A Copa São Paulo é uma facilitadora na divulgação dos jogadores do sub-20, mas é o primeiro torneio do ano, com jogos seguidos, em curto espaço de tempo, e partidas realizada em gramados ruins.
Ainda assim, os comandados pelo Paulo Ricardo demonstraram modelo de jogo definido, determinação, postura ofensiva e buscaram o controle nos cinco jogos disputados, em dez dias de competição.
Até nas derrotas para o Atlântico e Botafogo, o time americano dominou os adversários e finalizou mais vezes.
Faltou mais eficiência nas finalizações, a fim de minimizar a dependência do acaso, como ocorreu no gol do Einstein contra o Cuiabá.
É bom lembrar que, em 2017, o sub-20 perdeu um ano de desenvolvimento, devido a aposta equivocada no Fred Pacheco.
Sob o comando do Fred Pacheco, o time americano não conseguiu superar nem adversários com menos qualidades do interior mineiro e foi o quinto colocado no hexagonal final.
Paulo Ricardo começou a reestruturação em março de 2018 e o Coelhãozinho disputou a final do Mineiro contra o Cruzeiro, perdendo na disputa de pênaltis.
Na Copa São Paulo 2019, João Gabriel, no início do segundo ano de sub-20, foi um dos destaques, enquanto Leo Lucas, no último ano do sub-20, rendeu menos do que deveria e poderia ter rendido.
Talvez seja preciso um tipo de trabalho diferenciado com o Leo Lucas a fim de recuperar e potencializar o futebol dele.
Guilherme, Roni e Valdir precisam ter mais poder de decisão.
Pedro está em processo de evolução na função de centroavante.
Vitão é bastante promissor.
Flávio, Lucas Luan, Luisão, Ronaldo e Sabino também se destacaram.
Sabino tem mais potencial na função de volante.
Lucas Luan, na função de meia-atacante de lado ou centralizado, poderá aumentar a produtividade, assumir o protagonismo do sub-20 e ser mais bem utilizado no profissional.
Alias, como o principal objetivo da base é o aproveitamento no profissional, Flávio, João Gabriel, Lucas Luan, Luisão, Ronaldo e Sabino deveriam começar a integrar a equipe principal, no primeiro passo da transição, antes de ultrapassar a idade limite do sub-20.
Os mais promissores para disputar a Copa São Paulo 2020 precisam jogar mais vezes no sub-20 em 2019.
Entre eles, Eistein, Vitor Hugo, Gabriel, Gustavinho, Goldeson e Vitão.
Goldeson também pode ser utilizado na função de meia-atacante de lado.
Em compensação, os que estão no último ano do sub-20, mas com poucas possibilidades de evolução em 2019 e futuro aproveitamento no profissional, deveriam ser emprestados ou perderem a condição de titulares absolutos.
Também é preciso encontrar o ponto de equilíbrio entre captação e formação.
Paulo Bracks demonstrou grande potencial de realização, na direção administrativa das categorias de base, inclusive com possibilidades de também ser utilizado no futebol profissional.
O técnico Paulo Ricardo tem muita experiência na base. Foi técnico do infantil do Coelhãozinho, na época em que Enderson Moreira comandava o juvenil.
Cauan poderia ser efetivado no cargo de auxiliar do sub-20 e outro técnico experiente assumir o comando do sub-17.
Mesmo assim, tanto na base como no profissional, falta um gerente de futebol, com grande conhecimento de vestiário, experiência vitoriosa e capacidade de liderança.
Um dos dilemas é sobre o perfil deste profissional.
Existem o que defendem a tese da necessidade de ex-jogadores nesta função.
Se não for um ex-jogador, que seja um profissional de outra área com experiência comprovada na gestão técnica.
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Marco Antônio
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