quinta-feira, 1 de julho de 2021

Bahia-BA 3x4 América-MG

O time americano desperdiçou uma grande oportunidade de ter vencido por goleada, mas apesar dos erros defensivos nos três gols sofridos e nas chances criadas pelo adversário, os comandados do Vagner Mancini marcaram quatro gols, criaram chances de ampliar o marcador e conquistaram a primeira vitória no Brasileirão. 

Sem tempo para treinar, a busca do modelo de jogo ideal deverá ser feita durante os jogos.  

De acordo com as características dos jogadores da equipe americana, a consistência na defesa ficou comprometida pelo posicionamento funcional do Bruno Nazário, Felipe Azevedo e Toscano na recomposição e organização defensiva. 

Eduardo, Bauermann, Anderson e João Paulo ficaram muito expostos, principalmente nas jogadas dos adversários pelas laterais.

Zé Ricardo foi o meio-campista com mais poder de marcação. 

Juninho Valoura se destacou prela criação das jogadas, assistências e o gol feito. 

Felipe Azevedo tem baixa velocidade e resistência física para exercer a dupla função defensiva-ofensiva pelo lado. Quando recuou para colaborar na marcação, a transição ficou comprometida, mas foi bastante produtivo e eficiente nas finalizações. 

Toscano tentou ser mais participativo na tarefa defensiva do que ofensiva, ao fazer a recomposição para Rodolfo e colaborar com Eduardo na marcação, mas cedeu muito espaço para o adversário. 

Nesta função, Juninho tem mais velocidade que Toscano para defender e explorar as jogadas de contra-ataque. 

Nos dois gols marcados pelo Gilberto, Bruno Nazário deu muita liberdade para Nino Paraíba fazer os cruzamentos. 

Bruno Nazário, Felpe Azevedo e Toscano possuem caraterísticas mais ofensivas do que defensivas. 

Rodolfo também tem baixa velocidade e resistência física para constantemente acelerar o contra-ataque pelo lado, e está ineficiente nas finalizações. 

Ribamar teve presença de área, driblou, fez assistências, finalizou e marou um gol.

Talvez tivesse sido mais interessante a entrada do Diego Ferreira no lugar do Felipe Azevedo, para fazer a dobra pela direita com Eduardo, que oscilou na marcação, ou a entrada do Ricardo Silva, para formar o trio de zagueiros com Anderson e Bauermann, e a transformação do Eduardo e Alan Ruschel em alas. 

Destaque para Baueramann, Zé Ricardo,  Felipe Azevedo, na tarefa ofensiva, Ribamar, centroavante com presença de área, e especialmente Juninho Valoura. 

Ainda assim, falta na equipe um meia-atacante e/ou meia-armador mais bem preparado fisicamente para jogar dois tempos em alta intensidade,  e com poder de criação, finalização e decisão, para completar o trio do meio-de-campo com Zé Ricardo e Juninho Valoura. 

Bruno Nazário e Gustavinho são opções de meias-armadores, mas com baixo poder de marcação na recomposição defensiva. 

Geovane, Ramon e Toscano são as opções de meias-atacantes. 

Alê e Juninho são volantes que jogam de uma intermediária a outra. 

Uma possível escalação interessante poderá ser a utilização de três volantes, Zé Ricardo, Juninho Valoura e Alê, com Bruno Nazário ou Toscano mais avançado pelo centro na complementação do losango. 

Sem Ademir, também falta um atacante de velocidade pelos lados lados. 

Na transformação do DNA formador em aproveitador, Carlos Alberto, Kawê e Gustavinho, em fase de aprimoramento e oscilação, são alternativas. Mas é melhor jogarem mais vezes no Sub-20, a fim de continuar o processo de desenvolvimento, em vez de serem pouco aproveitados no principal. 

Bahia:
Matheus Teixeira; 
Nino Paraíba, Lucas Fonseca, Juninho e Matheus Bahia; 
Patrick de Lucca, Daniel (Jonas) e Thaciano (Maycon Douglas); Rodriguinho (Thonny Anderson), Rossi (Oscar Ruiz) e Gilberto.
Técnico: Dado Cavalcanti
 
América:
Matheus Cavichioli; 
Eduardo, Eduardo Bauermann, Anderson e João Paulo (Bruno Nazário); 
Toscano (Juninho), Juninho Valoura (Alê), Zé Ricardo), Felipe Azevedo (Sabino);
Rodolfo (Alan Ruschel) e Ribamar.
Técnico: Vagner Mancini

Gols: Felipe Azevedo, Juninho Valoura, Ribamar e Juninho.