segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Fluminense-RJ 2 x 0 América-MG

Apesar de o time americano ter capacidade para ser muito mais produtivo, os dois gols sofridos, principalmente o de pênalti, foram em lances bastante polêmicos, que dificilmente seriam marcados a favor do América, com ou sem interferência do VAR. 

No primeiro gol sofrido, a opção de abrir mão da organização defensiva no lance de bola parada para fazer a linha burra, em vez de disputar a jogada, deveria ser evitada. 

Também faltou um jogador para dificultar o Cazares na cobrança de falta que originou o pênalti inventado. 

Mas mesmo assim, a inédita permanência na primeira divisão está praticamente garantida e são grandes as chances de participar de uma histórica competição sul-americana.

O rendimento abaixo do potencial do Patric, Marlon e Felipe Azevedo, na transição ofensiva, do Lucas Kal, na recomposição, e especialmente do Ademir, Alê e até do diferenciado, experiente e qualificado Zárate, na construção ofensiva, pode ser atribuído ao desgaste provocado pela sequência de cinco jogos em curto espaço de tempo na reta final do Brasileirão. 

As opções de substituição para fazer o revezamento também caíram de produção ou mantiveram a irregularidade quando foram escalados nos jogos anteriores ou são apostas promissoras. 

Diego Ferreira e Alan Ruschel, nas laterais, Bruno Nazário, Geovane, Ramon e Toscano, no meio-de-campo, e Ribamar e Rodolfo, no ataque. 

Berrio, Chrigor, Lucas Luan, Luis Fernando, Isaque, Leo Passos, Sabino e Yan Sasse foram pouco aproveitados ou nem jogaram. 

Nos quatro jogos restantes, uma mudança interessante para promover o revezamento entre os titulares poderá ser o retorno do Zé Ricardo, a fim de reforçar a marcação na sustentação do Alê e 
Juninho, com Zárate na complementação do losango do meio-de-campo

Juninho Valoura e Yan Sasse seriam opções para aumentar o poder ofensivo. 

Lucas Kal revezaria com Bauermann e Ricardo Silva na formação da dupla de zaga. 

Ainda falta encontrar o posicionamento mais funcional do Fabrício Daniel, que parece ter mais potencial para jogar centralizado, porque pelo lado demonstrou ter baixo poder de marcação na recomposição defensiva. 

Mas se Fabrício for escalado de centroavante,  vai ser preciso escalar um jogador com mais intensidade, resistência física e velocidade do que Felipe Azevedo para executar a dupla função defensiva-ofensiva pelo lado. 

Embora sejam sub-20 no primeiro passo da transição em processo de aprimoramento e oscilação, poderá ser o momento de apostar na velocidade do Carlos Alberto e Kawê, e na habilidade do Gustavinho na transformação do DNA formador em aproveitador, 

Fluminense: 
Marcos Felipe; 
Samuel Xavier, Nino (Lucas Claro), David Braz e Marlon;
André, Martinelli e Yago Felipe; Luiz Henrique (Arias), Caio Paulista (Cazares);
Fred (Bobadilla). Técnico: Marcão. 

América: 
Matheus Cavichioli;
 Patric, Ricardo Silva Bauermann e Marlon (Alan Ruschel); 
Lucas Kal (Yan Sasse);
Juninho, Alê (Toscano); 
Zárate (Fabrício Daniel);
Ademir, Felipe Azevedo (Carlos Alberto). 
Técnico: Marquinhos Santos.