Depois da confirmação do acesso contra o Figueirense (1 a 2), a manutenção da concentração, foco e determinação seria o primeiro desafio a ser superado.
Na vitória sobre o Juventude (1 a 0) e empate sem gols com Londrina, o time americano manteve o nível de comprometimento, em busca da conquista do título da competição.
O segundo desafio ainda é superar o limite do esgotamento físico.
Enderson Moreira novamente foi obrigado a modificar a escalação inicial e a lista dos relacionados em cada partida.
Ainda assim, contra o Londrina, confronto entre o melhor ataque, o do adversário, e a defesa menos vazada, a americana, o espírito de guerreiros prevaleceu.
As chances mais perigosas criadas pelo adversário foram em lances de bola aérea.
Por mais bem posicionados que estejam os laterais Norberto e Pará e os volantes Juninho e Ernandes, fisicamente é impossível levar vantagem contra os adversários mais altos e com mais impulsão.
Aliás, aumentar a altura do setor defensivo deve ser um dos pontos de melhoria para a Série A de 2018.
No primeiro tempo, Pará participou de duas jogadas perigosas.
Na primeira, recebeu do Felipe Amorim, mas Dirceu cortou o cruzamento para Bill. Na segunda, cabeceou para fora o cruzamento preciso do Norberto.
No segundo tempo, Magrão apareceu mais para o jogo que Renan Oliveira, ao finalizar na trave e o obrigar o goleiro a defender uma finalização de pé direito.
Pará também finalizou com perigo de longa distância.
Felipe Amorim saiu por desgaste físico e Juninho estava sumido no jogo.
As opções de substituição para reforçar a marcação no meio-campo eram Christian, Neto Moura e Willian.
Neto Moura teve baixo rendimento nos jogos anteriores.
Talvez a escolha do Willian, em vez do Christian, tenha sido para aumentar a altura na bola aérea. defensiva.
O futebol coletivo competitivo, embora nem tanto combativo devido ao desgaste físico, Rafael Lima, melhor zagueiro da Série B, as defesas salvadoras do João Ricardo e principalmente Fernando Leal, que entrou durante o jogo, foram os destaques.
A recuperação física e preparação psicológica serão fundamentais para enfrentar o CRB, vencer o jogo e conquistar o título da Série B.
Dados Footstats:
posse de bola: 52 x 48
finalizações certas: 7 x 4
finalizações erradas: 9 x 6
cruzamentos certos: 11 x 2
cruzamentos errados: 19 x 17
lançamentos certos: 31 x 13
lançamentos errados: 27 x 33
escanteios: 7 x 6
João Ricardo: Uma defesa salvadora.
Norberto: Mais participativo na saída de bola e na marcação. Fez um cruzamento preciso, que Pará cabeceou para fora.
Roger: Demonstrou potencial de evolução. Do mesmo modo do Messias, quanto mais vezes jogar, mais bem preparado vai ficar. Futuramente talvez seja opção para a função de volante. Ainda mais que na saída de bola são utilizados três jogadores, com recuo de um dos volantes, por exemplo Zé Ricardo, ou do Norberto.
Rafael Lima: Melhor zagueiro da Série B.
Pará: Participativo no combate, produtivo no ataque, mas ineficiente nas finalizações e cruzamentos.
Juninho: Sem função na saída de bola e nas jogadas ofensivas. Acertou 25 passes, errou 6.
Ernandes: Participativo no jogo e no combate. Acertou 45 passe, errou 9.
Felipe Amorim: Principal ofensivo no primeiro tempo.
Renan Oliveira e Luan: Sem poder de criação, finalização e decisão.
Bill: Combativo, mas longe da área, sem assistências e cruzamentos para finalizar.
Fernando Leal: Três defesas salvadoras.
Willian: Pouco acrescentou.
Magrão: Mais produtivo que Renan Oliveira.
Enderson Moreira: Manteve a organização tática. Provavelmente Ruy não foi utilizado por não estar em condições físicas ideais. Se estivesse próximo dos 100% seria titular. Magrão colaborou na marcação e foi mais produtivo que Renan Oliveira. Quase marcou o gol da vitória em duas oportunidades. O campeonato é de resistência.
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Marco Antônio