O empate com o Paraná mais a combinação de resultados favoreceram o América, que continuou na vice-liderança, manteve a distância do quinto colocado, o Vila Nova, e se aproximou um pouco mais da confirmação do acesso para a primeira divisão.
A metade vazia do copo também poderia ser evidenciada.
Uma vitória manteria a distância para o Internacional, aumentaria em relação ao terceiro, quarto e quinto colocados, e ficaria ainda mais próximo da Série A de 2018.
Mas se o resultado não foi o melhor possível, o desempenho voltou a ser quase satisfatório porque jogou com atitude vencedora.
O gol do adversário foi uma falha individual do Pará, que fez pênalti sem necessidade.
Apesar de certa vulnerabilidade pelo lado esquerdo no primeiro tempo, a consistência defensiva americana prevaleceu, principalmente depois do deslocamento do Ernandes para a lateral, no segundo tempo. João Ricardo só foi exigido nos cruzamentos.
Os comandados do Enderson Moreira fizeram a proposta de jogo, tiveram posse de bola no campo do adversário e poder de reação para buscar o empate e ainda criaram oportunidades para vencer o confronto.
Faltou eficiência e sorte nas finalizações, mas o futebol coletivo, competitivo e combativo foi recuperado.
Destaque para Matheusinho que mais buscou o jogo no primeiro tempo, Norberto, a entrada do Neto Moura no intervalo, e a produtividade ofensiva do Ruy, no segundo tempo.
posse de bola: 62 x 38
finalizações certas: 3 x 1
finalizações erradas: 19 x 2
passes certos: 421 x 191
passes errados: 50 x 27
cruzamentos certos: 7 x 2
cruzamentos errados: 37 x 19
escanteios: 8 x 3
João Ricardo só foi exigido nas jogadas de cruzamentos.
Norberto: Bastante participativo na saída de bola e no apoio, principalmente depois da entrada do Neto Moura. Acertou 64 passes, errou quatro.
Messias e Rafael Lima: Mantiveram a consistência defensiva, participaram da saída de bola, mas Rafael Lima errou passes e lançamentos, que não costuma errar. Messias acertou 56 passes, errou quatro.; Rafael, acertou 47, errou três passes e dois lançamentos.
Pará: Sub-23 em processo de formação e oscilação, vacilou no pênalti cometido e foi improdutivo no apoio. Acertou 12 passes, errou três. Perdeu três vezes a posse de bola e errou três cruzamentos.
Juninho: Improdutivo no primeiro tempo, na saída de bola e no apoio, aumentou a produtividade no segundo tempo, depois da entrada do Neto Moura.
Ernandes: Manteve a segurança defensiva na lateral.
Matheusinho: Participou da marcação e buscou o jogo no primeiro tempo.
Ruy: Foi mais produtivo no segundo tempo, quando chamou a responsabilidade na criação, teve poder de finalização e fez o lançamento para Luan sofrer o pênalti.
Luan: Competitivo, sofreu o pênalti, mas foi pouco produtivo. Talvez pelo desgaste ou pela ausência do Giovanni. Só três finalizações erradas.
Bill: Distante da área, teve dificuldades para finalizar, fazer o pivô e abrir espaços para as infiltrações dos meias, volantes e laterais.
Neto Moura: Função parecida com a do Zé Ricardo. Ao participar da saída de bola, liberou Norberto para apoiar.
Renan Oliveira: Sem poder de finalização jogou muito fixo pela direita.
Edno: Poderia ter entrado antes. Talvez até no lugar do Luan.
Enderson Moreira: Acertou na mudança feita no intervalo, manteve o padrão tático, a organização e o time voltou a fazer a proposta de jogo, sem deixar o adversário gostar da partida.
AMÉRICA:
João Ricardo;
Norberto, Messias, Rafael Lima e Pará (Neto Moura);
Juninho, Ernandes,
Matheusinho (Renan Oliveira), Ruy, Luan;
Bill (Edno).
Técnico: Enderson Moreira.
PARANÁ:
Richard;
Júnior, Iago Maidana, Eduardo Brock e Igor;
Vinícius Kiss (Jhony), Gabriel Dias, Robson e João Pedro (Murilo Rangel);
Vitor Feijão e Rafhael Lucas.
Técnico: Matheus Costa.
Gols: Bill e João Pedro
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Marco Antônio