Em tese, ao enfrentar o todo poderoso Palmeiras, o 1 a 0 poderia ser considerado goleada e o empate ter sabor de vitória, mas na prática, devido as circunstâncias do jogo, o time americano deveria ter respeitado menos o adversário e ter sido mais bem distribuído a fim de aumentar o poder ofensivo.
As principais falhas de execução e posicionamento foram no primeiro tempo.
O experiente Leandro Donizete gerou contra-ataques, ao errar passes e perder posses de bola.
Houve duas infiltrações perigosas na grande área americana. Numa delas, João Ricardo fez uma defesa salvadora. Na outra, Matheus Ferraz, na única falha de marcação, fez pênalti em Moisés.
Marquinhos, novamente, errou as tomadas de decisão.
Giovanni, avançado pelo centro, rendeu menos do que poderia render aberto pelo lado esquerdo, no revezamento com Carlinhos.
Com Ruy, na tentativa de jogar na função de centroavante, o time americano ficou sem força criativa e com baixo poder de finalização.
Ainda assim, Magrão desperdiçou uma oportunidade de gol.
No segundo tempo, Matheusinho aumentou a ofensividade pelo lado direito, Ruy, mais recuado, teve mais facilidade para distribuir as jogadas e finalizar, e a entrada do Rafael Moura melhorou a distribuição tática ofensiva.
Faltou Giovanni ser utilizado pela esquerda no lugar do Magrão.
Talvez a vitória teria sido conquistada se este sistema mais bem distribuído ofensivamente tivesse sido utilizado desde o início do jogo.
Destaque para as defesas salvadoras do João Ricardo, a evolução do Aderlan, a segurança defensiva do Messias e Matheus Ferraz, e para a qualidade do Wesley no passe.
Dados Footstats:
posse de bola: 45 x 55
finalizações certas: 5 x 4
finalizações erradas: 3 x 10
passes certos: 416 x 446
passes errados: 42 x 35
cruzamentos certos: 1 x 3
cruzamentos errados: 12 x 27
João Ricardo defendeu um pênalti e fez mais duas defesas salvadoras.
Aderlan em processo de evolução foi bastante participativo. Acertou 64 passes, errou 6 e fez 5 desarmes.
Messias e Matheus Ferraz, apesar do pênalti cometido por ele, mantiveram a consistência defensiva, na maior parte dos 90 minutos mais acréscimos. Messias acertou 38 passes, errou nenhum. Matheus Ferraz acertou 52, errou 1 e fez 8 rebatidas.
Carlinhos defendeu mais do que atacou.
Leandro Donizete errou passes no primeiro tempo e gerou contra-ataques. Acertou 39 passes, errou 5 e perdeu 4 vezes a posse de bola.
Wesley apareceu para o jogo e colaborou com a valorização da posse de bola. Acertou 59 passes e não errou nenhum.
Marquinhos errou na tomada de decisão. Acertou 11 passes, errou 5.
Ruy rendeu pouco na posição de centroavante, Mais recuado, aumentou a produtividade. 31 passes certos, 9 errados, 3 finalizações certas e uma errada.
Magrão acertou 23 passes, errou nenhum, fez duas finalizações certas e duas assistências para finalizações.
Giovanni ficou mal posicionado pelo centro, com a escalação do Carlinhos e Magrão pelo lado esquerdo.
Matheusinho aumentou o poder ofensivo. Acertou 14 passes, errou 1, fez uma assistência para finalização.
A entrada do Rafael Moura melhorou a distribuição tática ofensiva.
Adilson Batista manteve a segurança defensiva, mas poderia ter sido um pouco mais ofensivo com a escalação do Rafael Moura ou de pelo menos dois atacantes mais avançados deste o início do jogo.
A necessidade de reforços continua.*
América:
João Ricardo;
Aderlan, Messias, Matheus Ferraz, Carlinhos;
Leandro Donizete, Wesley (Rafael Moura), Giovanni (David) Magrão;
Ruy e Marquinhos (Matheusinho)
Técnico: Adilson Batista.
Palmeiras:
Weverton;
Mayke, Vitor Luis, Luan e Thiago Martins;
Thiago Santos, Jean, Moisés (aos 13’2ºT) e Lucas Lima;
Hyoran (Gustavo Scarpa),
Borja (Deyverson).
Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Cartões amarelos: Aderlan (América); Thiago Santos e Luan (Palmeiras)
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Marco Antônio
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Fase pré-copa:
Existia a necessidade de reforços qualificados para sequência do Brasileirão.
Seria preciso contratar pelo menos três jogadores para aumentar o potencial agressivo e decisivo do time titular:
- Um meia centralizado.
- Um centroavante.
- Um atacante de lado
Todos com experiência vitoriosa na primeira divisão, qualidade técnica, intensidade, velocidade, força, poder de finalização e decisão.
Fase pós-copa
Com a saída do Rafael Lima e Serginho, mais a ausência do Aylon, Luan e Norberto, as necessidades de reforços aumentaram, porque faltou reformular a equipe durante a Copa do Mundo, com a liberação de jogadores que ainda não justificaram a presença na equipe.
- Um meia centralizado.
- Um centroavante.
- Um atacante de lado (Robinho? Wesley Pacheco?)
- um zagueiro (Paulão?)
- um lateral-direito
Sem a contração de um lateral-direito, Felipinho, Ynaiã e Ronaldo deveriam ser promovidos ao profissional. Felipinho poderá até ser aproveitado na função de meia-atacante de lado, no lugar do Capixaba ou Magrão ou Marquinhos.
Sem a contratação de um centroavante, Pilar deveria ser incorporado ao profissional porque tem qualidade na função de pivô e mais perfil de centroavante do que Judivan.