Apesar da limitação de produtividade provocada pela necessidade de reforços para permanecer na primeira divisão, erros e falta de critérios nas decisões da arbitragem dentro do campo e do VAR prejudicaram o desempenho dos comandados pelo Vagner Mancini e influenciaram diretamente no resultado, que deveria ter sido a primeira vitória do Coelhão, em sete rodadas do Brasileirão.
Entres os principais erros da arbitragem e do VAR estão o gol do Ribamar invalidado, o do Rodrigo Dourado validado, o pênalti não marcado no Ribamar, e a não aplicação do segundo amarelo no Lucas Ribeiro no fim do primeiro tempo.
Ainda assim, defeitos crônicos foram repetidos na organização e recomposição defensiva, na transição e construção ofensiva, e nas finalizações das jogadas.
A principal mudança de distribuição tática foi a utilização de dois volantes em vez de três.
Toscano, no lugar do Juninho, executou a função de meia-atacante mais avançado pelo centro, mas teve pouco poder de criação, finalização e decisão. As principais participações ofensivas do Toscano foram na virada de jogo para Alan Ruschel fazer o cruzamento preciso no gol invalidado do Ribamar, e na assistência pro Ribamar sofrer o pênalti não marcado.
Bruno Nazário, no segundo tempo, participou do início das jogadas finalizadas pelo Kawê.
Com a utilização de dois volantes, ainda falta na equipe um meia-atacante ou armador centralizado mais produtivo e eficiente na distribuição das jogadas, nas assistências, finalizações e gols marcados.
Bruno Nazário e Gustavinho são opções de armadores, enquanto Toscano e talvez Geovane e Ramon de meias-atacantes.
Mas só com dois volantes mais Toscano, Zé Ricardo ficou sobrecarregado na marcação pela intermediária.
Alê poderia ser opção de mudança de posicionamento funcional para jogar mais avançado pelo centro, sem a necessidade de ser tão participativo na organização defensiva, ou voltar a utilizar um volante mais dois meios-campistas que jogam de uma intermediária a outra.
Faltou mais profundidade, resistência física e velocidade para Rodolfo e Felipe Azevedo abertos pelos lados executarem a dupla função defensiva-ofensiva.
Ribamar e Rodolfo desperdiçaram grandes chances de gol, mas Ribamar demonstrou presença de área, deu trabalho para a defesa adversária, sofreu pênalti não marcado e fez dois gols, apesar de um deles ter sido invalidado incorretamente.
Na ausência do Ademir, faltam meias-atacantes com mais velocidade e resistência física para executar a recomposição defensiva e transição ofensiva pelos lados.
Sem os reforços necessários, talvez seja mais interessante a utilização de dobras de laterais pelos lados, de acordo com a situação do jogo.
Eduardo e Diego Ferreira, pela direita.
Alan Ruschel, João Paulo e Marlon são opções pela esquerda.
Geovane e Ramon também poderiam ser utilizados pelo lado esquerdo.
Na transformação do DNA formador em aproveitador, Carlos Alberto, Kawê e Gustavinho são opções de aproveitamento em fase de aprimoramento e oscilação.
Outra possiblidade de mudança durante a competição seria a utilização de três zagueiros, com a transformação dos laterais em alas.
Destaque do jogo para Eduardo, Ribamar e especialmente Juninho Valoura.
América:
Matheus Cavichioli;
Eduardo, Eduardo Bauermann, Anderson e Alan Ruschel;
Zé Ricardo (Sabino), Juninho Valoura;
Rodolfo (Carlos Alberto), Toscano (Bruno Nazário), Felipe Azevedo (Kawê),
Ribamar.
Técnico: Vagner Mancini
Internacional:
Daniel;
Saravia, Lucas Ribeiro (Pedro Henrique), Cuesta e Heitor;
Rodrigo Dourado, Johnny (Edenílson), Maurício, Lucas Ramos (Yuri Alberto) e Patrick (Léo Borges); Thiago Galhardo (Vinicius Mello).
Técnico: Diego Aguirre
Gol Ribamar