego Ferreira, Juninho e Leandro Carvalho seriam opções para jogarem pelo menos 30 minutos do segundo tempo. 

Na transformação do DNA formador em aproveitador entre os titulares, Gustavinho deveria ter iniciado a partida, Thalys jogado mais tempo e Carlos Junio poderia ter começado. 

Gustavinho, no primeiro passo da transição antes de completar 20 anos, precisa ser mais finalizador, mas é bastante promissor, com qualidade na distribuição das jogadas, no drible e no passe. 

É bom destacar que desde 2017 o time principal está sem nenhuma novidade dos pratas da casa entre os titulares, devido as falhas da gestão das categorias da base no aprimoramento, captação e transição dos atletas em formação para o profissional. 

A escolha mais complicada seria a escalação do Leo Passos no lugar do Leandro Carvalho.

Embora também seja sub-22 em processo de aprimoramento e oscilação,  pelo número de oportunidades, o desenvolvimento do Leo Passos está muito lento. 

Leo Passos se destacou mais pela determinação, pelos desarmes e pela marcação do que pelas características ofensivas nas partidas disputadas. 

O histórico do Felipe Azevedo no DM, a pouca resistência física, baixa velocidade e pouca produtividade ofensiva do jogador também são preocupantes. 

Entre as possíveis mudanças táticas, desde o início ou durante o jogo, seria utilizar três zagueiros, com a transformação do Thalys e João Paulo ou Carlos Junio em alas. 

Outra alternativa seria Flávio formar dupla de volantes com Sabino. Ademir, Alê e Gustavinho formariam um linha de três, com Rodolfo mais avançado no 4-2-3-1, ou Alê e Gustavinho, mais centralizados,  com Ademir e Rodolfo avançados, no 4-4-2.

Apesar de Flávio, no primeiro ano do segundo passo da transição profissional, e Sabino, no segundo ano, serem volantes promissores, sem a presença do Zé Ricardo a produtividade do time americano caiu de rendimento nesta temporada. 

Zé Ricardo é a principal sustentação na organização da defesa e no ataque, na recomposição defensiva e na transição ofensiva. 

No gol sofrido, houve falha na recomposição defensiva e coletiva do Thalys, Messias, Matheus Cavichioli, Anderson e João Paulo.

Faltou mais imposição física do Anderson e Messias nos duelos pelo chão contra o Amarildo. 

Na transição e organização ofensiva, Diego Ferreira e Juninho foram pouco participativos e produtivos pelo corredor direito, e João Paulo e Leandro Carvalho pelo esquerdo. 

Os poucos melhores momentos pela direita foram com Ademir, quando Thalys fez ultrapassagens ou Alê jogou por aquele lado. 

Leandro Carvalho pareceu ter capacidade de ser mais produtivo com a sequência de jogos.

Quando Rodolfo entrou na área teve três grandes chances de gol. 

Destaque para a participação defensiva-ofensiva do Alê e especialmente Gustavinho, pelas duas assistências para finalização. 

América:
Matheus Cavichioli; 
Thalys (Diego Ferreira), Messias, Anderson e João Paulo; 
Flávio (Sabino);
Juninho e Alê; 
Ademir (Léo Passos), Rodolfo (Vitão), Leandro Carvalho (Gustavinho)
Técnico: Lisca

Caldense:
João Paulo (Passarelli); 
Danilo Belão, Jonathan Costa, Guilherme Martins e Verrone; 
Gabriel Tonini e Lucas Silva; Rafael Peixoto (Rincon), David Lazari (Dênis Macedo) e Bruno Oliveira; 
Amarildo
Técnico: Marcus Paulo Grippi



segunda-feira, 8 de março de 2021

Pouso Alegre 1 x 2 América-MG

O resultado da transformação do DNA formador em aproveitador entre os titulares e durante os jogos foi superpositivo, com 100% de aproveitamento. 

Três vitórias em três jogos. 

Apesar de a maior utilização dos pratas da casa nas três primeiras rodadas do Campeonato Mineiro ter sido provocada pelo desfalque de 15 jogadores da equipe principal, a escalação dos promissores atletas da base, em processo de aprimoramento e oscilação, deveria continuar durante o estadual, a fim de ficarem um pouco mais rodados para serem utilizados durante esta temporada e as próximas. 

Quanto mais bem treinados pelos técnicos, da base e do principal,  e mais vezes disputarem diferentes competições, mais bem preparados e mais rapidamente prontos vão ficar. 

Nos últimos dois anos, muitos jogadores da base foram promovidos ao principal mais para treinar do que jogar. 

Se os pratas da casa tivessem participado de mais competições das categorias de base, do Brasileirão de Aspirantes Sub-23 e até dos campeonatos mineiros anteriores, estariam mais adiantados no desenvolvimento físico, técnico e tático. 

Carlos Alberto, Carlos Junio, Gustavinho e Lucas Gabriel ainda são Sub20, no primeiro passo da transição da base para o principal, antes de completarem a idade limite de 20 anos. 

Carlos Junio e Gustavinho estão no último ano do Sub-20, enquanto Carlos Alberto e Lucas Gabriel estão no segundo ano. 

Flávio, Thalys e Vitão são sub-21, e Lucas Luan e Sabino sub-22, no segundo passo da transição até os 23 anos. 

Faltou João Gabriel, um dos mais promissores do sub-20, ter oportunidades. 

Lucas Luan, com potencial de meio-campista, e Sabino deveriam e poderiam ter participado do Mineiro em 2018, 2019 e 2020. 

Sabino foi mal aproveitado na posição de zagueiro durante um clássico contra o Atlético no Mineirão em 2019.

Embora seja sub-22 formado na base do Palmeiras, o processo de desenvolvimento do voluntarioso Leo Passos com as inúmeras chances dadas está muito lento. Talvez Leo Passos seja mais produtivo pelo corredor direito, sem ser meia-atacante de lado nem centroavante. 

O sub-23 Geovane, formado na base do São Paulo, também oscilou em 2019 e 2020. 

Na vitória sobre o Pouso Alegre, o desempenho dos comandados do Lisca poderia ter sido melhor, mas até os mais experientes, talvez desgastados fisicamente, oscilaram. 

Anderson e Eduardo Bauermann erraram saída de bola que não costumam errar. 

Ademir e Alê, no primeiro tempo, renderam menos do que podem render. 

Na bola parada defensiva, Alê e Leo Passos foram envolvidos na jogada do gol do adversário. Alê também perdeu o duelo pelo alto em lance semelhante no segundo tempo. Talvez a marcação individual sobre o do Pouso Alegre pelo Anderson tivesse sido mais eficiente. 

Quando entrou na área, Rodolfo novamente foi decisivo na jogada do pênalti sofrido e no gol marcado. Rodolfo deveria ser transformado mais em centroavante com presença de área para aumentar o número de finalizações e gols marcados. 

Entre os pratas da casa, Thalys, com potencial para jogar mais adiantado, novamente foi produtivo na bola parada ofensiva. 

Carlos Junio, que jogou de zagueiro na Copa São Paulo 2020 e meio-campista no Brasileirão do ano passado, estreou dentro da normalidade no time principal. 

Carlos Alberto, Gustavinho e Lucas Gabriel mereciam ter feitos gols. 

Aliás, Carlos Alberto e Gustavinho, dentro do processo de melhoria contínua, deverão ser mais finalizadores, eficientes nas finalizações e decisivos. 

Carlos Alberto poderia voltar a jogar pelo lado direito, para driblar, buscar a linha de fundo, aumentar a amplitude e fazer cruzamentos precisos. 

Gustavinho tem capacidade para fazer mais assistências finalizações e gols. 

Lucas Gabriel é meio-campista promissor que joga de uma intermediária a outra com bastante intensidade. 

Destaque para Messias e Rodolfo pelos gols marcados, em especial para Rodolfo pela participação decisiva dentro da área nos dois gols. 

Pouso Alegre:
Cairo; 
Nando, Robson, Guilherme Paraíba e Foguinho;
Leandro Salino (Wellington), Arilson,  Andrey e Matheus Sousa (João Gabriel); 
Erick, Paulo Henrique
Técnico: Emerson Ávila

América:
Matheus Cavichioli;
Thalys, Messias, Anderson e Carlos Junio (Eduardo Bauermann); 
Flávio (Lucas Gabriel);
Alê, Gustavinho (Sabino)
Ademir, Rodolfo (Vitão), Léo Passos (Carlos Alberto)

Gols: Messias e Rodolfo

quinta-feira, 4 de março de 2021

Athletic 0 x 1 América-MG

Os comandados do Lisca superaram as mudanças feitas em relação ao time mesclado da primeira rodada, a falta de ritmo físico, técnico e tático, e o estado do gramado, para vencer o confronto, conquistar mais três pontos e a segunda vitória consecutiva na competição. 

Matheus Cavichioli, Thalys, Messias, Anderson, Alê, Ademir e Rodolfo foram as novidades entre os titulares. 

O time americano iniciou com cinco pratas da casa e terminou com seis. 

Quanto mais vezes os promissores atletas em processo de aprimoramento contínuo e oscilação jogarem, mais rapidamente prontos vão ficar. 

O DNA formador precisa ser transformado em aproveitador entre os titulares. 

Apesar da dificuldade na execução da transição e organização ofensiva,  devido a condição precária do gramado e até falta de grama, ainda assim, a organização na defesa, na recomposição, e na bola parada defensiva e ofensiva prevaleceram sobre o adversário. 

Thalys, sem fazer ultrapassagens, Gustavinho e Ademir jogaram pelo corredor direito.

Lucas Luan, mais participativo e produtivo na tarefa ofensiva, Alê e Leo Passos, pelo esquerdo.

O distanciamento do Alê e Gustavinho, posicionados em lados opostos no primeiro tempo, também dificultou a organização das jogadas ofensivas. 

Ademir, impedido pelo gramado de partir pra cima da defesa adversária avacoelhando geral, e Leo Passos foram improdutivos. 

Talvez Leo Passos aumente a produtividade se jogar mais centralizado e com a presença de um centroavante. 

Rodolfo ficou bastante isolado pelo centro e longe da área na primeira etapa. Quando entrou na área, teve poder de finalização e decisão. 

Aliás, na Série B de 2020, os sete gols marcados pelo Rodolfo foram dentro da área. 

Possivelmente se Rodolfo for transformado mais em centroavante definidor, com presença de área, aumente o número de gols marcados. 

Lucas Gabriel tem potencial para ser um meio-campista que joga com bastante intensidade de uma intermediária a outra.

Carlos Alberto deveria voltar a jogar também pelo lado direito, a fim de driblar na vertical, buscar a linha de fundo para aumentar a amplitude e fazer cruzamentos bem treinados.

Destaque para Lucas Luan e Thalys, ambos com potencial de meio-campistas na posição de laterais, e Rodolfo pelo poder de decisão. 

Athletic
Lee;
Fumaça, Danilo, Sidimar e Nathan;
Christian, Gabriel Galhardo e Ingro (Rafael Mineiro);
William Mococa (Alasson), William Júnior (João Vitor);
Loco Abreu (Igor Bádio).
Técnico: Cícero Júnior
 
América:
Matheus Cavichioli; 
Thalys, Messias, Anderson, Lucas Luan (Eduardo Bauermann); 
Flávio (Zé Ricardo);
Gustavinho (Lucas Gabriel), Alê (Sabino); 
Ademir, Rodolfo, Léo Passos (Carlos Alberto)
Técnico: Lisca

Gol Rodolfo

segunda-feira, 1 de março de 2021

América-MG 1 x 0 Boa Esporte

Apesar da falta de ritmo físico, de jogo e técnico, o time mesclado do América jogou o suficiente para vencer o adversário. 

Possivelmente a produtividade seria maior se a mescla entre os pratas da casa e os titulares tivesse sido mais bem distribuída nos dois tempos do jogo. 

Mas a desistência de utilizar um time formado pelos pratas da casa entre os 23 pré-selecionados para disputar as três primeiras rodadas do Campeonato Mineiro representa a necessidade de otimizar o processo de formação, gerenciamento do aprimoramento e transição da base para o profissional, a fim de transformar o DNA formador em aproveitador entre os titulares na equipe principal. 

Na conquista do título da Série B em 2017, Messias, Matheusinho e Zé Ricardo, jogadores treinados pelo Milagres no Sub-20, foram os últimos pratas da casa titulares na maioria dos jogos disputados. 

Quanto mais bem preparado for nas categorias de base, mais rapidamente pronto vai ficar. 

Jogar na base, especialmente aprimorando o posicionamento tático funcional e principalmente a eficiência nos fundamentos do passe e da finalização, é mais importante do que subir mais para treinar do que ser utilizado nos jogos. 

Quando Vitão, treinado nas categorias de base para ser centroavante definidor dentro da área, subiu para jogar a Série B no segundo semestre de 2019 e nos jogos contra Atlético e URT pelo Mineiro de 2020, foi mais elogiado por parte da torcida, participativo e produtivo nas assistências e decisivo nos gols marcados. 

Mas sem jogar pelo sub-20 e pouco utilizado no profissional, o rendimento do Vitão caiu nos minutos em que entrou durante a Série B de 2020. 

Vitão e outros jogadores que subiram antecipadamente, mas pararam de jogar ou jogaram pouco, estariam mais bem preparados se tivessem disputado a Copa São Paulo e Brasileiro Sub-20 em 2020, e especialmente o Sub-23 em 2019 e 2020. 

É bom destacar que a promoção de muitos jogadores em 2019 provocou queda de rendimento no Sub-20 comandado pelo Paulo Ricardo no Brasileirão e no Mineiro. 

Com o time completo, o Coelhãozinho teria total capacidade para classificar entre os oito melhores clubes do Brasileirão, ter disputado e conquistado o título do Mineiro em cima do rival Atlético e garantido a vaga para a Copa do Brasil Sub-20 em 2020 e 2021. 

Entre os pratas da casa relacionados e que jogaram contra o Boa na estreia do Mineiro, o promissor Einstein, por algum motivo não divulgado, deixou de participar da pré-temporada este ano. 

Faltou Gustavão ser relacionado e Matheus Santos parece ter mais potencial de zagueiro do que volante.

João Gabriel, um dos mais prontos do sub-20, não teve oportunidade. 

O sub-17 Heitor é um promissor quarto-zagueiro com qualidade no desarme, na marcação e na saída de bola. 

Lucas Gabriel é um meio-campista bastante competitivo que joga de uma intermediária a outra.

Kawê mostrou mais potencial pelo lado esquerdo. 

Lucas Luan tem qualidade para jogar do meio para frente. 

Flávio demonstrou que deveria e deverá ser utilizado mais vezes, inclusive jogar junto com Zé Ricardo. 

Zé Ricardo tem capacidade para jogar mais avançado ou revezar o posicionamento com Flávio ou jogarem na mesma linha, com um meia centralizado mais adiantado. 

Carlos Alberto deveria voltar a jogar mais pelo lado direito, porque dribla com facilidade pela vertical para aumentar a profundidade, buscar a linha de fundo e fazer cruzamentos treinados para os finalizadores bem posicionados definirem a jogada. Dentro da fase de melhoria contínua, deve aprimorar as finalizações, especialmente com o pé esquerdo para infiltrar pela diagonal e marcar o gol. 

Gustavinho carece ter ambição de artilheiro e ser mais finalizador, mas é bastante promissor na assistência,  no drible, na distribuição das jogadas e no passe. 

Entre os contratados, Airton fez duas defesas importantes. 

Leo Gomes, improvisado na lateral, rendeu menos do que necessita render na função de primeiro volante.

Talvez tivesse sido mais interessante a escalação do Anderson de terceiro zagueiro, com a utilização de dois alas. 

Lucas Luan poderia ter rendido mais na tarefa ofensiva de ala. 

Ricardo Silva pelo lado direito da zaga tem mais facilidade na saída de bola sem precisar fazer muitos lançamentos com o pé esquerdo.

Eduardo Bauermann manteve a segurança defensiva na maioria dos lances disputados.

João Paulo falhou na marcação do adversário no lance da bola finalizada na trave, mas fez assistência para o gol do Alê. 

Toscano jogou os dois tempos, combateu, desarmou, fez assistências e merecia ter sido premiado com um gol ao finalizar de primeira uma assistência do Rodolfo.

O voluntarioso Leo Passos precisa acertar mais cruzamentos,  passes e as conclusões das jogadas, mas foi o principal finalizador do time com pelo menos quatro finalizações, entre elas duas perigosas. Em vez  de meia-atacante de lado ou centroavante, talvez seja mais produtivo no corredor direito.  

Destaque para Alê pelo poder de decisão. 

Aliás, em 2020, faltou Alê ter sido mais finalizador e decisivo, mas foi um dos jogadores mais qualificados da equipe nos desarmes, no passe curto, longo e nas assistências.

América:
Airton; 
Leo Gomes, Ricardo Silva, Eduardo Bauermann e Lucas Luan (João Paulo); 
Flávio, Toscano e Gustavinho (Ademir); 
Léo Passos (Zé Ricardo), Vitão (Alê), Carlos Alberto (Rodolfo)
Técnico: Lisca

Boa Esporte:
Halls; 
Yuri Ferraz, Admilton, Alex Alves, Matheus Muller (Carlos Henrique); 
Escuro (Rodrigo Ancheta), Leo Coca, Dieguinho e Rafael Chaves (Nicholas); 
Jefferson e Fabinho (Diego Ceará)
Técnico: Ariel Mamede

Gol Alê