quarta-feira, 23 de setembro de 2020

América-MG 3 x 1 Ponte Preta - Copa do Brasil

A vitória do América foi bastante recompensadora. 

Valeu pelo prêmio de R$ 2,6 milhões, pela classificação para as oitavas de final da Copa da Copa do Brasil e pela exibição convincente. 

O time americano manteve o modelo de jogo definido pelo Lisca e absorvido pelos jogadores, repetiu a busca pelo controle da partida, criou oportunidades e foi supereficiente nas finalizações. 

Embora os resultados dos jogos entre Figueirense e Ponte Preta sejam diferentes, os desempenhos foram parecidos.

De acordo com o SofaScore, contra o Figueirense foram 8 finalizações para fora e uma no gol, e contra a Ponte Preta 9 para fora e 3 no gol. 

Aliás, Lisca destacou os dois confrontos na entrevista pós-jogo:

"Cada jogo é um jogo. No jogo de sábado nós controlamos bem a partida, mas não conseguimos ganhar. Hoje jogou uma outra equipe. [...] A estratégia dos dois jogos foi fundamental. Ficamos chateados com a derrota na Série B, deixamos três pontos importantes, mas deixamos o time de ‘tanque cheio’ para essa partida. A Ponte não preservou nenhum jogador. A gente sabia que teria uma condição boa para jogar e para se impor na questão de força, de potência. Nós soubemos aproveitar as oportunidades."

O diferencial competitivo foi o posicionamento funcional mais avançado do Alê, menos desgastado por ter jogado pouco tempo contra o Figueirense, mais opções para Lisca escalar os titulares e fazer mudanças durante a partida, e principalmente a maior efetividade ofensiva no último passe e na finalização. 

A distribuição básica ficou próxima de uma variação do 4-3-3 para 4-1-4-1. 

Apesar dos desfalques do Daniel Borges e João Paulo, as alternativas ofensivas aumentaram com Ademir e Felipe Azevedo mais bem preparados fisicamente. 

No gol sofrido, Zé Ricardo poderia ter espanado a bola e a finalização do Apodi pareceu defensável. 

Messias e Bauermann foram envolvidos só num lance de cruzamento aéreo no segundo tempo, mas mantiveram a segurança defensiva e participaram da saída de bola. 

Zé Ricardo, Alê, Sávio e Diego Ferreira foram os principais passadores

Os que mais desarmaram: Zé Ricardo, Leo Passos e Rodolfo. 

Diego Ferreira, Juninho e Leo Passos fizeram as triangulações pela direita, entre elas  o cruzamento perfeito do Juninho para o gol do Felipe Azevedo, a jogada do gol marcado pelo Alê e a do pênalti sofrido pelo Diego Ferreira. 

Sávio, Felipe Azevedo e Rodolfo fizeram triangulações pela esquerda.

Felipe Azevedo e Rodolfo foram bastante participativos até na marcação. 

Rodolfo errou três tomadas de decisão, duas com o Sávio e uma com Berola. 

Zé Ricardo, o dono do meio-de-campo, foi suporte para Alê e Juninho jogarem mais avançados, fez lançamentos e viradas de jogo com precisão, participou da saída de bola, desarmou e anulou João Paulo, principal articulador do adversário. 

Alê, em vez de recuar tanto pelo lado esquerdo para colaborar na marcação, executou mais a função de meia-atacante do que volante, jogou avançado sem posição fixa no campo do adversário, pisou mais na área, desperdiçou uma finalização e bem posicionado finalizou com precisão no gol marcado. 

Berola pouco acrescentou.

Ademir fez uma arrancada e uma finalização. 

Destaque para Diego Ferreira, pela assistência pro gol do Alê e pelo pênalti sofrido, Zé Ricardo, por ter anulado João Paulo, o principal articulador do adversário e pela distribuição das jogadas,  Alê, Felipe Azevedo e Rodolfo pelos gols marcados e pela participação ofensiva, e especialmente Alê pela qualidade na função de meia-atacante. 

América:
Matheus Cavichioli; 
Diego Ferreira, Eduardo Bauermann, Messias e Sávio (Lucas Luan); 
Zé Ricardo, Juninho e Alê (Toscano); 
Léo Passos (Ademir), Rodolfo (Guilherme), Felipe Azevedo (Berola)
Técnico: Lisca

Ponte Preta:
Ivan;
Apodi, Wellington Carvalho, Alisson (Neto Moura) e Guilherme Lazaroni (Ernandes); 
Bruno Reis, Oyama (Danrley) e João Paulo; 
Moisés (Guilhermre Pato), Bruno Rodrigues e Matheus Peixoto (Zé Roberto) 
Técnico: João Brigatti

Gols: Felipe Azevedo, Alê e Rodolfo