Na derrota por 4 a 1 para o Vasco, o América jogou tão mal, que os melhores do time foram João Ricardo, que sofreu 4 gols, mas fez três importantes defesas, e Rafael Moura, com a única finalização certa, na cobrança do pênalti.
Apesar da vitória parcial no primeiro tempo, o resultado positivo foi diferente do baixo desempenho dos jogadores americanos.
Enquanto o adversário finalizou oito vezes, o time americano finalizou duas.
Houve vulnerabilidade pelos lados, baixo poder de marcação dos volantes, e dos atacantes de lado, quando fizeram a recomposição.
A dificuldade na saída de bola diminuiu o poder criativo e gerou a impressão de que a proposta de jogo americana foi reativa, mas faltou foi qualidade para, desde o início da transição, trabalhar as jogadas.
No segundo tempo, com o aumento da intensidade ofensiva dos vascaínos, os defeitos defensivos americanos foram ampliados.
O Vasco, por meio de lançamentos, jogadores dribladores e rápidos, quebrou as linhas defensivas do América, que estavam descompactadas e mal posicionadas.
Ainda assim, antes de sofrer o empate, Serginho desperdiçou grande oportunidade de marcar o segundo gol.
Desde a consolidação do modelo de jogo desenvolvido na conquista da Série B de 2017, deve ter sido a pior partida do América sob o comando do Enderson Moreira.
As vantagens competitivas americanas não funcionaram.
Faltou a força do futebol coletivo, competitivo e combativo.
O setor defensivo ficou inconsistente.
Até a desorganização tática predominou no segundo tempo.
João Ricardo fez três importantes defesas.
Messias e Rafael Lima ficaram bastante expostos devido as falhas na marcação dos laterais e volantes.
Carlinhos e principalmente Norberto, sem a colaboração efetiva dos volantes e dos meias-atacantes de lado na marcação, foram envolvidos com facilidade pelos adversários.
Aliás, a estreia do Wesley entre os titulares foi desastrosa. Talvez por ter sido o primeiro jogo, ainda sem ritmo, sem condição física ideal e sem perfil de primeiro volante, pouco combateu e desarmou. Apesar da característica de segundo volante, com qualidade de articulador, também não qualificou a troca de passes.
Ao lado de um volante menos pegador, diferentemente do Christian e Zé Ricardo, a limitação do Juninho ficou mais evidenciada.
A improdutividade dos dois volantes na marcação e na saída de bola comprometeu o setor defensivo e criativo. Lembrou a dupla formada pelo Ernandes e Juninho, na vexatória campanha no Brasileirão da Série A de 2016. Embora, em tese, Wesley, tenha produzido menos do que pode render.
Sem qualidade no início da transição, o quarteto ofensivo formado pelo Aylon, Marquinhos, Rafael Moura e Serginho inexistiu.
A projeção da necessidade de melhoria para a sequência do Brasileirão continua.
Existe a necessidade de contratar pelo menos três jogadores para aumentar o potencial agressivo do time titular:
- Um meia centralizado.
- Um centroavante.
- Um atacante de lado. A entrada do Capixaba, mais uma vez, comprovou a necessidade de contratar este atacante de lado.
Todos com experiência vitoriosa na primeira divisão, qualidade técnica, intensidade, velocidade, força, poder de finalização e decisão.
Retorna o alerta sobre o poder de marcação dos laterais, principalmente Norberto.
posse de bola: 64 x 36
finalizações certas: 8 x 1
finalizações erradas: 9 x 1
cruzamentos certos: 10 x 3
cruzamentos errados: 18 x 8
Vasco:
Martín Silva;
Rafael Galhardo (Wagner), Paulão, Werley, Henrique;
Desábato, Wellington;
Yago Pikachu, Thiago Galhardo (Bruno Cosendey), Caio Monteiro (Kelvin);
Andrés Ríos
Técnico: Zé Ricardo
América:
João Ricardo;
Norberto, Messias, Rafael Lima, Carlinhos;
Wesley, Juninho;
Marquinhos (Capixaba), Serginho (Judivan), Aylon;
Rafael Moura (Ruy)
Técnico: Enderson Moreira
Gol: Rafael Moura
Cartões amarelos: Norberto, Rafael Moura e Wesley
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Marco Antônio