quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Caldense 2 x 1 América

O América, até com o VAR, foi prejudicado no segundo jogo da final do Campeonato Mineiro de 202,  contra o Atlético, porque o pênalti do Igor Rabello no Bauermann, aos 47 minutos do segundo tempo, deixou de ser marcado e o árbitro foi proibido de verificar o lance pelo monitor, o que poderia ter modificado a história da decisão e o Coelhão ter sido campeão.

Na primeira rodada do estatual 2022, sem a utilização do VAR, os dois gols irregulares sofridos contra a Caldense foram validados incorretamente. 

Mas apesar dos erros do apito e da utilização de um time reserva, a escalação e o posicionamento inicial poderiam ter sido mais preventivos. 

Também faltou suporte qualificado dos mais experientes. porque João Paulo, Juninho Valoura e Maidana renderam menos do que deveriam render. 

Gustavão se destacou nas categorias de base na posição de zagueiro central. 

Nem todo zagueiro central tem facilidade para jogar de quarto-zagueiro. 

Messias é um típico exemplo. 

Rafael Lima, deslocado para quarta-zaga, foi um suporte fundamental para o aproveitamento e desenvolvimento do Messias na conquista do título da Série B em 2017. 

Além de improvisado equivocadamente no lado esquerdo da zaga, também faltou suporte defensivo para Gustavão, porque Maidana foi improdutivo.

Em vez de Maidana e Gustavão, a dupla de zaga deveria ter sido formada por Gustavão e Lucas Kal ou Maidana e Lucas Kal entre os titulares. 

Fora de casa e com gramado alto, o meio-de-campo deveria ter sido reforçado com a escalação do Flávio e Zé Ricardo, para aumentar o poder de marcação e sustentação por Rodriguinho. 

No setor ofensivo, Carlos Alberto deveria ter começado o jogo, a fim de aumentar a força de ataque, profundidade pelos lado e principalmente pegar mais rodagem ou a tal da minutagem. 

Carlos Alberto, sub-20 em processo de desenvolvimento e oscilação, ainda está no primeiro passo da transição antes de completar 20 anos. Quanto mais vezes jogar, mais rapidamente pronto vai ficar. 

A ausência do Kawê devido a lesão também prejudicou o rendimento ofensivo. 

Faltou objetividade, profundidade, poder de criação e finalização para Gustavinho e Yan Sasse escalados para jogarem em lados opostos, com Leo Passos, centralizado, na dependência das assistências para serem finalizadas. 

Gustavinho e Yan Sasse pareceram dois jogadores para disputar uma posição de meia-atacante. 

Sem a profundidade do Carlos Alberto e sem assistências do Gustavinho e Yan Sasse, Leo Passos nada rendeu. 

Carlos Alberto, Leo Passos e Gustavinho ou Yan Sasse poderiam ter formado o trio ofensivo desde o início do jogo. 

Embora o desempenho seja mais importante que o resultado, principalmente num campeonato longo igual o Brasileirão, no estadual, com time experimental formado pela maioria de pratas da casa, o potencial de desenvolvimento é mais importante que o desempenho e o resultado. 

Ainda assim, na transformação do DNA formador em aproveitador no time principal, Adyson, Arthur, Carlos Alberto, Jori e Rodriguinho se destacaram. 

Adyson, sub-17, demonstrou personalidade em deslocar, aparecer pro jogo e pedir a bola. Fez dois lançamentos pro Carlos Alberto.  Faltou a marcação de uma falta próxima da grande área adversária,  para ter feito a cobrança em gol. 

Arthur e Rodriguinho, ambos sub-19, demonstraram potencial de aproveitamento e foram bastante participativos nas quatro fases do jogo. 

Talvez Arthur tenha potencial para ser aproveitado na lateral-esquerda em caso de necessidade. 

Muitos jogadores destros se destacaram na lateral-esquerda, inclusive na seleção brasileira, por exemplo Júnior e Marinho. Waner ganhou troféu Guará pelo Coelhão. 

Rodriguinho deve ter sido o que mais acertou finalizações. Duas com o pé esquerdo. Na segunda finalização, o acaso quase protegeu e a bola entrou. 

Carlos Alberto, com potencial para jogar pelos extremos, futuramente poderá formar um trio ofensivo interessante com Matheusinho do outro lado e Wellington Paulista centralizado. 

Jori, ainda considerado novo para a posição de goleiro, também precisa jogar mais vezes. 

Caldense:
Renan Rinaldi; 
Yuri Ferraz, Jonathan Costa, Lula e Michael; 
Guilherme Borges (Paulo Vitor), Íkaro (Igor Pimenta) e Alemão (Marco Aurélio); 
João Diogo (Pablo Silva), Douglas Eskilo (Pedro Gabriel) e Neto Costa.
Técnico: Gian Rodrigues

América:
Jori; 
Arthur, Iago Maidana, Gustavão (Lucas Kal) e João Paulo;
Flávio (Zé Ricardo), Juninho Valoura, Rodriguinho; 
Yan Sasse (Mateus Henrique), Léo Passos (Carlos Alberto), Gustavinho(Adyson), 
Técnico: Diogo Giacomini (auxiliar)

Gol: Carlos Alberto