Apesar de os erros serem vistos com lente de aumento numa derrota para o rival, o confronto contra o adversário mais bem classificado no Brasileirão foi bastante equilibrado, disputado até o minuto final e com possibilidades de gols para ambos os lados, quando o time americano ficou mais exposto na busca do empate e o oponente tentou explorar jogadas de contra-ataque.
Mais uma vez os comandados do Marquinhos Santos demonstraram potencial para permanecer na primeira divisão e conquistar uma das vagas para as próximas competições sul-americanas.
O gol sofrido contou com a presença do acaso desfavorável, num lance em que o cruzamento errado do Mariano desviou no Marlon, e a bola sobrou pro Diego Costa fazer assistência pro Hulk errar o domínio e Arana finalizar.
A finalização travada do Zárate e principalmente as duas chances de o Patric finalizar dentro da grande área evidenciaram a postura ofensiva americana.
Ademir foi o principal atacante pela direita, mas o defeito crônico da necessidade de um centroavante e um ponta esquerda com mais poder de finalização e decisão foi repetido.
O América continua em primeiro lugar em grandes chances perdidas, o quinto em chances criadas e o 11° em gols marcados.
Numa espécie de círculo vicioso, a melhor solução para escalar um atacante pela esquerda e um centroavante sempre parece ser o que deixou de ser escalado, num rodízio protagonizado pelo Fabrício Daniel, Felipe Azevedo, Ribamar e Rodolfo, com as participações do Geovane, Chrigor, Ramon, Toscano e Yan Sasse.
Zárate, avançado na posição de centroavante, ficou desperdiçado no comando do ritmo do jogo.
A utilização do Zárate pelo corredor esquerdo sem necessidade de fazer a recomposição ou na posição de meia centralizado poderá ser mais interessante.
Mas as mudanças feitas no segundo tempo foram improdutivas.
Embora Felipe Azevedo tenha baixa velocidade e resistência física para defender e atacar pelo lado em alta intensidade e estivesse com pouco poder de finalização, a entrada do Fabrício Daniel diminuiu o rendimento defensivo e ofensivo pela esquerda.
A saída do Alê e entrada do Bruno Nazário em vez do Juninho Valoura também piorou o desempenho.
Aliás, o trio do meio-de-campo na segunda etapa poderia ter sido formado pelo Zé Ricardo, para reforçar o poder de marcação na intermediária, Alê e Juninho Valoura para qualificar o passe.
Na transformação do DNA formador em aproveitador, Carlos Alberto, depois da conquista do título do Mineiro Sub-20, deveria ter sido relacionado para ser opção de velocidade e habilidade pelo lado esquerdo ou centralizado, a fim de partir pra cima avacoelhando geral e aumentar a força ofensiva com Ademir e Rodolfo ou Ribamar.
Destaque para Matheus Cavichioli, Bauermann, Ricardo Silva, Marlon, Juninho, Alê e Ademir.
Atlético–MG:
Everson;
Mariano (Guga), Nathan Silva, Alonso e Arana (Dodô);
Allan, Tchê Tchê e Zaracho (Réver);
Vargas, Savarino (Diego Costa) e Hulk
Técnico: Cuca
América:
Matheus Cavichioli;
Patric, Ricardo Silva, Bauermann e Marlon;
Lucas Kal, Juninho (Toscano), Alê (Bruno Nazário);
Ademir, Zárate (Ribamar), Felipe Azevedo (Fabrício Daniel);
Técnico: Marquinhos Santos