segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

América-MG 2 x 0 São Paulo


"Quem sabe, o Super-Homem venha nos restituir a glória, mudando como um deus o curso da história."

Coelhão, avacoelhando geral, depois de ter conquistado a inédita permanência na Série A, venceu o São Paulo, convenceu, fez a terceira melhor campanha no returno, ficou em oitavo lugar na competição, a melhor colocação no Brasileirão de pontos corridos, e ainda conquistou a histórica participação na Copa Libertadores de 2022.

Mas a campanha do time americano superou as expectativas de grande parte da imprensa esportiva, dos torcedores e possivelmente até da diretoria.

De candidato ao rebaixamento ou no máximo conquistar o número mágico dos 45 pontos, a fim de permanecer na primeira divisão. 

A contratação do Patric, Marlon e Zárate, o modelo de jogo encontrado durante a competição pelo Mancini, e aprimorado pelo Marquinhos Santos foram fundamentais para potencializar a produtividade da equipe e incorporar a força do futebol coletivo, competitivo, eficiente e organizado. 

Ademir e Matheus Cavichioli foram os destaques individuais. 

Aliás, Ademir driblou até quem achou melhor o afastamento do jogador por não ter renovado o contrato. 

Matheus Cavichioli se destacou pelas defesas salvadoras e nos lançamentos para Ademir. 

Bauermann e Ricardo Silva mantiveram a consistência defensiva. 

Lucas Kal foi produtivo na transição ofensiva.

Juninho, que igual ao Ademir também evoluiu bastante desde o comando do Lisca, executou mais a função de um meia-atacante com infiltrações e passes decisivos do que um volante para jogar sem a bola e pressionar o adversário. 

Alê, meio-campista que joga de uma intermediária a outra, foi o mais participativo, produtivo e com bastante intensidade na tomada de decisões, nas quatro fases do jogo: organização e recomposição defensiva, e transição e construção ofensiva, mas bola parada na defesa e no ataque.

Zárate, diferentemente de um falso 9, exerceu a função de um camisa 10, ponta de lança, qualificado. 

A completude entre Alê e Zárate foi bastante funcional, qualificada, produtiva e eficiente na fase ofensiva. 

Quando precisou, Zé Ricardo e Valoura reforçaram o meio-de-campo.

Felipe Azevedo, sob o comando do Marquinhos Santos, teve importante participação na recomposição defensiva, e nas infiltrações pela diagonal na transição e organização ofensiva.

Na transformação em cube-empresa, o desafio será montar uma equipe competitiva, qualificada, com cultura vitoriosa, mentalidade vencedora e paixão por vencer. 

América:
Matheus Cavichioli; 
Patric, Ricardo Silva, Bauermann, João Paulo (Alan Ruschel); 
Zé Ricardo (Juninho Valoura);
Juninho, Alê (Anderson); 
Zárate(Toscano);
Ademir, Felipe Azevedo (Fabrício Daniel)
Técnico: Marquinhos Santos

São Paulo:
Tiago Volpi;
Igor Vinícius, Bruno Alves, Diego Costa (Marquinhos), Léo e Reinaldo (Welington); 
Gabriel Neves e Igor Gomes;
Rigoni, Juan (Vitor Bueno) e Calleri.
Técnico: Rogério Ceni

Gols: Ademir(2)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Ceará-CE 0 x 0 América-MG

Apesar da ineficiência nas 18 finalizações e da grande chance criada e desperdiçada pelo Ademir nos minutos finais, o ponto conquistado deve ser valorizado, porque o time americano buscou a vitória fora de casa, contra um adversário qualificado e incentivado por mais de 50 mil torcedores no Castelão. 

Mesmo sem as condições físicas ideais para jogar dois tempos em alta intensidade, Zárate, diferentemente de uma falso 9, mas na função de uma camisa 10, enquanto teve fôlego até o início do segundo tempo foi o principal articulador, cadenciador, finalizador e qualificador na organização ofensiva, 

Embora Juninho Valoura tenha sido participativo na construção ofensiva, Alê fez muita falta na transição e principalmente na recomposição e organização defensiva 

Até os 30 minutos do segundo tempo, o poder de marcação diminuiu, inicialmente com o desgaste do Felipe Azevedo, Valoura e Zárate, e especialmente depois do desequilíbrio tático provocado pela saída do Valoura e entrada do Fabrício Daniel para formar o quarteto ofensivo com Ademir, Felipe Azevedo e Zárate, e só com Lucas Kal e Juninho na da dupla de volantes.

A entrada do Zé Ricardo foi fundamental para aumentar a consistência defensiva, reequilibrar o defender e atacar, e até aumentar o poder ofensivo.

Com uma distribuição tática mais bem equilibrado as chances de gols aumentaram. 

Aliás, poderá ser bastante interessante utilizar contra o São Paulo um quarteto de meio-campo formado pelo Zé Ricardo, Juninho e Alê, mais Zárate no complemento do losango, com Ademir e Felipe Azevedo avançados.

Felipe Azevedo foi bastante participativo na recomposição defensiva, mas precisa ser mais agudo e finalizador para aumentar o poder ofensivo pelo lado esquerdo. 

Na transformação do DNA formador em aproveitador, Carlos Alberto é opção de habilidade e velocidade pelo lado ou pelo centro de partir pra cima avacoelhando geral. 

Destaque para Matheus Cavichioli, Anderson, Bauermann, Marlon, Juninho, Zé Ricardo e Zárate. 

Ceará 
João Ricardo; 
Igor, Luiz Otávio, Messias e Bruno Pacheco (Kelvyn); 
Fernando Sobral, Lima (Rick), Fabinho (Marlon) e Vina; 
Mendoza e Jael (Yony González) (Cléber).
Técnico: Tiago Nunes 

América:
Matheus Cavichioli; 
Patric,  Anderson. Bauermann, Marlon (João Paulo);
Lucas Kal;
Juninho e Juninho Valoura (Fabrício Daniel); 
Zárate (Rodolfo).
Ademir, Felipe Azevedo (Zé Ricardo) 
Técnico: Marquinhos Santos

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

América 3 x 0 Chapecoense-SC

Coelhão, avacoelhando no Brasileirão, venceu por goleada, convenceu, garantiu a inédita permanência na Série A, a histórica participação numa das competições Sul-Americanas, e com possibilidades de disputar a Copa Libertadores. 

Apesar da força do futebol coletivo, competitivo, determinado, organizado e eficiente dos comandados do Marquinho Santos. e especialmente dos méritos do Ademir, Fabrício Daniel e Marlon, nas jogadas dos gols marcados, e Matheus Cavichioli, no pênalti defendido, quando um time está numa boa fase, o que é bom fica melhor com a participação da imprevisibilidade favorável. 

Aláis, de acordo com Josef "Sepp" Herberger, “A bola é redonda e o jogo dura 90 minutos. Todo o resto é pura teoria".

Também vale destacar trecho de uma coluna do Tostão:

"Com frequência, não há sincronia entre o resultado e a história de um jogo de futebol. Dezenas de imprevistos, como uma bola desviada, mudam tudo.

Depois da partida, na nossa racionalidade e com bons argumentos, tentamos dar uma explicação convincente para os fatos.

"Tudo parece fácil e concatenado quando ganhamos; tudo parece disperso e difícil quando perdemos. No entanto, é por tão pouco que se ganha ou se perde. O apito final estabiliza violentamente aquilo que, no transcorrer do jogo, parece um rio catastrófico de mil possibilidades, a nos arrastar com ele." ("Aspectos Trágicos do Futebol" -Nuno Ramos)."

A completude dos acertos em jogadas que não foram construídas mais os erros na tomada de decisão e execução dos adversários modificaram o resultado do jogo. 

O pênalti desperdiçado pela Chapecoense poderia ter dificultado a vitória americana. 

No primeiro gol do Ademir, o goleiro rebateu para frente e a zaga não tirou.

Na origem da jogada do gol do Fabrício Daniel, o goleiro forçou a saída de bola, o lateral perdeu a disputa ao tentar driblar o Marlon

No terceiro gol, o pênalti cometido no Ademir foi desnecessário. 

O posicionamento do Fabrício Daniel, mais avançado e centralizado sem precisar fazer a recomposição defensiva pelos lados para reforçar a marcação, foi mais funcional. 

Se Fabrício Daniel tiver mais presença de área e imposição física poderá aumentar o poder de finalização e decisão, inclusive nas bolas pelo alto.

Juninho Valoura, novamente, foi o substituto com maior rendimento. 

Na transformação do DNA formador em aproveitador, seria a situação ideal para Carlos Alberto ter entrado aos 30 do segundo tempo, quando o placar já estava 3 a 0.

Gustavinho também poderia pelo menos ter sido relacionado e até ter entrado no segundo tempo para jogar junto com o Carlos Alberto e formar um trio ofensivo com Ademir. .

Com a suspensão do Ricardo Silva, poderá ser interessante a escalação do Zé Ricardo para formar o meio-de-campo com Juninho e Valoura, e o retorno do Lucas Kal para a zaga, com Anderson, Gustavão e Zé Vitor de opções. 

O retorno do Zárate será importante para comandar e qualificar o ritmo do jogo. 

Destaque para Matheus Cavichioli, Ricardo Silva, Marlon, Juninho, Alê, Fabrício Daniel, Felipe Azevedo e especialmente Ademir partindo pra cima avacoelhando geral. 

América:
Matheus Cavichioli; 
Patric, Ricardo Silva, Bauermann (Anderson), Marlon (Toscano); 
Lucas Kal;
Juninho e Alê (Juninho Valoura);
Ademir, Fabrício Daniel (Rodolfo), Felipe Azevedo (Alan Ruschel).
Técnico: Marquinhos Santos

Chapecoense:
João Paulo;
Ezequiel, Joilson, Ignácio e Busanello; 
Ronei, Lima (Perotti), Moisés Ribeiro (Renê Júnior) e Mike (Kaio Nunes);
Henrique Almeida (Marquinho) e Bruno Silva (Geovânio).
Técnico: Felipe Endres

Gols: Ademir (2), Fabrício Daniel