A participação americana na Série B 2019 pode ser dividida em três fases: a inicial sob o comando do Givanildo e Barbieri, a da reação durante a competição e a da possibilidade de conquistar o acesso, sob o comando do Felipe Conceição.
Na fase inicial, o desperdício do campeonato Mineiro a fim de preparar uma equipe competitiva, bem condicionada fisicamente para jogar dois tempos em alta intensidade, e a falta de reforços solicitados pelo Givanildo prejudicaram o rendimento do time, nas duas primeiras rodadas da Série B, e provocaram a queda do técnico.
Nos dois primeiros jogos, contra Operário-PR e Botafogo-SP, o time americano jogou com dois centroavantes, Belusso e Viçosa, e nenhum meia-centralizado, o que evidenciou falha na formação da equipe.
Vale lembrar o pré-jogo:
http://avacoelhada.blogspot.com/2019/04/america-mg-pre-jogo-operario-pr.html
E o pós-jogo Operário-PR 1 x 0 América
https://avacoelhada.blogspot.com/2019/04/operario-pr-1-x-0-america-mg.html
Barbieri foi contratado e demitido após sete jogos.
As contratações do Barbieri, Luiz Fernando, Michel Bastos e Thiago fazem fazem parte dos erros na remontagem da equipe durante a competição.
A recuperação americana, sob o comando do Felipe Conceição foi necessária para reparar os danos provocados pelos erros de planejamento para disputar a Série B.
Embora o objetivo inicial fosse evitar a queda para a Série C, numa incrível reação, o time saiu da vice-lanterna e criou possibilidades de entrar no G4.
Pré-jogo Vila Nova x América:
http://avacoelhada.blogspot.com/2019/07/pre-jogo-vila-nova-go-x-america-mg.html
Mas na maioria das vitórias conquistadas, os resultados superaram os desempenho.
Predominou a força do futebol coletivo, competitivo e determinado, a eficiência na bola parada e presença do imprevisto favorável.
Boselli e Elias foram contratados para não jogar.
Lima ficou mais tempo no DM do que a disposição.
Berola e Pedrão se lesionaram e reforços qualificados deixaram de ser contratados.
Apesar de Berola suportar meio tempo, depois da lesão dele, mais um meia-atacante de lado deveria ter sido contratado porque Ademir continuou sem ser aproveitado, Bilu parou de ser utilizado e França não aproveitou as oportunidades.
Possivelmente mais pontos seriam conquistados com a contratação de um meia-atacante de lado com poder de assistência, decisão e finalização, a fim de evitar a improdutiva improvisação do Diego Ferreira no campo ofensivo, e a lentidão e ineficiência do Felipe Azevedo nas finalizações.
Aliás, se Diego Ferreira foi escalado devido ao baixo poder de marcação do Leandro Silva na marcação, outro lateral mais marcador também deveria ter sido contratado, em vez de escalar dois para executar a função de um.
A tomada de decisão deveria ter sido por reforçar a equipe, inclusive contratar também um meia centralizado, porque Geovani ainda é sub-21, em processo de oscilação, e Toscano parou de ser aproveitado.
Ainda assim, a reação criou possibilidades de entrar no G4, contra a Ponte Preta e Paraná, dentro de casa, e de confirmar o acesso, contra o São Bento, também na Arena do Coelhão.
Mas nesta terceira fase, as chances de entrar no G4 foram desperdiçadas contra a Ponte Preta e o Paraná.
Pós-jogo América 0 x 2 Paraná:
http://avacoelhada.blogspot.com/2019/11/america-0-x-2-parana.html
Na penúltima rodada, Brasil e Atlético-GO empataram, o América venceu o Guarani e entrou no G4.
Bastaria vencer o São Bento, dentro de casa, para não depender de resultados desfavoráveis do Atlético-GO e Coritiba.
Mas neste jogo decisivo contra o São Bento, em que se faltasse técnica teria de ser na raça, Leandro Silva repetiu a ineficácia na tarefa defensiva.
Leandro Silva foi incapaz de ter feito a falta tática ou o desarme, na jogada do segundo gol sofrido, quando o adversário partiu antes do meio-de-campo e levou a bola até a linha de fundo.
Ademir, pouco utilizado no Mineiro e na Série B, reapareceu.
Flávio, João Cubas e Vitão, não utilizados no Mineiro nem Copa do Brasil , foram escalados neste jogo.
Toscano, com poder de finalização, não foi utilizado.
Estariam mais bem preparados se tivessem sido mais bem aproveitados desde o Mineiro, na Copa do Brasil e durante a Série B.
Os sub-23 deveriam ter participado do Brasileirão de Aspirantes.
Bilu, com bastante poder ofensivo, parou de ser até relacionado.
Viçosa caiu de produção depois de ter machucado a costela e continuou a ser escalado.
Do mesmo modo que começou a Série B, terminou a competição sem um meia-atacante centralizado entre os titulares.
Enfim, a reação durante a competição sob o comando do Felipe Conceição, com muito empenho dos jogadores, foi extraordinária, livrou o time da Série C e criou chances de terminar no G4.
Mas num campeonato de pontos corridos prevalece a regularidade e resistência durante as 38 rodadas.
Times ganham jogos.
Equipes bem formadas conquistam objetivos.
Quando a meta de desempenho voltou a ser conquistar o acesso, faltou pouco, mas os erros de planejamento na formação e remontagem da equipe superaram o acerto na escolha do Felipe Conceição para comandar a reação durante a competição.
Destaque para a torcida americana que pintou o Independência, por dentro e por fora, de verde e preto.
América:
Airton;
Leandro Silva, Lucas Kal, João Cubas, Sávio (João Paulo);
Zé Ricardo;
Felipe Azevedo, Juninho, Flávio (Ademir), Matheusinho;
Viçosa (Vitão).
Técnico: Felipe Conceição
São Bento:
Paulo Vitor;
Marcos Martins, Alisson, Eduardo e Mansur;
Juliano, Fábio Bahia e Fernandes (Doriva);
Caio Rangel (Paulinho Bóia), Minho (Lucas Lima) e Guilherme Romão.
Técnico: Marcelo Cordeiro.
Gols: Juninho
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