O América, até com o VAR, foi prejudicado no segundo jogo da final do Campeonato Mineiro de 202, contra o Atlético, porque o pênalti do Igor Rabello no Bauermann, aos 47 minutos do segundo tempo, deixou de ser marcado e o árbitro foi proibido de verificar o lance pelo monitor, o que poderia ter modificado a história da decisão e o Coelhão ter sido campeão.
Na primeira rodada do estatual 2022, sem a utilização do VAR, os dois gols irregulares sofridos contra a Caldense foram validados incorretamente.
Mas apesar dos erros do apito e da utilização de um time reserva, a escalação e o posicionamento inicial poderiam ter sido mais preventivos.
Também faltou suporte qualificado dos mais experientes. porque João Paulo, Juninho Valoura e Maidana renderam menos do que deveriam render.
Gustavão se destacou nas categorias de base na posição de zagueiro central.
Nem todo zagueiro central tem facilidade para jogar de quarto-zagueiro.
Messias é um típico exemplo.
Rafael Lima, deslocado para quarta-zaga, foi um suporte fundamental para o aproveitamento e desenvolvimento do Messias na conquista do título da Série B em 2017.
Além de improvisado equivocadamente no lado esquerdo da zaga, também faltou suporte defensivo para Gustavão, porque Maidana foi improdutivo.
Em vez de Maidana e Gustavão, a dupla de zaga deveria ter sido formada por Gustavão e Lucas Kal ou Maidana e Lucas Kal entre os titulares.
Fora de casa e com gramado alto, o meio-de-campo deveria ter sido reforçado com a escalação do Flávio e Zé Ricardo, para aumentar o poder de marcação e sustentação por Rodriguinho.
No setor ofensivo, Carlos Alberto deveria ter começado o jogo, a fim de aumentar a força de ataque, profundidade pelos lado e principalmente pegar mais rodagem ou a tal da minutagem.
Carlos Alberto, sub-20 em processo de desenvolvimento e oscilação, ainda está no primeiro passo da transição antes de completar 20 anos. Quanto mais vezes jogar, mais rapidamente pronto vai ficar.
A ausência do Kawê devido a lesão também prejudicou o rendimento ofensivo.
Faltou objetividade, profundidade, poder de criação e finalização para Gustavinho e Yan Sasse escalados para jogarem em lados opostos, com Leo Passos, centralizado, na dependência das assistências para serem finalizadas.
Gustavinho e Yan Sasse pareceram dois jogadores para disputar uma posição de meia-atacante.
Sem a profundidade do Carlos Alberto e sem assistências do Gustavinho e Yan Sasse, Leo Passos nada rendeu.
Carlos Alberto, Leo Passos e Gustavinho ou Yan Sasse poderiam ter formado o trio ofensivo desde o início do jogo.
Embora o desempenho seja mais importante que o resultado, principalmente num campeonato longo igual o Brasileirão, no estadual, com time experimental formado pela maioria de pratas da casa, o potencial de desenvolvimento é mais importante que o desempenho e o resultado.
Ainda assim, na transformação do DNA formador em aproveitador no time principal, Adyson, Arthur, Carlos Alberto, Jori e Rodriguinho se destacaram.
Adyson, sub-17, demonstrou personalidade em deslocar, aparecer pro jogo e pedir a bola. Fez dois lançamentos pro Carlos Alberto. Faltou a marcação de uma falta próxima da grande área adversária, para ter feito a cobrança em gol.
Arthur e Rodriguinho, ambos sub-19, demonstraram potencial de aproveitamento e foram bastante participativos nas quatro fases do jogo.
Talvez Arthur tenha potencial para ser aproveitado na lateral-esquerda em caso de necessidade.
Muitos jogadores destros se destacaram na lateral-esquerda, inclusive na seleção brasileira, por exemplo Júnior e Marinho. Waner ganhou troféu Guará pelo Coelhão.
Rodriguinho deve ter sido o que mais acertou finalizações. Duas com o pé esquerdo. Na segunda finalização, o acaso quase protegeu e a bola entrou.
Carlos Alberto, com potencial para jogar pelos extremos, futuramente poderá formar um trio ofensivo interessante com Matheusinho do outro lado e Wellington Paulista centralizado.
Jori, ainda considerado novo para a posição de goleiro, também precisa jogar mais vezes.
Caldense:
Renan Rinaldi;
Yuri Ferraz, Jonathan Costa, Lula e Michael;
Guilherme Borges (Paulo Vitor), Íkaro (Igor Pimenta) e Alemão (Marco Aurélio);
João Diogo (Pablo Silva), Douglas Eskilo (Pedro Gabriel) e Neto Costa.
Técnico: Gian Rodrigues
América:
Jori;
Arthur, Iago Maidana, Gustavão (Lucas Kal) e João Paulo;
Flávio (Zé Ricardo), Juninho Valoura, Rodriguinho;
Yan Sasse (Mateus Henrique), Léo Passos (Carlos Alberto), Gustavinho(Adyson),
Técnico: Diogo Giacomini (auxiliar)
Gol: Carlos Alberto