Coelhão, avacoelhando no Brasileirão, venceu por goleada, convenceu, garantiu a inédita permanência na Série A, a histórica participação numa das competições Sul-Americanas, e com possibilidades de disputar a Copa Libertadores.
Apesar da força do futebol coletivo, competitivo, determinado, organizado e eficiente dos comandados do Marquinho Santos. e especialmente dos méritos do Ademir, Fabrício Daniel e Marlon, nas jogadas dos gols marcados, e Matheus Cavichioli, no pênalti defendido, quando um time está numa boa fase, o que é bom fica melhor com a participação da imprevisibilidade favorável.
Aláis, de acordo com Josef "Sepp" Herberger, “A bola é redonda e o jogo dura 90 minutos. Todo o resto é pura teoria".
Também vale destacar trecho de uma coluna do Tostão:
"Com frequência, não há sincronia entre o resultado e a história de um jogo de futebol. Dezenas de imprevistos, como uma bola desviada, mudam tudo.
Depois da partida, na nossa racionalidade e com bons argumentos, tentamos dar uma explicação convincente para os fatos.
"Tudo parece fácil e concatenado quando ganhamos; tudo parece disperso e difícil quando perdemos. No entanto, é por tão pouco que se ganha ou se perde. O apito final estabiliza violentamente aquilo que, no transcorrer do jogo, parece um rio catastrófico de mil possibilidades, a nos arrastar com ele." ("Aspectos Trágicos do Futebol" -Nuno Ramos)."
A completude dos acertos em jogadas que não foram construídas mais os erros na tomada de decisão e execução dos adversários modificaram o resultado do jogo.
O pênalti desperdiçado pela Chapecoense poderia ter dificultado a vitória americana.
No primeiro gol do Ademir, o goleiro rebateu para frente e a zaga não tirou.
Na origem da jogada do gol do Fabrício Daniel, o goleiro forçou a saída de bola, o lateral perdeu a disputa ao tentar driblar o Marlon
No terceiro gol, o pênalti cometido no Ademir foi desnecessário.
O posicionamento do Fabrício Daniel, mais avançado e centralizado sem precisar fazer a recomposição defensiva pelos lados para reforçar a marcação, foi mais funcional.
Se Fabrício Daniel tiver mais presença de área e imposição física poderá aumentar o poder de finalização e decisão, inclusive nas bolas pelo alto.
Juninho Valoura, novamente, foi o substituto com maior rendimento.
Na transformação do DNA formador em aproveitador, seria a situação ideal para Carlos Alberto ter entrado aos 30 do segundo tempo, quando o placar já estava 3 a 0.
Gustavinho também poderia pelo menos ter sido relacionado e até ter entrado no segundo tempo para jogar junto com o Carlos Alberto e formar um trio ofensivo com Ademir. .
Com a suspensão do Ricardo Silva, poderá ser interessante a escalação do Zé Ricardo para formar o meio-de-campo com Juninho e Valoura, e o retorno do Lucas Kal para a zaga, com Anderson, Gustavão e Zé Vitor de opções.
O retorno do Zárate será importante para comandar e qualificar o ritmo do jogo.
Destaque para Matheus Cavichioli, Ricardo Silva, Marlon, Juninho, Alê, Fabrício Daniel, Felipe Azevedo e especialmente Ademir partindo pra cima avacoelhando geral.
América:
Matheus Cavichioli;
Patric, Ricardo Silva, Bauermann (Anderson), Marlon (Toscano);
Lucas Kal;
Juninho e Alê (Juninho Valoura);
Ademir, Fabrício Daniel (Rodolfo), Felipe Azevedo (Alan Ruschel).
Técnico: Marquinhos Santos
Chapecoense:
João Paulo;
Ezequiel, Joilson, Ignácio e Busanello;
Ronei, Lima (Perotti), Moisés Ribeiro (Renê Júnior) e Mike (Kaio Nunes);
Henrique Almeida (Marquinho) e Bruno Silva (Geovânio).
Técnico: Felipe Endres
Gols: Ademir (2), Fabrício Daniel