A espiral viciosa é formada por uma série de eventos errados geradores de outros erros, sem novas ações com capacidade de interromper os danos causados, a fim de transformar as oportunidades de mudanças em soluções.
Embora houvesse potencial para disputar uma competição, o elenco do América foi superestimado, porque era limitado fisicamente, quantitativamente e tecnicamente para disputar as quatro competições durante a temporada: Brasileirão, Copa do Brasil, Mineiro e Sul-Americana.
A falta das contratações necessárias e do aprimoramento dos promissores jogadores da base durante o Mineiro provocou desgaste desnecessário nos titulares, sem revezamento devido as opções reduzidas de substituição, principalmente no meio-campo.
O revezamento dos titulares, com a utilização dos pratas da casa nas competições de nível mais elevado que o do Mineiro, foi necessário para tentar minimizar o desgaste provocado nos principais jogadores pela sequência de jogos.
As repetidas mudanças dos titulares prejudicaram a formação da identidade do time.
O time indefinido, sem entrosamento e sem identidade, perdeu mais do que venceu.
As derrotas geraram a perda da confiança e a perda da confiança gerou derrotas.
No terceiro jogo sob o comando do Bustos, a indefinição do time titular, da estratégia de jogo e da distribuição tática continuaram.
Para continuar a fazer o que o Mancini fazia era preferível ter mantido o Mancini.
Bustos deveria ter optado por buscar a definição dos titulares e de uma estratégia de jogo mais equilibrada entre o defender e atacar, a fim de criar uma identidade, melhorar o entrosamento, o posicionamento e a produtividade, e aumentar a confiança.
Poderá ser mais interessante formar a primeira linha defensiva com dois laterais e três zagueiros, uma segunda com Martínez mais três jogadores no meio-campo, e Masrtriani de centroavante.
Ainda assim, faltaria definir os outros nove titulares além do Martínez e Mastriani.
Pelo menos um dos goleiros precisaria voltar a fazer defesas salvadoras.
Os laterais serem mais eficientes na defesa e no apoio.
Encontrar a dupla ou trio de zagueiros mais consistentes nos duelos por cima e por baixo.
Meio-de-campo ter resistência física para defender e atacar em alta intensidade durante os dois tempos do jogo.
A dupla ou trio de atacantes terem poder de finalização e decisão.
América:
Matheus Cavichioli;
Daniel Borges, Éder, Burgos e Danilo Avelar (Marlon);
Javier Méndez (Lucas Kal), Juninho e Martínez;
Paulinho Bóia (Rodrigo Varanda), Wellington Paulista (Mastriani) e Pedrinho (Felipe Azevedo).
Técnico: Fabián Bustos
Fortaleza:
João Ricardo;
Tinga, Titi, Brítez e Bruno Pacheco;
Caio Alexandre (Lucas Crispim), Zé Welison e Pochettino (Pedro Augusto);
Marinho (Yago Pikachu), Lucero (Thiago Galhardo) e Guilherme (Romarinho).
Técnico: Juan Pablo Vojvoda
Gol: Mastriani