Juninho, Matheusinho e Zé Ricardo foram os três remanescentes do time considerado titular em 2018.
Na casa do adversário, em horário e gramado inadequados para a prática de futebol de alto rendimento, os comandados do Givanildo buscaram o controle do jogo, com bastante posse de bola ofensiva e demonstraram competitividade para buscar o empate.
A distribuição tática ficou próxima do modelo de jogo utilizado na conquista da Série B. *
Independentemente das condições adversas e do resultado, que é diferente de desempenho, faltou mais poder de finalização e decisão, porém o mais preocupante seria se tivesse jogado de igual para igual ou até ter sido dominado pelo adversário.
O time da Caldense praticamente só acertou a conclusão do gol feito em impedimento.
Fernando Leal não foi exigido.
Leandro Silva e João Paulo foram mais produtivos, quando avançaram mais. Leandro Silva se destacou pelo gol feito, em assistência do João Pedro. De lateral para lateral.
Nas poucas vezes em que o adversário foi ofensivo, Paulão e Diego Jussani sentiram a falta de entrosamento. Sem Messias, a zaga perdeu força nas rebatidas. Paulão ainda forçou muito o passe na saída de bola. Diego Jussani está sem o posicionamento e tempo de bola ideal.
Embora Juninho seja bastante competitivo, a produtividade ofensiva é muito baixa contra times em que o controle do jogo é americano.
Neto Berola repetiu os sintomas crônicos de deficiência muscular para jogar dois tempos em alta intensidade, mas demonstrou capacidade técnica ofensiva, no primeiro tempo.
Júnior Viçosa foi pouco dinâmico na movimentação para receber assistências, trocar passes e finalizar.
Ademir pouco produziu pelo lado direito. Talvez seja mais produtivo pelo lado esquerdo, a fim de buscar a linha de fundo em alta velocidade e fazer o cruzamento com o pé esquerdo.
França perdeu oportunidade para finalizar com precisão, mas ocupou bem o espaço vazio na defesa adversária.
Toscano, pelo lado esquerdo, rendeu menos do que pode render pelo centro.
Aliás, as principais oportunidades ofensivas foram por meio da troca de passes e de posição entre Matheusinho e Toscano.
Matheusinho desperdiçou grande chance de finalizar ou passar para Berola, mas demonstrou senso de deslocamento ao se livrar da marcação para receber o passe do Toscano. Também cabeceou para fora um cruzamento preciso do Berola.
Toscano, centralizado, acertou três finalizações e bateu uma falta com perigo. Duas das tr/~es finalizações certas foram em assistências do Matheusinho.
Destaque para a intensidade, resistência física e qualidade do Zé Ricardo na transição ofensiva e recomposição defensiva.
Caldense:
Omar;
Lazarini, Renato Silveira, Robinho (Rodolfo Manoel), Edu Pina;
Renan, Jean, Fernando Baiano;
Édipo, Thiaguinho (Judson), Salatiel (Leleco)
Técnico: Ito Roque
América:
Fernando Leal;
Leandro Silva, Paulão, Diego Jussani, João Paulo;
Zé Ricardo, Juninho;
Neto Berola (Ademir), Matheusinho (Felipe Azevedo), Toscano (França);
Júnior Viçosa
Técnico: Givanildo
Gol: Lazarini (Caldense); Leandro Silva
* Basicamente:
- Sem a bola, na formação defensiva compactada, com todos jogadores no campo de defesa.
-- a primeira linha com 4;
-- a segunda também com 4;
-- e 2 jogadores, o meia centralizado e o centroavante, na frente das duas linhas.
- Com a bola:
-- 3 jogadores no início da transição;
-- 4 na segunda linha;
-- 3 mais avançados;
-- mais flutuações ofensivas dos laterais, volantes e do meia centralizado.
- Com e sem a bola, na distribuição tática mais espaçada:
-- primeira linha defensiva com 4 jogadores;
-- segunda com 2 volantes;
-- terceira com 3 meias;
-- última com 1 centroavante
-- mais flutuações ofensivas dos laterais, volantes e meia e centralizado
-- mais recomposição defensiva, principalmente dos meias-atacantes de lado.
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Marco Antônio
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