Aliás, nas cinco derrotas sofridas no Brasileirão, o rendimento americano foi superior ao da vitória sobre o Santa Cruz.
Vencer nem sempre é sinônimo de jogar bem. Perder nem sempre significa jogar mal.
Mais um conceito, que deveria fazer parte do legado da participação do América, na Série B de 2017.
Ainda, em time que está ganhando também se mexe, a presença do acaso e o mesmo modelo de jogo poder ser utilizado dentro e fora de casa.
A reabilitação na competição deve servir para evitar a síndrome do pânico, em parte da torcida americana, e manter a tranquilidade, estabilidade e confiança da comissão técnica e jogadores.
O Santa Cruz deve ter sido o adversário que mais teve volume de jogo contra o América.
João Ricardo foi obrigado a fazer uma defesa salvadora, Grafite cabeceou com perigo dentro da área, o imprevisto colaborou na marcação de impedimento no gol sofrido, houve rebatidas do setor defensivo, em especial Messias, e cobrança de falta na trave, no último minuto.
O time americano teve dificuldade para trabalhar a saída de bola, trocar passes e fazer a proposta de jogo. Faltou postura e posse de bola ofensiva, mas ainda assim, acertou mais finalizações que o adversário.
A posse de bola e quantidade de passes certos foram reduzidas, em relação aos jogos anteriores.
Sem Zé Ricardo, a primeira linha de três para começar a transição praticamente inexistiu.
Destaque para Matheusinho, pelo poder de decisão, e Messias, pelos bloqueios, desarmes e rebatidas.
A arrancada americana no primeiro turno começou contra o Santa Cruz, sem ter sido uma vitória convincente e com um gol do Matheusinho, em finalização de fora da área.
Vamos subir, Coelhô. Acredita, América!
posse de bola: 61 x 39
finalizações certas: 3 x 5
finalizações erradas: 9 x 6
passes certos: 471 x 205
passes errados: 45 x 39
cruzamentos certos: 8 x 3
cruzamentos errados: 21 x 16
escanteios: 4 x 7
João Ricardo: Uma defesa salvadora e antecipação nos cruzamentos pelo alto..
Norberto: Mais defensivo que ofensivo. Dois desarmes, 10 rebatidas.
Messias e Rafael Lima: Mantiveram a segurança defensiva. Messias rebateu 13 vezes, defendeu e bloqueou em três oportunidades.
Pará: Foi o americano que mais acertou passes. Só 30. Número bastante baixo. Buscou a linha de fundo no segundo tempo.
Juninho: Sem função na saída de bola e pouco produtivo quando avançou. Acertou 17 passes e errou cinco.
Ernandes: Combativo, acertou 26 passes e errou seis.
Matheusinho: Marcou o gol da vitória, fez um lançamento para Luan finalizar, e duas assistências para finalizações. Sub-19, em processo de formação, cada vez mais evoluído.
Ruy: Talvez pelo excessivo recuo do Matheusinho e Luan para colaborar na marcação, foi improdutivo na criação das jogadas, sem poder de finalização e decisão. Só 14 passes certos. Nenhuma finalização.
Luan: Competitivo. Acertou três finalizações, errou duas. Perdeu 10 vezes a posse de bola. Número alto.
Bill: Uma assistência para Norberto, uma finalização certa.
Renan Oliveira: Assistência para Matheusinho, cinco passes certos, quatro errados.
Ceará e Zé Ricardo: Foram combativos.
Enderson Moreira: Em relação ao comentário sobre o não aproveitamento do Zé Ricardo, o contratado para ocupar o lugar do prata da casa, em um clube essencialmente formador, precisa ter um desempenho bem superior, a fim de justificar a titularidade. Porque se o rendimento de ambos for parecido, a prioridade deve ser do prata da casa, pelo valor cultural de revelar e aproveitar talentos formados em casa, pelo potencial de valorização e custo-benefício.
O América precisa preservar a própria identidade.
Santa Cruz:
Júlio César;
Nininho, Guilherme Mattis, Anderson Salles e Yuri;
Derley, Wellington Cézar (Natan), Thiago Primão e João Paulo;
André Luís (Bruno Paulo) e Grafite (Ricardo Bueno).
Técnico: Marcelo Martelotte
América:
João Ricardo;
Norberto (Ceará), Messias, Rafael Lima, Pará;
Juninho, Ernandes;
Matheusinho (Zé Ricardo), Ruy (Renan Oliveira) , Luan;
Bill.
Técnico: Enderson Moreira
Gol: Matheusinho
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Marco Antônio