Time que está vencendo também é modificado, a fim de aprimorar os acertos, consertar os defeitos e evitar a estagnação.
Na busca durante a competição pelo modelo de jogo ideal, de acordo com as características da equipe americana, defeitos na organização e recomposição defensiva, e na transição e construção ofensiva, demonstrados na vitória sobre Bahia e principalmente Santos, foram repetidos na derrota por goleada para o Fortaleza.
O baixo poder de marcação no primeiro combate pelo Felipe Azevedo, Ribamar, Rodolfo e Toscano prejudicaram a defesa.
A baixa velocidade de transição, principalmente do Felipe Azevedo e Rodolfo, pelos lados, e Toscano, pelo corredor central, comprometeram o ataque.
Felipe Azevedo, Rodolfo e Toscano poderão ser mais produtivos nas finalizações das jogadas, mas para jogar na retranca e explorar contra-ataque serão necessários jogadores com mais intensidade, poder de marcação e velocidade.
Aliás, a escalação dos veteranos Eduardo, Felipe Azevedo, João Paulo, Juninho Valoura, Toscano, e até Rodolfo, precisa ser mais bem distribuída entre os titulares, reservas e relacionados, porque são limitados fisicamente para jogar dois tempos em alta intensidade.
Eduardo, Bauermann, Anderson, João Paulo, Zé Ricardo e Juninho Valoura ficaram muito expostos na fase defensiva, e Ribamar isolado na ofensiva.
A origem dos quatro gols sofridos e chances criadas foram através de jogadas pelos lados.
Eduardo e Rodolfo, pela direita, e João Paulo e Felipe Azevedo, pela esquerda, deram muito liberdade para os adversários.
Zé Ricardo é o único mais combativo no meio-de-campo para a frente.
Juninho Valoura tem mais qualidade na transição e construção ofensiva.
Toscano é meia-atacante ofensivo.
Talvez tivesse sido mais interessante a escalação do Juninho entre os titulares ou a entrada no intervalo, com Rodolfo ou Toscano mais avançado e próximo do Ribamar, porque Juninho tem mais poder de combate, resistência física e velocidade que Rodolfo e Toscano para defender e atacar.
As opções de dobras pelos lados, com Eduardo e Diego Ferreira pela direita, e Alan Ruschel e João Paulo, pela esquerda, também poderiam ter sido utilizadas para evitar a vulnerabilidade pelas laterais.
Eduardo e João Paulo são mais produtivos na tarefa ofensiva do que defensiva.
Se Isaque for utilizado nos próximos jogos, a postura vai precisar ser mais ofensiva, com jogadores mais rápidos pelos lados.
Outra opção futura de mudança seria a escalação de três zagueiros, entre Anderson, Bauermann, Lucas Kal e Ricardo Silva, com a formação de uma linha de cinco defensores sem a posse de bola, e a transformação do Eduardo e Alan Ruschel ou João Paulo e Marlon em alas, quando o time americano estiver com a posse de bola.
Alê, Juninho, Juninho Valoura e Zé Ricardo seriam opções para formar o trio de meio-de-campo. Inicialmente com Zé Ricardo, Juninho Valoura e Alê, pela mobilidade para jogar de uma intermediária a outra, pelo poder de desarme, qualidade na distribuição das jogadas, precisão no passe, e participação na bola parada defensiva e ofensiva.
A dupla de atacantes seria escolhida entre Ademir, Bruno Nazário, Carlos Alberto, Fabrício Daniel, Felipe Azevedo, Isaque, Kawê, Ribamar, Rodolfo e Toscano, com mais possibilidades para Ademir e Ribamar.
Bruno Nazário, Geovane, Gustavinho, Isaque e Toscano também poderiam compor o meio-de-campo.
Luiz Fernando e Yan Sassi não foram utilizados.
Enfim, o desafio do Mancini, comissão técnica e diretoria seria montar um time vencedor durante o campeonato.
Fortaleza:
Felipe Alves;
Tinga, Benevenuto e Titi;
Éderson, Felipe (Ronald), Matheus Vargas, Lucas Crispim (Carlinhos) e Yago Pikachu (Daniel Guedes); Robson (Romarinho) e David (Igor Torres).
Técnico: Juan Pablo Vojvoda
América:
Matheus Cavichioli;
Eduardo, Bauermann, Anderson e João Paulo;
Zé Ricardo, Juninho Valoura (Alê);
Rodolfo (Carlos Alberto) , Toscano (Juninho), Felipe Azevedo (Geovane);
Ribamar (Alan Ruschel).
Técnico: Vagner Mancini