A queda de rendimento do time americano pode ter sido provocada pelo desgaste físico, devido a falta de revezamento, sequência de jogos e viagens.
Mesmo assim, inferioridade numérica, durante aproximadamente 30 minutos no segundo tempo, com a expulsão do Zé Ricardo até a contusão de um adversário depois da terceira substituição, a perda da posse de bola pelo Ademir, ao receber de costas um passe forçado de cabeça pelo Diego Ferreira, na origem da jogada do gol de empate, e principalmente as quatro oportunidades de gols desperdiçadas pelo Ademir, Felipe Augusto, Leo Passos e Rodolfo facilitaram o empate.
Aliás, Felipe Augusto desperdiçou com o pé direito e Leo Passos com o esquerdo.
Faltou a presença do acaso, no lance do Felipe Augusto, que em vários lances parecidos, a bola, mesmo sem a intenção do finalizador, passa entre as pernas do goleiro, ou mais tranquilidade para o Felipe Augusto tomar a decisão mais acertada e fazer o gol.
Este gol, mudaria a história do jogo.
Mas defeitos de posicionamento e função foram repetidos.
A utilização de um só volante, Zé Ricardo, mais recuado, e Alê e Juninho, mais avançados e próximos da intermediária adversária, aumenta os espaços para as jogadas de contra-ataque.
Alê e Juninho, cada um fez uma assistência para finalização, Alê fez uma finalização errada e Juninho não finalizou.
Ainda falta pelo menos um meia-centralizado mais ofensivo, com mais poder de finalização e decisão, porque Alê é mais produtivo na bola longa e na distribuição das jogadas, e Juninho é mais ocupador de espaço e mais proveitoso, quando na marcação alta, força o erro do adversário na saída de bola.
Talvez tivesse sido mais vantajoso, Leo Passos, em fase de evolução e oscilação, ter começado o jogo ou ter entrado antes, porque tem características mais ofensivas.
Embora a movimentação intensiva, ultrapassagens e triangulações pelos lados e troca constante de posição sejam importantes, a presença de um centroavante referência para fazer o pivô e definir as jogadas também é um diferencial competitivo.
Rodolfo tem mais perfil de centroavante de mobilidade ou segundo atacante. Foi mais produtivo e eficiente neste confronto pelas assistências do que pela definição das jogadas.
A improdutividade na jogada aérea, em lances de bola parada ou rolando, também continuou.
Ademir de cabeça desperdiçou uma chance de gol, numa assistência do Felipe Augusto.
Alê não tem o perfil de pisar na área frequentemente, ainda mais para cabecear.
Felipe Augusto, o avançado mais alto, joga mais pelos lados.
Rodolfo é baixo para disputar lances pelo alto.
Na bola parada, as poucas opções são Lucas Kal e Eduardo Bauermann.
Diego Ferreira, Alê e Sávio deveriam revezar as cobranças nos lances de bola parada.
As substituições deveriam ter sido feitas no intervalo e até os 35 minutos do segundo tempo.
Zé Ricardo, com uma cartão amarelo e na condição de volante mais recuado e marcador, deveria ter sido substituído no intervalo pelo Flávio ou ter trocado de posição com Juninho.
Leo Passos deveria ter entrado no intervalo ou aos 15 do segundo tempo.
Vitão, em vez de uma substituição improdutiva aos 42 do segundo tempo, deveria ter entrado no máximo até os 35 do segundo tempo.
Foi o jogo com mais reclamações dos torcedores americanos, em relação a diferença de critério na distribuição dos amarelos e nas faltas marcadas.
De acordo com o Footstats:
Sávio, mais uma vez, foi o principal passador do time americano, com 60 passes certos e 8 errados.
Do meio para a frente, Alê acertou 32, errou 2, Zé Ricardo 30 certos, 3 errados, Juninho 25 certos, 6 errados, Felipe Augusto 22 certos, 1 errado, Rodolfo 18 certos, 7 errados e Ademir 12 certos, 9 errados.
Sávio fez uma assistência para gol, e três para finalizações.
Felipe Augusto errou uma finalização de pé direito, mas demonstrou evolução ao marcar mais um gol, fazer 3 assistências e ser o americano que mais finalizou, com 6 finalizações.
Rodolfo fez 3 finalizações erradas e duas assistências para finalização.
Ademir fez uma assistência para a finalização do Felipe Augusto.
Destaque para a participação do Sávio, nos passes e nas assistências para finalização e para gol, e para Felipe Augusto, pelas assistências para finalização, pelas finalizações e pelo gol marcado.
América:
Jori;
Diego Ferreira, Lucas Kal, Eduardo Bauermann e Sávio;
Zé Ricardo;
Juninho e Alê (Flávio);
Ademir (Léo Passos), Rodolfo, Felipe Augusto (Vitão)
Técnico: Lisca
Boa:
Renan Rocha;
Yuri, Wesley, Henrique Moura e Ferreira (Chiquinho);
Caio César (Gindre), Nonoca, Cesinha (Denis Custódio), Carlinhos e Claudeci;
Jefferson
Técnico: Nedo Xavier
Gol Felipe Augusto
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