Nos clássicos contra Atlético e Cruzeiro, a diferença de orçamento é invertida, além de aumentada.
Ainda assim, os comandados do Enderson Moreira deverão buscar a repetição, com alguma variação e melhoria contínua, dos conceitos utilizados na conquista da Série B.
Este ano, a consistência defensiva foi mantida nos quatro jogos, mas nos dois gols sofridos houve falhas de marcação do setor defensivo pelo lado esquerdo e na cobertura do Matheus Sales.
A posse de bola ofensiva prevaleceu, mas faltou transformar o volume de jogo em oportunidades criadas e aproveitadas.
Contra o Cruzeiro, para quem valoriza mais o resultado do que o desempenho, a vitória será mais importante.
Mas em termos de projeção da formação do time para disputar a Série A, o próximo do ideal, independentemente do resultado, será um bom rendimento do futebol coletivo, competitivo e combativo.
As vantagens competitivas do adversário são a qualidade técnica, intensidade na movimentação e peças de reposição qualificadas, no mesmo nível dos titulares.
Deve ser o duelo entre a velocidade tática americana, com valorização da posse de bola, contra a velocidade dinâmica cruzeirense.
A vitória será do mais eficiente e provavelmente com a presença do acaso.
Goleiro é uma posição diferenciada, única, sem direito ao erro. Nem faz parte da distribuição numérica dos esquemas táticos.
O risco da escalação do Glauco é mais pela posição do que pelo potencial do jogador.
Embora a regularidade seja bem maior, até os experientes Fábio e João Ricardo estão sujeitos a falhas.
Na recomposição defensiva, a primeira linha defensiva deverá ser formada pelo Norberto, Messias, Rafael Lima, Giovanni ou Carlinhos.
Giovanni leva vantagem sobre Carlinhos na bola aérea pelo alto.
Norberto, Messias, Rafael Lima e as vezes Zé Ricardo formarão o trio na saída de bola.
A dupla de volantes será formada pelo Matheus Sales e Zé Ricardo.
Matheus Sales, que precisa melhorar a produtividade defensiva e ofensiva contra adversários menos qualificado, deveria ficar mais fixo na marcação individual do meia centralizado.
Zé Ricardo, além de combater, poderá participar da saída de bola, avançar para aumentar a força ofensiva e o poder de finalização.
Aderlan na direita, com Noberto na função de volante, é opção de mudança.
David tem qualidade na troca de passes, mas baixo poder de marcação.
Se Christian tivesse jogado mais vezes, poderia formar uma dupla dinâmica com Zé Ricardo.
Aylon e Luan deverão executar a dupla função defensiva-ofensiva pelos lados, e também infiltrar pela diagonal para aumentar o poder de finalização.
Luan carece perder menos vezes a posse de bola, finalizar e acertar mais as conclusões.
Renan Oliveira, centralizado e pelos lados, terá a missão de qualificar a troca de passes, fazer assistências e finalizar.
Aderlan é opção de mudança para formar dobradinha com Norberto pela direita.
Apesar da necessidade de maior eficiência no complemento das jogadas, a velocidade do Capixaba em cima do Egídio poderá ser explorada.
Se Renato Bruno tivesse jogado mais vezes, poderia ser opção para a meia-direita, com Aylon, pela esquerda ou centralizado.
Carlinhos, Giovanni, Magrão e Serginho são alternativas para o lugar do Luan, pela esquerda.
Rafael Moura necessita ter poder de decisão.
Aylon e talvez Renan Oliveira são alternativas de reposição para a função de centroavante.
Provável time e possibilidades de mudanças:
João Ricardo (Glauco);
Norberto, Messias, Rafael Lima, Giovanni (Carlinhos);
Matheus Sales, Zé Ricardo;
Aylon, Renan Oliveira, Luan;
Rafael Moura
Cruzeiro x América
domingo, 17h, Mineirão
vamos vencer, Coelhô!
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Marco Antônio