A saída de bola curta fez parte da limitação do time americano, mas principalmente do diferencial competitivo dos comandados do Cauan.
Limitação, porque contra um adversário com marcação alta, o Itabirito, sem Alê, Mateus Henrique, Marlon e Moisés, entre os titulares, contra o Villa Nova, e sem a utilização da saída curta contra o Maringá, faltou utilizar uma saída de bola longa mais eficiente, com lançamentos precisos do Dalberson ou outro jogador, mais retenção das jogadas e aumento da profundidade no ataque, com atacantes agudos de velocidade, a fim de criar situações de gols.
Mas a saída curta foi um dos principais diferenciais competitivos, porque em seis jogos do Mineiro, inclusive contra Atlético e Cruzeiro, a construção das jogadas trabalhada através das trocas de passes desde o início da transição ofensiva facilitou a busca pelo controle do jogo, o domínio sobre o adversário, aumentou o poder de criação, finalização e decisão.
No processo de melhoria contínua, a saída curta, a fim de evitar erros de passes no campo de defesa, a consistência defensiva, para diminuir a necessidade das defesas do Dalberton, e a eficiência nas finalizações, para aumentar a capacidade de decidir jogos, precisam ser aprimoradas.
Ainda assim, a força do futebol coletivo, competitivo, bem organizado e eficiente prevaleceu na maioria dos jogos disputados.
Na vitória sobre o Tombense, os titulares Daniel Borges, Éder, Pedro Barcelos, Marlon, Alê e Moisés foram bastante participativos na transição e construção ofensiva.
Moisés ainda se destacou pela qualidade na inversão das jogadas.
Embora participativos, faltou mais efetividade nas finalizações do Renato e Varanda, mais poder de criação e finalização do Matheusinho e Rodriguinho.
Adyson, Gustavinho e Yago Santos demonstraram potencial de aproveitamento durante a temporada.
Brenner ainda carece ser mais participativo, jogar mais dentro da área, e ser decisivo.
Benítez comprovou que poderá ser titular nos jogos decisivos.
Cauan deverá escalar Benitez num esquema para aumentar a força ofensiva, mas sem perder a consistência defensiva.
Para vencer o Atlético, talvez seja interessante um meio-campo formado pelo Alê, Juninho, Moisés e Benítez, mais avançado, na função da construção das jogadas.
Fabinho, Felipe Azevedo, Matheusinho, Varanda seriam opções para formar dupla de atacantes com Renato.
Adyson e Jacaré, opções para o segundo tempo.
Felipe Amaral, Gustavinho, Matheusinho e talvez Martínez, para o meio-campo.
Tombense:
Felipe Garcia;
Iury, Zé Vitor, Wesley e Manoel;
Rickson, Silas (Vitinho), Denner (Djalma) e Felipinho (Jefferson Renan);
Igor Bahia e Rafinha.
Técnico: Raul Cabral
América:
Dalberson;
Daniel Borges, Éder, Pedro Barcelos e Marlon;
Alê, Rodriguinho (Yago), Moisés (Benítez);
Matheusinho (Gustavinho), Renato (Adyson), Varanda (Brenner)
Técnico: Cauan
Gol: Benítez