Apesar de basicamente ser formado por jogadores que tiveram bom desempenho, principalmente com Celinho e depois com Milagres, o Coelhãozinho Sub-20, sob o comando do Fred Pacheco, ainda não engrenou no Campeonato Mineiro e não demonstrou possibilidades de evolução.
Na oitava rodada do estadual, ocupa a sétima colocação, atrás de Araxá, da dupla Cruzeiro e Atlético, Figueirense, Betinense e Villa Nova.
Se antes, os pratas da casa promovidos ao profissional foram criticados por não repetir na equipe principal o alto desempenho nas categorias de base, depois da mudança de técnico, o sub-20 ficou sem organização tática e o rendimento individual dos atletas despencou.
Nos jogos realizados no Lanna Drumond, até na vitória sobre o Ponte Nova por 4 a 1, o desempenho só melhorou no segundo tempo, após a expulsão de um adversário e a entrada do Lucas Luan, Kennedy e Victor Elimiano. Antes disso, o jogo foi equilibrado.
No empate sem gols com Figueirense e Betinense, os adversários jogaram de igual para igual e criaram mais oportunidades para fazer gols do que o América.
Na derrota para o Araxá por 2 a 1, o jogo começou equilibrado, mas depois o Coelhãozinho jogou como deveria ter jogado todas as partidas.
Começou a controlar o jogo, teve proposta ofensiva, criou oportunidades e aproveitou para abrir o placar.
Ronaldo e Felipinho, pela direita, Michel e Guilherme, pela esquerda, formaram dobradinhas, com triangulações pelos lados e cruzamentos do Ronaldo e Michel.
Victor Emiliano armou as jogadas e Pilar, com bastante movimentação, fez o pivô, infiltrou na área e finalizou.
Faltou um dos volantes se aproximar mais do Emiliano e Pilar para aumentar o poder de finalização. Volante também chuta a gol.
Ainda assim, Pilar, antes de marcar o primeiro gol da partida, concluiu dois cruzamentos e Victor Emiliano finalizou de longa distância.
Também teve uma troca de passes entre Michel e Emiliano, que deixou Michel dentro da área, porém foi marcado impedimento duvidoso.
Depois do gol marcado aos 23 minutos, o América recuou e o Araxá passou a ter proposta ofensiva e pressionou o time americano.
Os adversários adiantaram a marcação e o jogo virou treino de cobranças de escanteios e finalizações fora da área.
O América, sem capacidade para sair jogando, rifou a bola por meio de chutões e não passou do meio-campo.
No segundo tempo, o confronto ficou equilibrado, sem grandes chances para os dois times.
A única finalização americana perigosa foi do Michel.
Depois das mudanças feitas no América, o adversário ficou mais ofensivo.
Luis Henrique, zagueiro, entrou no lugar do Victor Emiliano, meia-atacante.
Leo Lucas, meio atacante, entrou no lugar do Pilar, centroavante.
Kennedy, volante, entrou no lugar do Guilherme, meia atacante.
Os atacantes Gabriel, Marcinho e Vitinho não foram utilizados.
Vitinho se destacou no mineiro pelo profissional do América-TO. Inclusive pediu música no Fantástico ao marcar três gols.
O time do Araxá buscou mais o ataque, enquanto o América ficou mais preocupado em se defender e passar o tempo.
O gol de empate quase saiu num cruzamento em que o adversário chegou antes e tocou na saída do Alex.
A pressão continuou e aos 45 minutos, depois de bate-rebate, aconteceu o empate.
Aos 48, em cobrança de falta, que nem o ataque adversário finalizou nem a defesa americana cortou, a bola entrou direto.
A vitória premiou o time que mais procurou atacar do que defender.
No Campeonato Mineiro, o Coelhãozinho deve se impor sobre os adversários e vencer a maioria dos jogos disputados.
A diretoria americana precisa repensar sobre a escolha feita.
O timing faz parte da análise na tomada de decisão.
Mudanças sempre são necessárias porque a melhoria deve ser contínua.
Embora seja necessário um período de readaptação, este prazo precisa ser curto e pelo menos um esboço de modelo de jogo e sintomas de evolução carecem ser demonstrados.
Ou troca o técnico ou troca a metodologia de trabalho e intensifica a quantidade dos treinamentos.
Talvez utilizar dois períodos com coletivos e treinos específicos de cruzamentos.
Marcos Santana parece ter potencial, mas está mais preocupado em passar para um lado e olhar para o outro, sem nenhuma efetividade.
Leo Lucas também tem potencial. Dá chapéu, dá caneta, mas também sem nenhuma objetividade ofensiva.
O lateral direito Ronaldo tem potencial para acelerar a transição e compor a equipe principal no segundo turno da Série B.
Talvez Felipinho seja mais produtivo na função de meia-atacante centralizado ou de lado.
Victor Emiliano já deveria estar no estágio da transição.
Deve ser analisado o porquê das contusões do Lucas Luan, que também tem potencial para ser mais bem aproveitado.
Existem outros jogadores com muito tempo de América e histórico de bom rendimento.
Com tantos jogadores com potencial, o desempenho do time deveria ser bem maior, ainda mais no estadual, em que o nível técnico dos participantes é nivelado por baixo.
Atlético e Cruzeiro possuem condições de fazer boas campanhas em competições nacionais.
América ainda está entre os melhores do ranking.
América:
Alex;
Ronaldo, Victor Caetano, Zé Leandro, Michel (Diego);
Renan Melo, Renan Simões (Marcos Santana);
Felipinho, Victor Emiliano (Luis Henrique) , Guilherme (Kennedy)
Pilar (Leo Lucas)
Técnico Fred Pacheco
Gol: Pilar