segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Atlético-MG 1 x 0 América-MG

Apesar de os erros serem vistos com lente de aumento numa derrota para o rival, o confronto contra o adversário mais bem classificado no Brasileirão foi bastante equilibrado, disputado até o minuto final e com possibilidades de gols para ambos os lados, quando o time americano ficou mais exposto na busca do empate e o oponente tentou explorar jogadas de contra-ataque. 

Mais uma vez os comandados do Marquinhos Santos demonstraram potencial para permanecer na primeira divisão e conquistar uma das vagas para as próximas competições sul-americanas. 

O gol sofrido contou com a presença do acaso desfavorável, num lance em que o cruzamento errado do Mariano desviou no Marlon, e a bola sobrou pro Diego Costa fazer assistência pro Hulk errar o domínio e Arana finalizar. 

A finalização travada do Zárate e principalmente as duas chances de o Patric finalizar dentro da grande área evidenciaram a postura ofensiva americana. 

Ademir foi o principal atacante pela direita, mas o defeito crônico da necessidade de um centroavante e um ponta esquerda com mais poder de finalização e decisão foi repetido. 

O América continua em primeiro lugar em grandes chances perdidas, o quinto em chances criadas e o 11° em gols marcados. 

Numa espécie de círculo vicioso, a melhor solução para escalar um atacante pela esquerda e um centroavante sempre parece ser o que deixou de ser escalado, num rodízio protagonizado pelo Fabrício Daniel, Felipe Azevedo, Ribamar e Rodolfo, com as participações do Geovane, Chrigor, Ramon, Toscano e Yan Sasse.

Zárate, avançado na posição de centroavante, ficou desperdiçado no comando do ritmo do jogo.

A utilização do Zárate pelo corredor esquerdo sem necessidade de fazer a recomposição ou na posição de meia centralizado poderá ser mais interessante. 

Mas as mudanças feitas no segundo tempo foram improdutivas. 

Embora Felipe Azevedo tenha baixa velocidade e resistência física para defender e atacar pelo lado em alta intensidade e estivesse com pouco poder de finalização, a entrada do Fabrício Daniel diminuiu o rendimento defensivo e ofensivo pela esquerda. 

A saída do Alê e entrada do Bruno Nazário em vez do Juninho Valoura também piorou o desempenho. 

Aliás, o trio do meio-de-campo na segunda etapa poderia ter sido formado pelo Zé Ricardo, para reforçar o poder de marcação na intermediária,  Alê e Juninho Valoura para qualificar o passe.

Na transformação do DNA formador em aproveitador, Carlos Alberto, depois da conquista do título do Mineiro Sub-20, deveria ter sido relacionado para ser opção de velocidade e habilidade pelo lado esquerdo ou centralizado, a fim de partir pra cima avacoelhando geral e aumentar a força ofensiva com Ademir e Rodolfo ou Ribamar. 

 Destaque para Matheus Cavichioli, Bauermann, Ricardo Silva, Marlon, Juninho, Alê e Ademir.

Atlético–MG:
Everson; 
Mariano (Guga), Nathan Silva, Alonso e Arana (Dodô);
Allan, Tchê Tchê e Zaracho (Réver); 
Vargas, Savarino (Diego Costa) e Hulk
Técnico: Cuca

América:
Matheus Cavichioli;
Patric, Ricardo Silva, Bauermann e Marlon; 
Lucas Kal, Juninho (Toscano), Alê (Bruno Nazário);
Ademir, Zárate (Ribamar), Felipe Azevedo (Fabrício Daniel);
Técnico: Marquinhos Santos