Apesar de os acertos durante a competição terem sido bastante superiores aos próprios erros, ainda assim, foram insuficientes para o América conquistar o tricampeonato da Série B, porque as falhas da arbitragem interferiram diretamente em todos os critérios de classificação.
Os repetidos erros dos árbitros provocaram uma subtração no número de pontos, vitórias, gols marcados e anulados incorretamente, e aumento dos gols sofridos com os feitos pelos adversários em impedimento.
Pênaltis legítimos deixados de ser apitados e os ilegítimos marcados e convertidos também prejudicaram a pontuação americana.
Mesmo assim, no fim das contas, a definição entre o primeiro e segundo colocado aconteceu só aconteceu no último minuto de jogo da Chapecoense, quando dois erros seguidos dos jogadores do Confiança resultaram na marcação do pênalti convertido pelo Anselmo Ramon.
Independentemente do prejuízo gerado por erros externos, no processo interno de melhoria contínua da da equipe americana, na disputa da Série B e Copa do Brasil, faltaram opções ofensivas mais qualificadas fisicamente e tecnicamente, para jogar dois tempos em alta intensidade na posição de meia-centralizado, de meia-atacante de lado e centroavante.
Na antiga numeração, faltou um camisa 10, um camisa 7 ou 11 e especialmente um camisa 9 goleador.
O qualificado tripé de meio-de-campo formado pelo Zé Ricardo, Juninho e Alê praticamente foi composto por três volantes com baixo poder de finalização.
Guilherme deveria ter sido opção de meia-centralizado, do ponta de lança camisa 10, mas sem ritmo físico e técnico de jogo foi pouco aproveitado.
Depois na negociação do Matheusinho, era preciso contratar um meia-atacante de lado mais qualificado fisicamente e tecnicamente no ataque que Berola, Calyson, Felipe Augusto, Felipe Azevedo e Leo Passos.
Em primeiro lugar no número de grandes chances criadas e perdidas, faltou um centroavante artilheiro decisivo para ser muito mais utilizado, decisivo e produtivo que Lohan.
Ainda assim o grande diferencial competitivo da equipe americana foi o modelo de jogo definido pelo Lisca e incorporado pelos jogadores.
A força do futebol coletivo, competitivo e bem organizado prevaleceu sobre os adversários na maioria dos jogos, num campeonato de regularidade, repetição com correção e resistência.
América:
Matheus Cavichioli;
Daniel Borges (Toscano), Messias, Anderson e João Paulo (Berola);
Zé Ricardo;
Juninho e Alê (Geovane);
Ademir, Rodolfo (Leo Passos), Felipe Azevedo (Sávio)
Técnico: Lisca
Avaí:
Gledson;
Iury (Felipe Santos), Alemão, Betão e João Lucas;
Ralf (Luan Silva), Pedro Castro e Vinícius Leite (Jonathan);
Renatinho, Rômulo e Getúlio (Jô)
Técnico: Claudinei Oliveira
Gols: Rodolfo, Ademir