O Coelhão perdeu, ou deixou de vencer, porque falhas defensivas do Lucão e Matheus Mendes, ambos bastante regulares na temporada, chances de gols desperdiçadas pelo Bigode, Figueiredo e Stênio, exposição no segundo tempo, praticamente só com Cauan Barros de volante, a fim de buscar o empate e até a virada do jogo, e ineficácia na bola parada ofensiva, prejudicaram o desempenho, a estratégia, e tática utilizada, e facilitaram a vitória por goleada do Avaí.
Apesar do defeito crônico, desde o ano passado, da falta de eficácia para transformar oportunidades criadas em gols decisivos, inicialmente poderá ser mais funcional diminuir mudanças opcionais entre os titulares, manter um time base, e distribuir as posições por setor, principalmente no meio-campo e ataque, a fim de melhorar mais rapidamente o entrosamento, a execução das jogadas, e o posicionamento funcional.
No meio-campo, utilizar três ou dois volantes, com Benítez ou Elizari, na função de camisa 10.
Barros, Diniz e Miqueias seriam opções para formar dupla ou trio de volantes, de acordo com a necessidade do jogo, condição de mandante ou visitante.
Jhosefer e Yago, os substitutos dos volantes para o meio-campo.
As opções para formar o trio ofensivo seriam Fabinho, Miguelito, Gustavinho e Stênio, pelos lados opostos, Bigode ou Figueiredo, improvisados de centroavante.
Benítez tem mais capacidade para executar a função do camisa 10, Miguelito está mais acostumado a ser atacante pelo lado direito, Figueiredo, no momento, é o que tem mais potencial para ser improvisado na posição de centroavante.
O time mais entrosado, com o posicionamento funcional mais bem distribuído, também deverá reduzir o número de cartões amarelos por jogo do Barros, Diniz e Miqueias, que estão atrasados ou mal posicionados na disputa dos lances e na recomposição defensiva.
Além da falta de um centroavante de origem, com histórico de artilheiro, goleiro reserva, lateral direito titular, outro zagueiro reserva sem ser o Júlio, e lateral esquerdo reserva são posições mais críticas.
Na transformação do DNA formador em aproveitador, faltou Paulinho, Rafa Barcelos e Samuel serem mais aproveitados durante o Mineiro.
Júlio improvisado na lateral direita, por ser zagueiro de origem, tem mais potencial na fase defensiva, enquanto Mariano é mais produtivo na organização ofensiva.
Deverá ser mais interessante a escalação do Júlio de terceiro zagueiro, e Mariano e Marlon na função de ala.
Outra opção será Júlio jogar de quarto-zagueiro, porque tem qualidade na saída de bola com o pé esquerdo, e velocidade de reposição.
Lucão e Ricardo Silva disputariam a vaga de zagueiro central.
David precisa definir qual posição poderá ser mais produtivo. Talvez centroavante pela altura.
Renato tem mais potencial de finalizador dentro da área do que construir jogadas fora da área.
Ainda assim, o grande desafio será manter a consistência defensiva, a criatividade na construção das jogadas, e principalmente ter mais poder de decisão para vencer jogos dentro de casa, com mais facilidade, e fora de casa mais vezes.
Avaí:
Igor Bohn;
Marcos Vinícius, Jonathan Costa, Eduardo Brock e Mário Sérgio;
JP (Pedrão), Quaresma (Gaspar), Zé Ricardo e Marquinhos Gabriel (Jamerson);
Cleber (Railan) e Alef Manga (Emerson Ramon).
Técnico: Jair Ventura
América
Matheus Mendes;
Júlio (Mariano), Ricardo Silva, Lucão e Marlon;
Kauá Diniz (Cauan Barros), Miqueias (Elizari), Miguelito;
Stenio (Renato Marques),Figueiredo e Willian Bigode (Benítez)
Técnico: Wiliam Batista