A mudança no estilo de jogo, com a utilização da saída longa em vez da saída curta, descaracterizou, desqualificou e prejudicou o desempenho do time americano, porque sem a saída curta, a troca de passes na construção das jogadas desde o início da transição ofensiva, principal característica da produtividade dos comandados do Cauan, deixou se ser praticada, o que facilitou pro adversário buscar o controle do jogo, ainda mais sem o América ter atacantes agudos de velocidade, com poder de assistências, finalização e decisão.
Embora seja habilidoso, Fabinho parece mais um armador pelo lado do que um atacante de profundidade pela beirada. Jacaré até tentou ser mais ofensivo, mas sem a participação do Marlon avançado pelo lado esquerdo faltou habilidade para vencer os duelos individuais. Renato só recebeu uma assistência do Fabinho para finalizar.
Para piorar o que estava ruim, a entrada do Brenner e até do Benítez foi improdutiva, porque o time ficou sem opções de velocidade para explorar as jogadas de contra-ataque.
Também faltou imposição física para os jogadores americanos revidarem as agressões no Benítez, Dalberson, Felipe Azevedo, Marlon e Moisés. Sem precisar ser violento, é possível dividir com mais vontade, chegar mais junto.
Na engenharia da obra pronta do pós-jogo, em vez de mudar a estratégia de jogo, poderia ter sido mais interessante mudar a formação, com a escalação de quatro jogadores no meio-campo, mais dois atacantes.
Benítez, especialmente num jogo decisivo, seria a primeira opção para começar o jogo no lugar do Jacaré, e formar um quarteto no meio-campo, com Alê, Juninho e Moisés.
Diferentemente do Diogo Giacomini, que deixou Benítez entre os reservas em 2023, o desafio do Cauan será encontrar a melhor forma de utilizar Benítez entre os titulares nos jogos mais importantes, a fim de ganhar força ofensiva, sem perder a consistência defensiva.
Se Benítez ainda estivesse sem condições físicas para pelo menos jogar o primeiro tempo, Felipe Amaral, Matheusinho e Rodriguinho seriam opções para iniciar o jogo, no lugar do Jacaré.
Varanda, no lugar do Fabinho, formaria dupla de atacantes titulares com Renato.
Para vencer o Tombense, a maioria ou todos os titulares deveriam ser preservados.
Poderá ser uma oportunidade para Cássio, Daniel Borges, Pedro Barcelos, Talisca, Nícolas, Flávio, Felipe Amaral, Rodriguinho, Gustavinho, Varanda, Matheusinho, Adyson, Felipe Azevedo e Brenner serem mais aproveitados.
Na transformação do DNA formador em aproveitador, dificilmente Adyson ou outro jogador promovido da base terá o número de chances seguidas que Jacaré teve, sem ter sido tanto produtivo.
Maringá
Dheimison;
Ronaldo Carvalho, Vilar e Tito (Matheus Moraes);
Marcos Vinícius, Morelli, Rodrigo, Zé Vitor (Edison Negueba) e Caíque (Iago Santana); Bruno Lopes (Júlio) e Robertinho (Mirandinha).
Técnico: Jorge Castilho.
América:
Dalberson;
Mateus Henrique, Ricardo Silva, Éder, Marlon;
Alê, Juninho (Júlio), Moisés (Felipe Amaral);
Fabinho (Benítez), Renato (Brenner), (Felipe Azevedo)
Técnico: Cauan de Almeida.