quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Maringá 2 x 0 América

A mudança no estilo de jogo, com a utilização da saída longa em vez da saída curta, descaracterizou, desqualificou e prejudicou o desempenho do time americano, porque sem a saída curta, a troca de passes na construção das jogadas desde o início da transição ofensiva, principal característica da produtividade dos comandados do Cauan, deixou se ser praticada, o que facilitou pro adversário buscar o controle do jogo, ainda mais sem o América ter atacantes agudos de velocidade, com poder de assistências, finalização e decisão. 

Embora seja habilidoso, Fabinho parece mais um armador pelo lado do que um atacante de profundidade pela beirada. Jacaré até tentou ser mais ofensivo, mas sem a participação do Marlon avançado pelo lado esquerdo faltou habilidade para vencer os duelos individuais. Renato só recebeu uma assistência do Fabinho para finalizar.

Para piorar o que estava ruim, a entrada do Brenner e até do Benítez foi improdutiva, porque o time ficou sem opções de velocidade para explorar as jogadas de contra-ataque. 

Também faltou imposição física para os jogadores americanos revidarem as agressões no Benítez, Dalberson, Felipe Azevedo, Marlon e Moisés.  Sem precisar ser violento, é possível dividir com mais vontade, chegar mais junto. 

Na engenharia da obra pronta do pós-jogo, em vez de mudar a estratégia de jogo, poderia ter sido mais interessante mudar a formação, com a escalação de quatro jogadores no meio-campo, mais dois atacantes. 

Benítez, especialmente num jogo decisivo, seria a primeira opção para começar o jogo no lugar do Jacaré, e formar um quarteto no meio-campo, com Alê, Juninho e Moisés. 

Diferentemente do Diogo Giacomini, que deixou Benítez entre os reservas em 2023, o desafio do Cauan será encontrar a melhor forma de utilizar Benítez entre os titulares nos jogos mais importantes, a fim de ganhar força ofensiva, sem perder a consistência defensiva. 

Se Benítez ainda estivesse sem condições físicas para pelo menos jogar o primeiro tempo, Felipe Amaral, Matheusinho e Rodriguinho seriam opções para iniciar o jogo, no lugar do Jacaré. 

Varanda, no lugar do Fabinho, formaria dupla de atacantes titulares com Renato. 

Para vencer o Tombense, a maioria ou todos os titulares deveriam ser preservados. 

Poderá ser uma oportunidade para Cássio, Daniel Borges, Pedro Barcelos, Talisca, Nícolas, Flávio, Felipe Amaral, Rodriguinho, Gustavinho, Varanda, Matheusinho, Adyson, Felipe Azevedo e Brenner serem mais aproveitados. 

Na transformação do DNA formador em aproveitador, dificilmente Adyson ou outro jogador promovido da base terá o número de chances seguidas que Jacaré teve, sem ter sido tanto produtivo.

Maringá
Dheimison; 
Ronaldo Carvalho, Vilar e Tito (Matheus Moraes); 
Marcos Vinícius, Morelli, Rodrigo, Zé Vitor (Edison Negueba) e Caíque (Iago Santana); Bruno Lopes (Júlio) e Robertinho (Mirandinha). 
Técnico: Jorge Castilho.

América:
Dalberson; 
Mateus Henrique, Ricardo Silva, Éder, Marlon; 
Alê, Juninho (Júlio), Moisés (Felipe Amaral);
Fabinho (Benítez), Renato (Brenner), (Felipe Azevedo)
Técnico: Cauan de Almeida.