domingo, 4 de julho de 2021

América-MG 2 x 0 Santos-SP

O Santos buscou o controle do jogo, teve proposta ofensiva, mais posse de bola e finalizou mais vezes, mas as defesas salvadoras do Matheus Cavichioli, a competitividade do time americano e a máxima eficiência do João Paulo e Carlos Alberto no aproveitamento das jogadas em contra-ataque foram fundamentais para o Coelhão superar a produtividade, o volume de jogo do adversário, conquistar a vitória e os três pontos. 

Na busca durante a competição pelo modelo de jogo ideal de acordo com as características da equipe americana,  ainda falta encontrar a melhor distribuição tática e encaixar jogadores no meio-de-campo e principalmente pelos lados, com mais poder de marcação, intensidade, resistência física e velocidade para participar da organização e recomposição defensiva, e da transição e construção ofensiva. 

O baixo poder de marcação do Felipe Azevedo, Rodolfo e Toscano comprometeu a fase defensiva, porque Eduardo, Bauermann, Anderson, João Paulo, Zé Ricardo e Juninho Valoura ficaram muito expostos.

A baixa intensidade e velocidade do Felipe Azevedo, Rodolfo e Toscano prejudicou jogadas de contra-ataque, quando Ribamar ficou bastante isolado na frente. 

Ainda assim, Felipe Azevedo foi mais participativo e produtivo que Rodolfo nesta dupla função. 

Apesar de serem bastante competitivos, Felipe Azevedo, Rodolfo e Toscano são mais produtivos na tarefa ofensiva do que defensiva. 

Na transformação do DNA formador em aproveitador, Carlos Alberto, em fase de aprimoramento e oscilação, lembrou as arrancadas do Luciano, ao partir para cima avacoelhando geral. 

Numa formatação próxima do 4-4-2 em vez do 4-5-1, talvez tivesse sido mais interessante a utilização do Juninho para participar da fase defensiva e na recuperação da bola explorar os espaços cedidos pelo adversário, porque tem mais velocidade e resistência física que Rodolfo e Toscano para defender e atacar em alta intensidade. Com Juninho no meio-de-campo, Bruno Nazário ou Rodolfo ou Toscano poderia ter jogado mais avançado e próximo do Ribamar. 

A utilização de três zagueiros entre Anderson, Bauermann, Lucas Kal e Ricardo Silva, ou utilizar dobras pelos lados, ou o retorno dos três volantes com Zé Ricardo, Juninho Valoura e Alê, com Bruno Nazário ou Toscano no losango ou três atacantes são possiblidades de futuras mudanças. 

Destaque para a competitividade do time americano, para as defesas salvadoras do Matheus Cavichioli, a consistência do Bauermann e Anderson, a participação do Eduardo, João Paulo, Zé Ricardo e Juninho Valoura na fase defensiva, a participação ofensiva do Ribamar, e a eficiência do João Paulo e Carlos Alberto nos dois gols feitos.

América:
Matheus Cavichioli; 
Eduardo, Eduardo Bauermann, Anderson e João Paulo; 
Rodolfo (Geovane), Zé Ricardo (Ramon), Juninho Valoura, Toscano (Juninho), Felipe Azevedo (Alan Ruschel);
Ribamar (Carlos Alberto)
Técnico: Vagner Mancini

Santos
João Paulo; 
Pará (Madson), Luiz Felipe, Kaiky e Felipe Jonatan (Carlos Sánchez); 
Camacho, Jean Mota e Gabriel Pirani (Moraes); 
Marinho, Marcos Guilherme e Lucas Braga
Técnico: Fernando Diniz

Gols: João Paulo e Carlos Alberto