Embora o fazer diferente seja até uma necessidade, devido as limitações na formação da equipe, a arte de simplificar no futebol, sem tantas improvisações, principalmente nos jogos fora de casa, poderá produzir resultados mais imediatos.
Independentemente do discurso sobre função e posição, o América, na visão prática de parte da torcida, começou o jogo sem um lateral direito, um camisa 10 e um centroavante, com quatro atacantes, permaneceu sem centroavante, terminou com quatro zagueiros e dois camisas 10.
Apesar da condição de visitante, do gramado e do suposto racismo do Miguelito, poderia ter sido mais funcional a escalação do Benítez, no complemento do trio do meio-campo, Miguelito, na posição mais acostumado a jogar pelo lado direito, Figueiredo, improvisado de centroavante, e Fabinho ou Stênio pelo lado esquerdo.
Se Benítez for relacionado, deverá ser o titular, porque está liberado pelo DM para jogar, é disparado o melhor camisa 10 da equipe e especialista na posição.
Quando Miguelito, em vez de jogar pelo lado direito no ataque, é descolado para o meio-campo, Benítez também perde a titularidade para Fabinho, Figueiredo, Stênio e Bigode, jogadores menos preparados que Benítez, que são escalados no lugar do Miguelito.
O desafio dos Analistas de Desempenho, da Comissão Técnica e do William, será encontrar o modelo de jogo para aproveitar o potencial ofensivo do Benítez, sem perder poder de marcação, ou contrata outro camisa 10 para o time titular.
Na ausência do Benítez, Elizari deveria ser o titular, porque foi contratado para substituir Benítez.
Se depois de contratado, foi verificado que Elizari está abaixo do necessário para ser o camisa 10, houve tempo suficiente, desde o ano passado, para contratar outro jogador da posição.
Júlio deveria disputar a titularidade na zaga, porque tem qualidade na saída de bola, inclusive com o pé esquerdo para jogar de quarto-zagueiro, velocidade na recomposição defensiva, e potencial de venda futura, na posição de zagueiro.
Mas Júlio, improvisado na lateral direita, e Pedro Barcelos, na esquerda, evidenciaram ausência de laterais na equipe, ainda mais com o histórico de lesões do Mariano, e/ou falha na transformação do DNA formador em aproveitador, porque Paulinho e Samuel tiveram baixa minutagem durante o Mineiro.
Com ausência do Alê, faltou mais experiência para Cauan Barros, Kawã Diniz, Felipe Amaral, Jhosefer, Yago, e até Miqueias, no meio-campo.
Adyson, Figueiredo, Stênio e inclusive Fabinho também são bastante inconstantes, e muitas vezes ineficientes nas finalizações.
Figueiredo foi o que mais demonstrou potencial para ser improvisado de centroavante e disputar a posição com Willim Bigode, que ainda está abaixo do esperado para ser titular.
David, também não aproveitado no Mineiro, deveria ser preparado para jogar só na posição de centroavante, porque pelo menos tem altura para ser aproveitado na bola alta ofensiva.
Renato é improdutivo na construção das jogadas fora da área, mas tem poder de finalização dentro da área.
Enfim, o América vai precisar definir um time titular, preferencialmente sem tantas improvisações, inclusive nas mudanças durante os jogos, a fim de padronizar mais rapidamente o modelo de jogo definido, preferencialmente bastante competitivo, equilibrado, entre o defender e atacar, organizado e vitorioso dentro e fora de casa.
Operário-PR
Elias;
Thales (Neto Paraíba), Allan Godói, Miranda e Cristiano;
Jacy (Fransérgio), Juan Zuluaga e Boschilia;
Marcos Paulo (Rodrigo Rodrigues), Allano (Ronald) e Daniel Amorim (Vinicius Mingotti).
Técnico: Bruno Pivetti.
América:
Matheus Mendes;
Júlio, Ricardo Silva, Lucão e Marlon (Pedro Barcelos);
Cauan Barros, Miquéias (Kauã Diniz) e Miguelito (Benítez);
Stênio (Fabinho), Willian Bigode (Elizari), Figueiredo.
Técnico: William