sábado, 26 de setembro de 2020

Chapecoense-SC 0 x 0 América-MG

Embora o ideal seja sempre vencer, e preferencialmente convencer, empatar também é um resultado importante, num campeonato de resistência e regularidade. 

Ainda mais com um adversário bem qualificado, que teve a semana livre para recuperação física, enquanto o América disputou um jogo decisivo contra a Ponte Preta pela Copa do Brasil, na terça-feira, e viajou pra enfrentar a Chapecoense na sexta-feira. 

Até quando a presença de público nos estádios era permitida, o desgaste provocado pela viagem é uma condição mais desfavorável do que a influência da torcida adversária nos jogos fora de casa. 

O resultado representou o equilíbrio dos desempenhos. 

De acordo com o SofaScore,  a Chapecoense finalizou 4 vezes no gol e 8 pra fora, e o América 3 no gol e 9 pra fora.

As principais chances de gol do adversário foram em erros de passe, falhas de posicionamento e perda da posse de bola dos jogadores americanos.

No início do primeiro tempo, em jogada de contra-ataque com a subida do Diego Ferreira.

Na segunda etapa, o erro de passe do Sávio e finalização do Anselmo Ramon, perda da posse de bola pelo Leo Passos e outra finalização do Anselmo Ramon, e cruzamento com o Anderson Leite cabeceando livre de marcação. 

Matheus Cavichioli fez uma defesa importante numa finalização do Anselmo Ramon e contou com a sorte no erro de outra finalização do Anselmo Ramon e a cabeçada do Anderson Leite desmarcado. 

Os principais passadores foram Sávio, Zé Ricardo e Alê.

Sávio foi o primeiro colocado nos cruzamentos, na bola longa e nos passes decisivos. 

Na perda da posse de bola, Sávio e Diego Ferreira foram os que mais perderam. 

Leo Passos, sub-23 em fase de aprimoramento e oscilação, mais na base da vontade do que da habilidade e da técnica, foi o que mais finalizou, uma pro gol e 4 pra fora, desarmou e participou dos duelos disputados no chão. 

A produtividade do Leo Passos foi superior ao do Ademir, Felipe Berola e Felipe Azevedo. 

Ademir, Berola, Felipe Azevedo e Guilherme estão no processo de recuperação do ritmo de jogo, depois do tempo parado. 

Berola, com dez jogos em 2020, está começando a ficar mais bem preparado fisicamente e tecnicamente e teve lampejos de produtividade ofensiva. 

Embora bastante participativo na marcação e na troca de passes, Alê voltou a jogar mais pelo corredor esquerdo, em vez de centralizado e próximo da grande área.  Quando avançou pelo centro, foi mais produtivo e acertou uma finalização. 

Possivelmente a produtividade ofensiva do Alê será maior se jogar sem posição fixa no campo ofensivo, mas próximo da área. 

Guilherme, na função de centroavante e sem ritmo de jogo, rendeu menos do que deveria ter rendido. 

Talvez tivesse sido mais interessante a entrada do Toscano ou Vitão, centroavante definidor com presença de área, ter sido relacionado e entrado no lugar do Rodolfo.

A lesão do Felipe Azevedo e Rodolfo evidenciou mais uma vez a tendência do alto número de desfalques nas competições atuais, com jogos seguidos depois de um longo período de paralisação. 

Destaque para a participação do Alê, Leo Passos, Messias e Zé Ricardo. 

Chapecoense:
João Ricardo; 
Ezequiel, Joilson, Luiz Otávio e Alan Ruschel; 
Willian Oliveira, Anderson Leite e Denner (Evandro); 
Aylon (Bruno Silva), Anselmo Ramon (Perotti) e Paulinho Moccelin (Thiago Ribeiro)
Técnico: Umberto Louzer

América:
Matheus Cavichioli; 
Diego Ferreira, Messias, Eduardo Bauermann, Sávio; 
Zé Ricardo, Juninho, Alê; 
Léo Passos (Berola), Rodolfo (Guilherme), Felipe Azevedo (Ademir)
Técnico: Lisca