segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

América 2 x 0 Democrata-GV

Embora sem ainda ter jogado em alta intensidade, sem o condicionamento físico e entrosamento próximos dos ideais,  o time americano, em início de temporada, jogou em ritmo de treino, mas demonstrou que é possível utilizar no campeonato Mineiro uma escalação mesclada, mais bem distribuída durante os dois tempos do jogo, a fim de entrosar os recém contratados,  ritmar os remanescentes, e principalmente transformar o DNA formador em aproveitador.  

Quanto mais vezes os promissores pratas da casa, em fase de oscilação e aprimoramento jogarem, mais rapidamente prontos vão ficar. o processo da transição profissional será acelerado, e as possiblidades de retorno dentro de campo e financeiro serão maiores. 

Mas em determinados momentos da partida, a falta de entrosamento dificultou até o desempenho dos experientes Maidana, Éder e João Paulo

Foram pelo menos três chances de gols desperdiçadas pelo time adversário. 

Talvez por excesso de confiança, Éder falhou na disputa de uma jogada, mas pareceu bastante qualificado para ser um dos titulares da zaga. 

Gustavão, de zagueiro central, e Zé Vitor são merecedores de serem aproveitados, juntos ou separados, em jogos deste estadual, preferencialmente nos estádios com gramados pelo menos em condições razoáveis. 

João Paulo teve baixa velocidade de recomposição, ineficiência nos cruzamentos e na cobrança de escanteio. 

Zé Ricardo voltou a ter um posicionamento parecido com o utilizado pelo Enderson, na conquista do título da Série B em 2017, quando a saída de bola era feita através do Messias, Zé Ricardo e Rafael Lima, com mais passes verticais do Zé Ricardo. 

Só o lançamento do Rodriguinho, para a infiltração do Juninho fazer assistência pro Wellington Paulista na jogada do primeiro gol, o credenciou a ser mais utilizado nas competições da temporada.

Gustavinho desperdiçou chances de gols, mas apareceu pro jogo e foi mais produtivo que contra a Caldense. 

Na sequência do Mineiro, poderá ser interessante resgatar o futebol do Flávio e testar Gustavinho mais pelo centro, na função de meia-armador criador, distribuidor das jogadas e finalizador de longa distância, em vez de só jogar aberto pelo lado. 

Apesar do gol feito numa infiltração pela diagonal, Felipe Azevedo foi pouco produtivo na transição e organização ofensiva. 

Carlos Alberto, dentro da normalidade de um sub-20 em fase de desenvolvimento no primeiro passo da transição, oscilou bons e maus momentos.  

Aliás, Carlos Alberto e Gustavinho deveriam renovar rapidamente os respectivos contratos. 

Adyson voltou a demonstrar personalidade e potencial de aproveitamento. 

Destaque para Jori, pela intervenção salvadora, Arthur, pela intensidade, velocidade de transição e recomposição, e rendimento no lato esquerdo, Zé Ricardo, pela sustentação do meio-de-campo, Juninho, pela dinamismo, pela assistência no primeiro gol e pré-assistência no segundo gol, Rodriguuinho, pela movimentação e lançamento feito pro Juninho,  Felipe Azevedo, pelo gol marcado, Wellington Paulista, pelo gol e assistência pro Felipe Azevedo e Adyson, pela personalidade. 

América:
Jori; 
Patric, Maidana, Éder e João Paulo (Arthur); 
Zé Ricardo, Juninho e Rodriguinho (Alê);
Carlos Alberto (Henrique), Wellington Paulista (Gustavinho), Felipe Azevedo (Adyson),
Técnico: Marquinhos Santos
 
Democrata-GV
Lucão, 
Mateus Pivô (Thomas), Rafael Caldeira, Gabriel Marques e Carioca; Weslley, 
Galhardo, Marcelinho (Filipe Carvalho) e Matheuszinho (Yan); 
Bidick (Alan) e Pedrinho (Chico)
Técnico: Paulo Schardong

Gols: Wellington Paulista,  Felipe Azevedo,

Possível time para enfrentar o Cruzeiro:

Jori;
Patric, Maidana ou Conti, Éder, Marlon;
Zé Ricardo; 
Juninho, Alê; 
Carlos Alberto, Wellington Paulista e Felipe Azevedo. 


quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Caldense 2 x 1 América

O América, até com o VAR, foi prejudicado no segundo jogo da final do Campeonato Mineiro de 202,  contra o Atlético, porque o pênalti do Igor Rabello no Bauermann, aos 47 minutos do segundo tempo, deixou de ser marcado e o árbitro foi proibido de verificar o lance pelo monitor, o que poderia ter modificado a história da decisão e o Coelhão ter sido campeão.

Na primeira rodada do estatual 2022, sem a utilização do VAR, os dois gols irregulares sofridos contra a Caldense foram validados incorretamente. 

Mas apesar dos erros do apito e da utilização de um time reserva, a escalação e o posicionamento inicial poderiam ter sido mais preventivos. 

Também faltou suporte qualificado dos mais experientes. porque João Paulo, Juninho Valoura e Maidana renderam menos do que deveriam render. 

Gustavão se destacou nas categorias de base na posição de zagueiro central. 

Nem todo zagueiro central tem facilidade para jogar de quarto-zagueiro. 

Messias é um típico exemplo. 

Rafael Lima, deslocado para quarta-zaga, foi um suporte fundamental para o aproveitamento e desenvolvimento do Messias na conquista do título da Série B em 2017. 

Além de improvisado equivocadamente no lado esquerdo da zaga, também faltou suporte defensivo para Gustavão, porque Maidana foi improdutivo.

Em vez de Maidana e Gustavão, a dupla de zaga deveria ter sido formada por Gustavão e Lucas Kal ou Maidana e Lucas Kal entre os titulares. 

Fora de casa e com gramado alto, o meio-de-campo deveria ter sido reforçado com a escalação do Flávio e Zé Ricardo, para aumentar o poder de marcação e sustentação por Rodriguinho. 

No setor ofensivo, Carlos Alberto deveria ter começado o jogo, a fim de aumentar a força de ataque, profundidade pelos lado e principalmente pegar mais rodagem ou a tal da minutagem. 

Carlos Alberto, sub-20 em processo de desenvolvimento e oscilação, ainda está no primeiro passo da transição antes de completar 20 anos. Quanto mais vezes jogar, mais rapidamente pronto vai ficar. 

A ausência do Kawê devido a lesão também prejudicou o rendimento ofensivo. 

Faltou objetividade, profundidade, poder de criação e finalização para Gustavinho e Yan Sasse escalados para jogarem em lados opostos, com Leo Passos, centralizado, na dependência das assistências para serem finalizadas. 

Gustavinho e Yan Sasse pareceram dois jogadores para disputar uma posição de meia-atacante. 

Sem a profundidade do Carlos Alberto e sem assistências do Gustavinho e Yan Sasse, Leo Passos nada rendeu. 

Carlos Alberto, Leo Passos e Gustavinho ou Yan Sasse poderiam ter formado o trio ofensivo desde o início do jogo. 

Embora o desempenho seja mais importante que o resultado, principalmente num campeonato longo igual o Brasileirão, no estadual, com time experimental formado pela maioria de pratas da casa, o potencial de desenvolvimento é mais importante que o desempenho e o resultado. 

Ainda assim, na transformação do DNA formador em aproveitador no time principal, Adyson, Arthur, Carlos Alberto, Jori e Rodriguinho se destacaram. 

Adyson, sub-17, demonstrou personalidade em deslocar, aparecer pro jogo e pedir a bola. Fez dois lançamentos pro Carlos Alberto.  Faltou a marcação de uma falta próxima da grande área adversária,  para ter feito a cobrança em gol. 

Arthur e Rodriguinho, ambos sub-19, demonstraram potencial de aproveitamento e foram bastante participativos nas quatro fases do jogo. 

Talvez Arthur tenha potencial para ser aproveitado na lateral-esquerda em caso de necessidade. 

Muitos jogadores destros se destacaram na lateral-esquerda, inclusive na seleção brasileira, por exemplo Júnior e Marinho. Waner ganhou troféu Guará pelo Coelhão. 

Rodriguinho deve ter sido o que mais acertou finalizações. Duas com o pé esquerdo. Na segunda finalização, o acaso quase protegeu e a bola entrou. 

Carlos Alberto, com potencial para jogar pelos extremos, futuramente poderá formar um trio ofensivo interessante com Matheusinho do outro lado e Wellington Paulista centralizado. 

Jori, ainda considerado novo para a posição de goleiro, também precisa jogar mais vezes. 

Caldense:
Renan Rinaldi; 
Yuri Ferraz, Jonathan Costa, Lula e Michael; 
Guilherme Borges (Paulo Vitor), Íkaro (Igor Pimenta) e Alemão (Marco Aurélio); 
João Diogo (Pablo Silva), Douglas Eskilo (Pedro Gabriel) e Neto Costa.
Técnico: Gian Rodrigues

América:
Jori; 
Arthur, Iago Maidana, Gustavão (Lucas Kal) e João Paulo;
Flávio (Zé Ricardo), Juninho Valoura, Rodriguinho; 
Yan Sasse (Mateus Henrique), Léo Passos (Carlos Alberto), Gustavinho(Adyson), 
Técnico: Diogo Giacomini (auxiliar)

Gol: Carlos Alberto