Embora o Flamengo tenha sido mais eficiente nas finalizações, o América criou mais oportunidades para marcar.
No primeiro tempo, houve bastante vulnerabilidade nas laterais e falha na bola alta defensiva, no primeiro gol. Norberto rebateu devagar, Rafael Lima e Carlinhos deixaram Henrique Dourado antecipar, mas Rafael Lima ficou sozinho na marcação de dois jogadores.
No segundo gol, houve demora na recomposição. Paquetá, livre de marcação, conduziu a bola e lançou Henrique Dourado em profundidade.
O adversário foi superior, controlou mais o jogo e aproveitou oportunidades criadas.
Ainda assim, o time americano acertou duas finalizações perigosas. Uma do Carlinhos, que Júlio César defendeu, e outra do Aylon, no travessão.
O Flamengo teve 64% da posse de bola, acertou três finalizações e errou cinco, enquanto o América teve 34% do volume do jogo, também acertou três finalizações e errou uma.
No segundo tempo, predominou a proposta ofensiva americana, com 59% da posse de bola, três finalizações certas e dez erradas.
Júlio César, o melhor em campo, fez três grandes defesas nas finalizações do Leandro Donizeti, Rafael Moura e Serginho.
Embora o rendimento tenha sido diferente nos dois tempos, os comandados pelo Enderson Moreira, independentemente de jogar fora de casa, buscaram manter a ideia de jogo, mas houve falhas na execução e também maior produtividade ofensiva do adversário, na primeira etapa.
Destaque para Messias, Christian, pouco aproveitado nos campeonatos anteriores, Carlinhos, no apoio, e a estreia do Leandro Donizeti.
Dados Footstats:
posse de bola: 52 x 48
finalizações certas: 5 x 6
finalizações erradas: 9 x 11
Jory: Apesar dos riscos da posição, demonstrou potencial para se tornar um dos maiores goleiros da história do América.
Norberto: Baixo poder de marcação, e baixa velocidade de recuperação e explosão. Perdeu 6 vezes a posse de bola. Tem mais qualidade na troca de passes.
Messias e Rafael Lima: Mantiveram a segurança defensiva, na maioria das jogadas disputadas. Rafael Lima poderia estar mais bem posicionado no lance do primeiro gol.
Carlinhos: Muito mais produtivo no apoio do que na defesa. Quatro assistências para finalizações, uma finalização certa, três cruzamentos certos e um errado.
Christian: Produtivo na marcação e no apoio. Novamente comprovou que deveria ter jogado mais vezes na Série B e durante o Mineiro. Do mesmo modo, que Zé Ricardo, que depois do Messias, foi o destaque do time no estadual, é merecedor de mais oportunidades no Brasileirão.
Juninho: Mais participativo no segundo tempo, mas ineficiente do meio para frente.
Aylon: Apareceu contra um time mais qualificado. Foi mais eficiente pelo centro com duas finalizações perigosas. Talvez seja mais produtivo na função de centroavante, porque é mais dinâmico que Rafael Moura.
Serginho: Fez três assistências para finalizações, uma finalização certa e uma errada. Também apareceu mais no segundo tempo. Assim, com o o time, precisa ser mais constante nos dois tempos.
Luan: Ao contrário de outros jogos, sumiu do campo. Só acertou um passe.
Rafael Moura: Acertou uma finalização e errou três. Carece ter mais poder de decisão.
Marquinhos: Aumentou a velocidade ofensiva.
Leandro Donizeti: Melhorou a produtividade na bola longa. Acertou quatro lançamentos e uma finalização.
Capixaba: Sem nota, mas só pelo fato de ter entrado representa a necessidade de contratar um meia-atacante de lado mais qualificado.
Enderson Moreira: Embora a vantagem competitiva americana seja o modelo tático desenvolvido e transformado na força do futebol coletivo, o técnico precisa encontrar melhores executores para potencializar na prática a ideia de jogo.
A projeção de reforços para a sequência do Brasileirão continua:
Existe a necessidade de contratar pelo menos três jogadores para aumentar o potencial agressivo:
- Um meia centralizado.
- Um centroavante.
- Um atacante de lado.
Todos com experiência vitoriosa na primeira divisão, qualidade técnica, intensidade, velocidade, força, poder de finalização e decisão.
O poder de marcação dos laterais também deve ser analisado.
Flamengo:
Julio Cesar;
Rodinei, Réver, Léo Duarte, Renê;
Cuéllar, Willian Arão;
Vinícius Júnior (Jonas), Lucas Paquetá (Jean Lucas), Geuvânio (Marlos Moreno);
Henrique Dourado.
Técnico: Maurício Barbieri
América:
Jory;
Norberto, Messias, Rafael Lima, Carlinhos;
Christian (Leandro Donizete), Juninho;
Aylon (Capixaba), Serginho, Luan (Marquinhos);
Rafael Moura.
Técnico: Enderson Moreira
Gols: Henrique Dourado (Flamengo)
Cartões amarelos: Geuvânio (Flamengo) e Rafael Lima (América)
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Marco Antônio