Empatar com um adversário qualificado, vice-campeão da Copa Sul-Americana, bem classificado no Brasileirão, e com referencial de gestão clube-empresa pode ser considerado bom resultado e o ponto conquistado deve ser valorizado.
Aliás, quando o América for transformado em clube-empresa, possivelmente o perfil dos contratados poderá ser semelhante ao do Red Bull.
Contratar promissores jogadores do Brasil e do exterior, a fim de obter retorno financeiro numa futura negociação.
Sem o Red Bull, o Bragantino continuaria fora da primeira e até segunda divisão.
Com o Red Bull, o Bragantino vai permanecer na Série A pelo terceiro ano consecutivo.
Mas apesar da força do futebol coletivo, competitivo e organizado dos comandos do Marquinhos Santos, ainda assim, defeitos crônicos de espaços gerados para finalizações dos adversários na intermediária, e a falta entre titulares e reservas, de um centroavante e atacante pela esquerda, com mais poder de finalização e decisão foram repetidos.
Talvez por jogar mais avançado do que o necessário, Lucas Kal carece marcar mais de frente, em vez de correr atrás do adversário para combater.
Embora seja bastante voluntarioso, Felipe Azevedo tem pouca intensidade, resistência física e velocidade para exercer a dupla função defensiva-ofensiva pelo lado.
O desgaste físico, principalmente no segundo tempo, do Ademir, Alê, Felipe Azevedo, Patric e Zárate diminuiu a intensidade, produtividade e efetividade do time americano.
Apesar da qualidade técnica, Zárate pareceu bastante desgastado fisicamente, porque ficou muito tempo sem jogar antes de ser contratado.
As saídas do Alê durante os jogos também pareceram ser provocadas pelo desgaste físico.
Sem intensidade e profundidade ofensiva do Felipe Azevedo pelo lado esquerdo e sem a completude física e técnica do Alê e Zárate, o time americano perdeu força no ataque e ficou dependente da habilidade e velocidade do Ademir.
Entre os substitutos, Juninho Valoura foi o mais produtivo.
O posicionamento funcional do Fabrício Daniel precisa encontrado. Parece ter mais facilidade para jogar pelo lado direito, infiltrar pela diagonal e finalizar, mas necessita aumentar o poder de marcação na recomposição.
Rodolfo pelo lado em vez de centroavante pouco rendeu, porque também tem baixa velocidade para jogar pelo extremo em alta intensidade.
Com a suspensão do Zárate para enfrentar a Chapecoense, uma alternativa de mudança na distribuição tática será a escalação de Ribamar ou Rodolfo de centroavante.
Na transformação do DNA formador em aproveitador, poderá ser mais interessante apostar em novas soluções e utilizar durante os três jogos restantes um trio ofensivo formado pelo Ademir, Carlos Alberto e Gustavinho, com opção do Kawê, porque mesmo sendo sub-20 em fase de aprimoramento e oscilação, Carlos Alberto, Gustavinho e Kawê poderão manter a regularidade produtiva nas três últimas rodadas do Brasileirão.
Destaque para Bauermann, Ricardo Silva, Marlon, Juninho, Alê, Zárate e Ademir.
Red Bull Bragantino:
Cleiton;
Aderlan, Fabrício Bruno, Léo Ortiz e Luan Cândido;
Jadsom, Cuello (Emi Martínez) e Praxedes (Alerrandro);
Artur, Helinho (Gabriel Novaes) e Ytalo
Técnico: Maurício Barbieri
América:
Matheus Cavichioli;
Patric, Ricardo Silva, Bauermann, Marlon;
Lucas Kal;
Juninho, Alê (Juninho Valoura);
Zárate (Fabrício Daniel);
Ademir, Felipe Azevedo (Rodolfo)
Técnico: Marquinhos Santos