domingo, 25 de julho de 2021

Grêmio-RS 1 x 1 América-MG

Na continuação da tentativa de encontrar durante o campeonato a melhor estratégia e escalação de acordo com o modelo de jogo ideal para o América permanecer na Série A, a produtividade do time americano foi insuficiente para vencer um adversário, que também está em busca de uma formação. 

Apesar da competitividade, da determinação e do empenho dos comandados pelo Mancini, as grandes chances de gols foram do Grêmio, novamente devido as falhas da organização e recomposição defensiva. 

No posicionamento funcional do esquema utilizado pelo Mancini, a fim de pressionar a saída de bola do adversário, as linhas estão bastante avançadas, mas descompactadas, e espaços foram gerados na intermediária e nas laterais, nos gols sofridos e nas finalizações mais perigosas nos jogos contra o Atlético, Sport e Grêmio. 

Na jogada do gol feito pelo Grêmio, houve falha de posicionamento coletivo, iniciada pelo Juninho Valoura, sem a cobertura do Juninho e a recomposição do Alan Ruschel e Diego Ferreira, os quatro jogadores avançados no campo do adversário, e Bauermann, Ricardo Silva e Zé Vitor ficaram descobertos. 

Bauermann, aberto pelo lado direito, Ricardo Silva centralizado e Zé Vitor, pelo lado esquerdo, jogaram mais avançados e distanciados um dos outros. 

Vale a pena destacar, que Messias, cujo diferencial competitivo é a bola alta defensiva, teria dificuldade para executar a função atual do Bauermann, aberto pelo lado no campo ofensivo. 

Diego Ferreira e Alan Ruschel, na função de alas, também ficaram muito avançados no campo do adversário, distantes dos zagueiros e volantes, mas foram improdutivos na tarefa ofensiva. 

A dupla de volantes formada pelo Juninho e Juninho Valoura ficou descompensada na função defensiva-ofensiva. 

Sem a presença do Zé Ricardo no meio-de-campo e com os alas avançados, os três zagueiros ficaram bastante expostos, nas jogadas de contra-ataque. 

A transição ofensiva foi prejudicada porque Juninho Valoura ficou sobrecarregado para defender e atacar. 

Juninho poderá ser mais produtivo nas infiltrações e na pressão sobre o adversário, mas é limitado no passe, na distribuição das jogadas e nas finalizações. 

Zé Ricardo deveria ter jogado porque tem mais poder de marcação que Juninho e Juninho Valoura, e seria a sustentação para Valoura ser mais ofensivo. 

Aliás,  sem Isaque, que não estreou, a formação do meio-de-campo mais próxima do ideal ainda parece ser Zé Ricardo, Juninho Valoura e Alê, pelo poder de desarme, pela qualidade no passe e na distribuição das jogadas

Fabrício Daniel precisa ser mais eficiente nas conclusões e nos passes, mas demonstrou poder de finalização. 

Chrigor, pela estreia, mostrou potencial de aproveitamento, mas precisa ser mais decisivo. 

Embora tenha feito o gol, Felipe Azevedo continua sem justificar a titularidade absoluta, devido a baixa velocidade e falta de preparo físico para jogar dois tempos em alta intensidade. 

Ademir poderá ser mais produtivo pelos lados na condição de titular. 

Na transformação do DNA formador em aproveitador, Carlos Alberto e Zé Vitor, no primeiro passo da transição do Sub-20 em fase de aprimoramento e oscilação, foram escalados em funções e posições diferentes das de que foram treinados na base.

Carlos Alberto tem mais potencial para jogar pelos lados, preferencialmente o direito, para partir pra cima avacoelhando geral, buscar a linha de fundo, aumentar a profundidade e acertar os cruzamentos, ou infiltrar pela diagonal e finalizar. 

Zé Vitor foi programado para jogar num esquema com dois zagueiros, sem avançar tanto pelo lado. 

Sem o preciosismo de escalar um jogador canhoto para formar o trio de zagueiros, Anderson poderia ter sido mantido entre os titulares, ou Lucas Kal ter sido escalado para jogar com Bauermann e Ricardo Silva. 

Mesmo assim, o posicionamento dos três zagueiros, dos dois alas, dos dois ou três volantes ou meio-campistas precisa ser mais compactado, sem a necessidade de todos avançarem constantemente para jogarem no campo do adversário. 

O desafio do Mancini, comissão técnica e diretoria será consertar os defeitos crônicos na organização e recomposição defensiva, na transição e construção ofensiva.  

Destaque para Matheus Cavichioli, Bauermann, pela execução da nova função no esquema do Mancini, Fabrício, pelo poder de finalização, Chrigor, pela estreia e Felipe Azevedo pelo gol

Grêmio:
Gabriel Chapecó; 
Vanderson (Rafinha), Ruan, Rodrigues, Paulo Miranda e Guilherme Guedes (Diogo Barbosa);
Fernando Henrique, Victor Bobsin (Darlan) e Alisson; 
Diego Souza (Ricardinho) e Douglas Costa (Jean Pierre)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

América:
Matheus Cavichioli;
Bauermann, Ricardo Silva e Zé Vitor (Ramon); 
Diego Ferreira (Toscano), Juninho, Juninho Valoura e Alan Ruschel (Geovani); 
Fabrício Daniel, Chrigor (Carlos Alberto), Felipe Azevedo (Ademir)
Técnico: Vagner Mancini

Gols:  Guilherme Guedes e Felipe Azevedo

terça-feira, 20 de julho de 2021

América-MG 0 x 1 Sport-PE

Na tentativa de o Mancini encontrar o modelo de jogo, o esquema e a estratégia ideais durante a competição, sem ainda conhecer na prática as características da equipe, erros na escalação de titulares com falhas de posicionamento funcional, desfalques, lesões e mudanças durante a partida prejudicaram o desempenho do time americano. 

Apesar de a utilização dos três zagueiros ter diminuído a fragilidade dos laterais, houve falhas na organização e recomposição defensiva, principalmente pela intermediária, baixa velocidade de transição e baixo poder de criação, decisão e finalização na construção ofensiva. 

A utilização do Juninho, Juninho Valoura e Felipe Azevedo no meio-de-campo comprometeu a defesa e ataque. 

Sem Zé Ricardo, que tem mais poder de marcação que Juninho e Juninho Valoura, novamente ficou um buraco na intermediária americana, nas principais finalizações do adversário e no gol sofrido.

Zé Ricardo também tem mais qualidade na saída de bola, no passe curto, no lançamento e na virada de jogo do que Juninho. 

Juninho Valoura, sem o suporte do Zé Ricardo, foi menos ofensivo do que deveria, porque Juninho jogou mais avançado. 

Juninho poderá ser mais produtivo na dupla função defensiva-ofensiva contra adversários mais ofensivos, mas sem espaços para contra-atacar é ineficiente contra adversários mais retrancados. .

Felipe Azevedo, improvisado na posição de meia-atacante centralizado, foi bastante improdutivo, sem poder de marcação e com baixa velocidade na recomposição e transição, e sem capacidade para fazer a distribuição das jogadas, assistências e finalizações. 

Em vez da improvisação do Felipe Azevedo, na função de armador, poderia ter sido mais interessante a manutenção do Bruno Nazário, ou utilização do Zé Ricardo,  para fazer a sustentação para Juninho Valoura ser mais ofensivo, ou a escalação do Zé Ricardo, Juninho Valoura e Alê entre os titulares, a fim de aumentar a consistência defensiva, o volume de jogo, a qualidade no passe e na distribuição das jogadas. 

A utilização constante e excessiva do Eduardo e Alan Ruschel avançados pelos lados tirou os espaços para as jogadas de velocidade em profundidade do Carlos Alberto, Fabrício Daniel e deslocamentos do Juninho. 

Carlos Alberto, que tem mais potencial para ser utilizado pelos lados, preferencialmente o direito, Fabrício Daniel e Felipe Azevedo ficaram muito embolados pelo corredor central.

Mas sem a participação de um centroavante com mais presença de área, poder de finalização e decisão, os cruzamentos do Alan Ruschel e Eduardo foram ineficazes. 

Na transformação do DNA formador em aproveitador, Carlos Alberto, Gustavinho e Zé Vitor são sub-20, em fase de aprimoramento e oscilação, ainda no primeiro passo da transição, escalados num time em formação durante o campeonato e sem suporte de jogadores mais acostumados a disputar a Série A

Ainda assim, Yan Sassi deveria ter entrado no lugar do Felipe Azevedo, com o deslocamento do Carlos Alberto para o corredor direito e Fabrício Daniel para o esquerdo. 

Diego Ferreira, João Paulo e Toscano, que poderia ter jogado na posição de centroavante, pouco acrescentaram. 

Enfim, na 12° rodada do Brasileirão, o time americano continuou sem padrão Série A para permanecer na primeira divisão. 

América:
Matheus Cavichioli; 
Bauermann, Ricardo Silva, Zé Vitor;
Eduardo (Diego Ferreira), Juninho, Felipe Azevedo (Toscano), Juninho Valoura, Alan Ruschel (João Paulo); 
Carlos Alberto (Yan Sasse) (Gustavinho) e Fabrício Daniel.
Técnico: Vagner Mancini
 
Sport:
Mailson; 
Hayner, Rafael Thyere, Sabino e Chico; 
Marcão, Zé Welison (Ronaldo Henrique) e Thiago Lopes (Paulinho Moccelin);
Gustavo (Betinho), Everaldo (Tréllez) e Mikael (André). 
Técnico: Umberto Louzer


domingo, 11 de julho de 2021

América-MG 0 x 1 Atlético-MG

Na tentativa de encontrar o modelo de jogo durante a competição, as mudanças feitas pelo Mancini entre os titulares, na distribuição tática e na estratégia de jogo melhoraram a produtividade do time americano, mas foram insuficientes para conquistar a vitória ou pelo menos o empate, porque defeitos de posicionamento defensivo no gol sofrido e nas grandes chances criadas pelo adversário, baixo poder de criação, finalização e decisão, saída do Ribamar, improdutividade ofensiva do Rodolfo e furada do Felipe Azevedo no último minuto da partida prejudicaram o desempenho. 

A utilização de três zagueiros e a transformação de Alan Ruschel e Eduardo em alas, no lugar do Felipe Azevedo e Rodolfo, na dupla função defensiva-ofensiva pelos extremos, aumentaram a consistência na defesa, a intensidade e velocidade na recomposição e transição pelos lados. 

Juninho foi mais intenso, participativo e veloz do que Toscan na dupla função defensiva-ofensiva, mas apesar da produtividade do Juninho e do Juninho Valoura na organização defensiva, na recomposição e na transição, houve falha na marcação da arrancada do Hulk, na jogada do gol marcado pelo Dylan.

Ainda assim, faltou mais poder de criação e finalização para Juninho, Juninho Valoura e especialmente Bruno Nazário na construção ofensiva. 

Talvez tivesse sido mais interessante a escalação do Zé Ricardo, no lugar do Bruno Nazário, para executar a função de sustentação nas ações mais ofensivas do Juninho e Juninho Valoura, porque Zé Ricardo tem qualidade na saída de bola, no combate, no desarme e nos passes. 

Outra formação para valorizar a posse de bola, a marcação e a distribuição das jogadas poderia ter sido Zé Ricardo, Juninho Valoura e Alê. 

Felipe Azevedo e especialmente Rodolfo repetiram a improdutividade ofensiva dos jogos anteriores. 

Na transformação do DNA formador em aproveitador dos pratas da casa em processo de aprimoramento e oscilação,  Zé Vitor estreou bem no time principal e Carlos Alberto foi o principal atacante. 

Fabrício Daniel demonstrou potencial de aproveitamento ofensivo. 

Destaque para a escalação dos três zagueiros, principalmente Ricardo Silva e a estreia do Zé Vitor num clássico, a participação do Alan Ruschel e Eduardo na defesa e no ataque, a intensa mobilidade do Juninho e Juninho Valoura, e Carlos Alberto partindo pra cima avacoelhando geral, 

América:
Matheus Cavichioli; 
Bauermann, Ricardo Silva e Zé Vitor (Anderson); 
Eduardo, Juninho, Juninho Valoura, Bruno Nazário (Felipe Azevedo) e Alan Ruschel (João Paulo); 
Carlos Alberto e Ribamar (Rodolfo) (Fabrício Daniel)
Técnico: Vagner Mancini

Atlético:
Everson; 
Guga, Igor Rabello (Hulk), Nathan Silva e Junior Alonso; Jair, Zaracho (Neto), Tchê Tchê e Hyoran (Dylan); 
Savarino (Felipe Felício) e Eduardo Sasha (Calebe)
Técnico: Cuca

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Fortaleza-CE 4 x 0 América-MG

Time que está vencendo também é modificado, a fim de aprimorar os acertos, consertar os defeitos e evitar a estagnação.

Na busca durante a competição pelo modelo de jogo ideal, de acordo com as características da equipe americana, defeitos na organização e recomposição defensiva, e na transição e construção ofensiva, demonstrados na vitória sobre Bahia e principalmente Santos, foram repetidos na derrota por goleada para o Fortaleza. 

O baixo poder de marcação no primeiro combate pelo Felipe Azevedo, Ribamar, Rodolfo e Toscano prejudicaram a defesa.

A baixa velocidade de transição, principalmente do Felipe Azevedo e Rodolfo, pelos lados, e Toscano, pelo corredor central, comprometeram o ataque.

Felipe Azevedo, Rodolfo e Toscano poderão ser mais produtivos nas finalizações das jogadas, mas para jogar na retranca e explorar contra-ataque serão necessários jogadores com mais intensidade, poder de marcação e velocidade. 

Aliás, a escalação dos veteranos Eduardo, Felipe Azevedo, João Paulo, Juninho Valoura, Toscano, e até Rodolfo, precisa ser mais bem distribuída entre os titulares, reservas e relacionados, porque são limitados fisicamente para jogar dois tempos em alta intensidade. 

Eduardo, Bauermann, Anderson, João Paulo, Zé Ricardo e Juninho Valoura ficaram muito expostos na fase defensiva, e Ribamar isolado na ofensiva. 

A origem dos quatro gols sofridos e chances criadas foram através de jogadas pelos lados. 

Eduardo e Rodolfo, pela direita, e João Paulo e Felipe Azevedo, pela esquerda, deram muito liberdade para os adversários. 

Zé Ricardo é o único mais combativo no meio-de-campo para a frente. 

Juninho Valoura tem mais qualidade na transição e construção ofensiva. 

Toscano é meia-atacante ofensivo. 

Talvez tivesse sido mais interessante a escalação do Juninho entre os titulares ou a entrada no intervalo, com Rodolfo ou Toscano mais avançado e próximo do Ribamar, porque Juninho tem mais poder de combate, resistência física e velocidade que Rodolfo e Toscano para defender e atacar. 

As opções de dobras pelos lados, com Eduardo e Diego Ferreira pela direita, e Alan Ruschel e João Paulo, pela esquerda, também poderiam ter sido utilizadas para evitar a vulnerabilidade pelas laterais. 

Eduardo e João Paulo são mais produtivos na tarefa ofensiva do que defensiva. 

Se Isaque for utilizado nos próximos jogos, a postura vai precisar ser mais ofensiva, com jogadores mais rápidos pelos lados. 

Outra opção futura de mudança seria a escalação de três zagueiros, entre Anderson, Bauermann, Lucas Kal e Ricardo Silva, com a formação de uma linha de cinco defensores sem a posse de bola, e a transformação do Eduardo e Alan Ruschel ou João Paulo e Marlon em alas, quando o time americano estiver com a posse de bola.  

Alê, Juninho, Juninho Valoura e Zé Ricardo seriam opções para formar o trio de meio-de-campo. Inicialmente com Zé Ricardo, Juninho Valoura e Alê, pela mobilidade para jogar de uma intermediária a outra, pelo poder de desarme,  qualidade na distribuição das jogadas, precisão no passe, e participação na bola parada defensiva e ofensiva. 

A dupla de atacantes seria escolhida entre Ademir, Bruno Nazário, Carlos Alberto, Fabrício Daniel, Felipe Azevedo, Isaque, Kawê, Ribamar, Rodolfo e Toscano, com mais possibilidades para Ademir e Ribamar. 

Bruno Nazário, Geovane, Gustavinho, Isaque e Toscano também poderiam compor o meio-de-campo.

Luiz Fernando e Yan Sassi não foram utilizados. 

Enfim, o desafio do Mancini, comissão técnica e diretoria seria montar um time vencedor durante o campeonato. 

Fortaleza:
Felipe Alves; 
Tinga, Benevenuto e Titi; 
Éderson, Felipe (Ronald), Matheus Vargas, Lucas Crispim (Carlinhos) e Yago Pikachu (Daniel Guedes); Robson (Romarinho) e David (Igor Torres).
Técnico: Juan Pablo Vojvoda
 
América:
Matheus Cavichioli; 
Eduardo, Bauermann, Anderson e João Paulo; 
Zé Ricardo, Juninho Valoura (Alê);
Rodolfo (Carlos Alberto) , Toscano (Juninho), Felipe Azevedo (Geovane);
Ribamar (Alan Ruschel).
Técnico: Vagner Mancini



domingo, 4 de julho de 2021

América-MG 2 x 0 Santos-SP

O Santos buscou o controle do jogo, teve proposta ofensiva, mais posse de bola e finalizou mais vezes, mas as defesas salvadoras do Matheus Cavichioli, a competitividade do time americano e a máxima eficiência do João Paulo e Carlos Alberto no aproveitamento das jogadas em contra-ataque foram fundamentais para o Coelhão superar a produtividade, o volume de jogo do adversário, conquistar a vitória e os três pontos. 

Na busca durante a competição pelo modelo de jogo ideal de acordo com as características da equipe americana,  ainda falta encontrar a melhor distribuição tática e encaixar jogadores no meio-de-campo e principalmente pelos lados, com mais poder de marcação, intensidade, resistência física e velocidade para participar da organização e recomposição defensiva, e da transição e construção ofensiva. 

O baixo poder de marcação do Felipe Azevedo, Rodolfo e Toscano comprometeu a fase defensiva, porque Eduardo, Bauermann, Anderson, João Paulo, Zé Ricardo e Juninho Valoura ficaram muito expostos.

A baixa intensidade e velocidade do Felipe Azevedo, Rodolfo e Toscano prejudicou jogadas de contra-ataque, quando Ribamar ficou bastante isolado na frente. 

Ainda assim, Felipe Azevedo foi mais participativo e produtivo que Rodolfo nesta dupla função. 

Apesar de serem bastante competitivos, Felipe Azevedo, Rodolfo e Toscano são mais produtivos na tarefa ofensiva do que defensiva. 

Na transformação do DNA formador em aproveitador, Carlos Alberto, em fase de aprimoramento e oscilação, lembrou as arrancadas do Luciano, ao partir para cima avacoelhando geral. 

Numa formatação próxima do 4-4-2 em vez do 4-5-1, talvez tivesse sido mais interessante a utilização do Juninho para participar da fase defensiva e na recuperação da bola explorar os espaços cedidos pelo adversário, porque tem mais velocidade e resistência física que Rodolfo e Toscano para defender e atacar em alta intensidade. Com Juninho no meio-de-campo, Bruno Nazário ou Rodolfo ou Toscano poderia ter jogado mais avançado e próximo do Ribamar. 

A utilização de três zagueiros entre Anderson, Bauermann, Lucas Kal e Ricardo Silva, ou utilizar dobras pelos lados, ou o retorno dos três volantes com Zé Ricardo, Juninho Valoura e Alê, com Bruno Nazário ou Toscano no losango ou três atacantes são possiblidades de futuras mudanças. 

Destaque para a competitividade do time americano, para as defesas salvadoras do Matheus Cavichioli, a consistência do Bauermann e Anderson, a participação do Eduardo, João Paulo, Zé Ricardo e Juninho Valoura na fase defensiva, a participação ofensiva do Ribamar, e a eficiência do João Paulo e Carlos Alberto nos dois gols feitos.

América:
Matheus Cavichioli; 
Eduardo, Eduardo Bauermann, Anderson e João Paulo; 
Rodolfo (Geovane), Zé Ricardo (Ramon), Juninho Valoura, Toscano (Juninho), Felipe Azevedo (Alan Ruschel);
Ribamar (Carlos Alberto)
Técnico: Vagner Mancini

Santos
João Paulo; 
Pará (Madson), Luiz Felipe, Kaiky e Felipe Jonatan (Carlos Sánchez); 
Camacho, Jean Mota e Gabriel Pirani (Moraes); 
Marinho, Marcos Guilherme e Lucas Braga
Técnico: Fernando Diniz

Gols: João Paulo e Carlos Alberto




quinta-feira, 1 de julho de 2021

Bahia-BA 3x4 América-MG

O time americano desperdiçou uma grande oportunidade de ter vencido por goleada, mas apesar dos erros defensivos nos três gols sofridos e nas chances criadas pelo adversário, os comandados do Vagner Mancini marcaram quatro gols, criaram chances de ampliar o marcador e conquistaram a primeira vitória no Brasileirão. 

Sem tempo para treinar, a busca do modelo de jogo ideal deverá ser feita durante os jogos.  

De acordo com as características dos jogadores da equipe americana, a consistência na defesa ficou comprometida pelo posicionamento funcional do Bruno Nazário, Felipe Azevedo e Toscano na recomposição e organização defensiva. 

Eduardo, Bauermann, Anderson e João Paulo ficaram muito expostos, principalmente nas jogadas dos adversários pelas laterais.

Zé Ricardo foi o meio-campista com mais poder de marcação. 

Juninho Valoura se destacou prela criação das jogadas, assistências e o gol feito. 

Felipe Azevedo tem baixa velocidade e resistência física para exercer a dupla função defensiva-ofensiva pelo lado. Quando recuou para colaborar na marcação, a transição ficou comprometida, mas foi bastante produtivo e eficiente nas finalizações. 

Toscano tentou ser mais participativo na tarefa defensiva do que ofensiva, ao fazer a recomposição para Rodolfo e colaborar com Eduardo na marcação, mas cedeu muito espaço para o adversário. 

Nesta função, Juninho tem mais velocidade que Toscano para defender e explorar as jogadas de contra-ataque. 

Nos dois gols marcados pelo Gilberto, Bruno Nazário deu muita liberdade para Nino Paraíba fazer os cruzamentos. 

Bruno Nazário, Felpe Azevedo e Toscano possuem caraterísticas mais ofensivas do que defensivas. 

Rodolfo também tem baixa velocidade e resistência física para constantemente acelerar o contra-ataque pelo lado, e está ineficiente nas finalizações. 

Ribamar teve presença de área, driblou, fez assistências, finalizou e marou um gol.

Talvez tivesse sido mais interessante a entrada do Diego Ferreira no lugar do Felipe Azevedo, para fazer a dobra pela direita com Eduardo, que oscilou na marcação, ou a entrada do Ricardo Silva, para formar o trio de zagueiros com Anderson e Bauermann, e a transformação do Eduardo e Alan Ruschel em alas. 

Destaque para Baueramann, Zé Ricardo,  Felipe Azevedo, na tarefa ofensiva, Ribamar, centroavante com presença de área, e especialmente Juninho Valoura. 

Ainda assim, falta na equipe um meia-atacante e/ou meia-armador mais bem preparado fisicamente para jogar dois tempos em alta intensidade,  e com poder de criação, finalização e decisão, para completar o trio do meio-de-campo com Zé Ricardo e Juninho Valoura. 

Bruno Nazário e Gustavinho são opções de meias-armadores, mas com baixo poder de marcação na recomposição defensiva. 

Geovane, Ramon e Toscano são as opções de meias-atacantes. 

Alê e Juninho são volantes que jogam de uma intermediária a outra. 

Uma possível escalação interessante poderá ser a utilização de três volantes, Zé Ricardo, Juninho Valoura e Alê, com Bruno Nazário ou Toscano mais avançado pelo centro na complementação do losango. 

Sem Ademir, também falta um atacante de velocidade pelos lados lados. 

Na transformação do DNA formador em aproveitador, Carlos Alberto, Kawê e Gustavinho, em fase de aprimoramento e oscilação, são alternativas. Mas é melhor jogarem mais vezes no Sub-20, a fim de continuar o processo de desenvolvimento, em vez de serem pouco aproveitados no principal. 

Bahia:
Matheus Teixeira; 
Nino Paraíba, Lucas Fonseca, Juninho e Matheus Bahia; 
Patrick de Lucca, Daniel (Jonas) e Thaciano (Maycon Douglas); Rodriguinho (Thonny Anderson), Rossi (Oscar Ruiz) e Gilberto.
Técnico: Dado Cavalcanti
 
América:
Matheus Cavichioli; 
Eduardo, Eduardo Bauermann, Anderson e João Paulo (Bruno Nazário); 
Toscano (Juninho), Juninho Valoura (Alê), Zé Ricardo), Felipe Azevedo (Sabino);
Rodolfo (Alan Ruschel) e Ribamar.
Técnico: Vagner Mancini

Gols: Felipe Azevedo, Juninho Valoura, Ribamar e Juninho.