Embora o ideal seja sempre vencer, e preferencialmente convencer, empatar também é um resultado importante, num campeonato de resistência e regularidade.
Ainda mais com um adversário bem qualificado, que teve a semana livre para recuperação física, enquanto o América disputou um jogo decisivo contra a Ponte Preta pela Copa do Brasil, na terça-feira, e viajou pra enfrentar a Chapecoense na sexta-feira.
Até quando a presença de público nos estádios era permitida, o desgaste provocado pela viagem é uma condição mais desfavorável do que a influência da torcida adversária nos jogos fora de casa.
O resultado representou o equilíbrio dos desempenhos.
De acordo com o SofaScore, a Chapecoense finalizou 4 vezes no gol e 8 pra fora, e o América 3 no gol e 9 pra fora.
As principais chances de gol do adversário foram em erros de passe, falhas de posicionamento e perda da posse de bola dos jogadores americanos.
No início do primeiro tempo, em jogada de contra-ataque com a subida do Diego Ferreira.
Na segunda etapa, o erro de passe do Sávio e finalização do Anselmo Ramon, perda da posse de bola pelo Leo Passos e outra finalização do Anselmo Ramon, e cruzamento com o Anderson Leite cabeceando livre de marcação.
Matheus Cavichioli fez uma defesa importante numa finalização do Anselmo Ramon e contou com a sorte no erro de outra finalização do Anselmo Ramon e a cabeçada do Anderson Leite desmarcado.
Os principais passadores foram Sávio, Zé Ricardo e Alê.
Sávio foi o primeiro colocado nos cruzamentos, na bola longa e nos passes decisivos.
Na perda da posse de bola, Sávio e Diego Ferreira foram os que mais perderam.
Leo Passos, sub-23 em fase de aprimoramento e oscilação, mais na base da vontade do que da habilidade e da técnica, foi o que mais finalizou, uma pro gol e 4 pra fora, desarmou e participou dos duelos disputados no chão.
A produtividade do Leo Passos foi superior ao do Ademir, Felipe Berola e Felipe Azevedo.
Ademir, Berola, Felipe Azevedo e Guilherme estão no processo de recuperação do ritmo de jogo, depois do tempo parado.
Berola, com dez jogos em 2020, está começando a ficar mais bem preparado fisicamente e tecnicamente e teve lampejos de produtividade ofensiva.
Embora bastante participativo na marcação e na troca de passes, Alê voltou a jogar mais pelo corredor esquerdo, em vez de centralizado e próximo da grande área. Quando avançou pelo centro, foi mais produtivo e acertou uma finalização.
Possivelmente a produtividade ofensiva do Alê será maior se jogar sem posição fixa no campo ofensivo, mas próximo da área.
Guilherme, na função de centroavante e sem ritmo de jogo, rendeu menos do que deveria ter rendido.
Talvez tivesse sido mais interessante a entrada do Toscano ou Vitão, centroavante definidor com presença de área, ter sido relacionado e entrado no lugar do Rodolfo.
A lesão do Felipe Azevedo e Rodolfo evidenciou mais uma vez a tendência do alto número de desfalques nas competições atuais, com jogos seguidos depois de um longo período de paralisação.
Destaque para a participação do Alê, Leo Passos, Messias e Zé Ricardo.
Chapecoense:
João Ricardo;
Ezequiel, Joilson, Luiz Otávio e Alan Ruschel;
Willian Oliveira, Anderson Leite e Denner (Evandro);
Aylon (Bruno Silva), Anselmo Ramon (Perotti) e Paulinho Moccelin (Thiago Ribeiro)
Técnico: Umberto Louzer
América:
Matheus Cavichioli;
Diego Ferreira, Messias, Eduardo Bauermann, Sávio;
Zé Ricardo, Juninho, Alê;
Léo Passos (Berola), Rodolfo (Guilherme), Felipe Azevedo (Ademir)
Técnico: Lisca