Apesar da ausência do Marlon, Moisés, Ricardo Silva, Vinícius e Varanda, da busca pelo controle de jogo desde o início da transição ofensiva, principalmente no primeiro tempo até a saída do Alê na segunda etapa, e do gol feito pelo Renato, o América desperdiçou grande oportunidade de conquistar a vitória, mais pela improdutividade no ataque, do que pelo gol de empate sofrido nos acréscimos, porque faltou poder de criação, finalização e decisão, principalmente para os atacantes Fabinho e Jacaré.
O 1 a 0 seria mais recompensador pelo resultado fora de casa, na estreia da competição, do que pelo desempenho, especialmente ofensivo, porque foram só três finalizações no gol, duas do Renato e uma do Benítez, e quatro para fora. Muito pouco para um time com proposta ofensiva.
Ainda assim, depois de o volume de jogo americano ter diminuído e o do Botafogo aumentado, Pedro Barcelos, preventivamente, deveria ter entrado no lugar do Juninho, nos minutos finais, para aumentar a altura na bola alta na defesa e formar uma linha defensiva com cinco jogadores.
Fabinho, em vez de se limitar a trocar passes, na maioria das vezes para trás ou para os lados, carece aparecer pro jogo, chamar a responsabilidade, ser mais agudo, vertical, partir pra cima da defesa adversária, vencer os duelos individuais, ter ambição de atacante, para pelo menos tentar fazer cruzamentos precisos, finalizações e gols decisivos.
Embora necessite ser mais regular na produtividade ofensiva, repetir o desempenho da vitória sobre o Alético, em que marcou um golaço e foi um dos destaques da partida, Jacaré, pelo menos, aparece pro jogo, parte pra cima e tenta executar as jogadas ofensivas.
Para piorar o rendimento, Nícolas cedeu espaços na defesa e rendeu menos do que Marlon no ataque.
Na transformação do DNA formador em aproveitador, dificilmente um prata da casa, com potencial de evolução, sem a responsabilidade de ser solução, mas fazer parte da resolução, teria as mesmas chances seguidas se o rendimento fosse o mesmo do Fabinho, Jacaré e Nícolas.
Poderia ter sido mais interessante ter iniciado o jogo com uma formação parecida com a utilizada na vitória sobre o Atlético, por 2 a 1, com Jacaré e Felipe Azevedo, pelas pontas.
A escalação do Brenner ou Renato dependeria do mais bem preparado para fazer o pivô, a fim de tabelar com Benítez, e ter presença de área para definir as jogadas criadas, principalmente pelo Benítez, Felipe Azevedo e Jacaré,
Durante o jogo, Adyson entraria no lugar do Felipe Azevedo no segundo tempo.
Varanda, que tem mais potencial para jogar de meia-atacante centralizado, poderia entrar no lugar do Benítez ou do Jacaré.
Felipe Amaral e Wallisson, que demonstrou capacidade de ser mais utilizado, entrariam no meio-campo.
Daniel Borges, ou Rodriguinho, que precisa renovar contrato para ser mais bem aproveitado, ou Paulinho ou Yago seria opção para o lugar do Nícolas.
Para vencer o Novorizontino dentro de casa, o ideal seria o retorno do Marlon, Moisés, Ricardo Silva e Varanda, a renovação do contrato do Rodriguinho e a estreia do Vinícius, a fim de aumentar as possibilidades entre titulares e substitutos.
Ricardo Silva formaria dupla de zaga com Éder ou Júlio.
Marlon seria o titular da lateral esquerda.
No 4-4-2, Alê, Juninho, Moisés e Benítez formariam o quarteto do meio-campo, com Felipe Azevedo e Brenner ou Renato na frente.
No 4-2-3-1, Alê e Moisés, na segunde linha de 2, com o deslocamento do Juninho para a ponta direita, para formar com Benítez e Felipe Azevedo, a linha de 3, mais Brenner ou Renato na função de centroavante.
No 4-3-3, a titularidade do Benítez deverá ser de acordo com o adversário.
Mais a possibilidade de aproveitar Adyson, Jacaré, Wallison, Vinícius e Varanda.
Rodriguinho também poderia ser utilizado de meia-atacante pelo lado direito.
América:
Dalberson;
Mateus Henrique, Éder, Júlio e Nicolas;
Alê (Felipe Amaral), Juninho (Rodriguinho) e Benítez (Wallisson);
Jacaré, Renato (Brenner) e Fabinho (Felipe Azevedo).
Técnico: Cauan
Gol: Renato