Na sexta rodada do Brasileirão, ainda sem a contratação dos reforços necessários para permanecer na primeira divisão, o desempenho e o resultado continuaram insatisfatórios.
Houve falha no reposicionamento e na organização defensiva, na jogada do pênalti feito pelo Ricardo Silva, quando o goleiro lançou, Anderson perdeu a disputa pelo alto, e a bola sobrou para um atacante superar Alan Ruschel e especialmente Ricardo Silva na entrada da grande área.
Apesar do bom rendimento do Zé Ricardo e Juninho Valoura entre os titulares, Geovane, Juninho, Rodolfo e Ribamar comprometeram a transição e construção ofensiva.
Embora tenha sido o principal destaque contra o Palmeiras, Geovane, talvez sem a escalação do Alê pelo corredor esquerdo, demonstrou que ainda está em fase de oscilação e foi pouco participativo.
Juninho, pelo corredor direito, também foi improdutivo e ineficiente na tarefa ofensiva.
Ribamar e Rodolfo foram inofensivos, mas pelo menos Ribamar sofreu o pênalti, teve mais presença de área e finalizou mais do que Rodolfo.
A entrada do Bruno Nazário no lugar do Geovane aumentou um pouco a posse de bola.
Mas Toscano deveria ter entrado no lugar do Juninho em vez do Zé Ricardo.
Aliás, poderia ter sido mais interessante a formação do meio-de-campo titular com Zé Ricardo, Juninho Valoura e Alê, ou pelo menos Alê ter substituído Juninho durante o jogo,
Felipe Azevedo repetiu a improdutividade ofensiva.
Após a expulsão do Ricardo Silva, Alan Ruschel evitou uma grande chance de finalização do adversário.
Na busca da formação próxima do ideal sem os reforços necessários, Eduardo, Alan Ruschel e Marlon demonstraram mais potencial de aproveitamento do que Diego Ferreira e João Paulo.
Com ausência do Messias, a dupla de zagueiros está indefinida. Talvez Lucas Kal e Eduardo Bauermann sejam os mais próximos da solução ou a formatação seja modificada para utilizar três zagueiros.
No meio-de-campo, Alê, Juninho Valoura e Zé Ricardo são os mais preparados para formar a dupla de volantes titular.
Sem mudar a distribuição tática, Alê também está mais preparado que Bruno Nazário, Juninho, Geovane, Ramon e Toscano para ser o terceiro meio-campista, porque é mais participativo e produtivo na organização e recomposição defensiva, na transição e fase ofensiva, na bola parada na defesa e no ataque.
Bruno Nazário poderá ser mais produtivo se for o meia-armador utilizado avançado pelo centro, no 4-2-3-1 ou se jogar na frente dos três volantes na formação de losango no 4-4-2.
A situação do dois extremos e do centroavante é mais preocupante, principalmente se Ademir não jogar.
Luis Fernando, Lohan e Yan Sasse foram contratados para não jogar.
Felipe Azevedo está mal fisicamente e tecnicamente.
Geovane e Ramon pareceram ser mais preparados para entrar durante os jogos do que titulares absolutos.
Na transformação do DNA formador em aproveitador, Carlos Alberto e Gustavinho estão no processo de aprimoramento e oscilação.
Rodolfo, que tem baixa velocidade para jogar pelos lados, poderá ser mais finalizador e eficiente se jogar mais dentro da área.
Ribamar é centroavante de área dependente das assistências e cruzamentos para serem finalizados.
O preparo físico de muitos jogadores também parece abaixo do ideal para jogar dois tempos em alta intensidade.
Destaque do jogo para Eduardo, Zé Ricardo e principalmente Juninho Valoura.
América:
Jori;
Eduardo, Ricardo Silva, Anderson e Alan Ruschel (Ramon);
Zé Ricardo (Toscano), Juninho Valoura, Juninho (Lucas Kal) e Geovane (Bruno Nazário); Ribamar e Rodolfo (Felipe Azevedo).
Técnico: Vagner Mancini
Juventude:
Marcelo Carné;
Michel Macedo, Vitor Mendes, Rafael Forster (Didi) e William Matheus;
Elton, Matheus Jesus e Wescley (Chico);
Paulinho (Capixaba), Marcos Vinicios (Bruninho) e Matheus Peixoto (Fernando Pacheco).
Técnico: Marquinhos Santos
Gol Juninho Valoura