quinta-feira, 16 de julho de 2020

Jogo-treino Atlético 3 x 2 América

"O meu América só entra em campo pra ser campeão!"

A cultura vencedora a todo momento precisa prevalecer.

Desde as categorias de base, os atletas americanos em formação devem ser acostumados a vencer e conquistar títulos em cima da dupla do rival.

Normalizar derrotas e insucessos deve ser evitado. 

Perder para um dos rivais, até em disputa de par ou impar, é bastante desagradável.

Ainda mais com pênalti inventado para o adversário.

Os critérios do funcionamento do apito são diferentes. 

Em qualquer competição contra Atlético ou Cruzeiro, em dez lances favoráveis aos dois rivais, a maioria foi e será marcada contra o América, e nos lances favoráveis ao América, a maioria deixou e deixará de ser apitada. 

Na parte tática e técnica do jogo-treino, amostras da repetição de defeitos crônicos, ocorridos desde o comando do Felipe Conceição, continuam preocupantes, principalmente na lateral direita.

Felipe Conceição, numa tentativa de aumentar o poder de marcação pelo lado direito, optou por fazer a dobra e escalou os dois jogadores pela lateral. 

Ainda assim,  dois para exercerem a função de um ficou pouco funcional. 

No jogo-treino, Leandro Silva, parecido com 2019, foi ineficiente na marcação, e improdutivo na tarefa ofensiva.

Diego Ferreira, que oscilou muito em 2019, nem apareceu.

 A melhor jogada pelo lado direito foi um cruzamento preciso do Juninho na cabeça do Rodolfo.

Contra o Villa Nova, pelo Mineiro, Juninho também acertou cruzamentos precisos. 

Talvez Juninho improvisado pela lateral seja uma alternativa de melhor aproveitamento da resistência física do voluntarioso jogador, na dupla função de defender e atacar em alta intensidade.

Ainda Ronaldo e Thalys, entre as promissoras opções. 

O encaixe na engrenagem, formada pelo Lucas Kal, Eduardo Bauerman, Zé Ricardo, mais recuado, e Alê e Juninho, mais avançados, precisa ser mais compactado ou modificado. 

Quando Zé Ricardo avança para combater ou se aproximar do Alê e Juninho para participar das jogadas ofensivas, espaços são gerados na intermediária e os zagueiros ficam expostos. 

Além desta falha na parte defensiva, Alê e Juninho, praticamente na função de meias atacantes avançados pelo centro, pelo menos um deles precisa ter mais poder de criação, finalização e decisão.

A fim de reforçar a marcação, poderá ser mais proveitoso recuar um pouco Juninho para jogar mais próximo do Zé Ricardo, e ser opção de válvula de escape, em vez de pressionar zagueiro na intermediária adversária. 

Encontrar o melhor posicionamento do Alê, que tem qualidade na bola longa, ou incentivá-lo a ser mais finalizador, é um dos desafios do Lisca e do próprio Alê. 

Leo Passos, Matheusinho e Toscano são opções de meia-atacante avançado pelo centro com características mais ofensivas e poder de criação, finalização e decisão. 

Talvez Toscano seja o mais bem preparado no momento para exercer essa função. 

Renato Marques,  sub-17 promovido ao sub-20, é alternativa de aprimoramento contínuo. 

O aproveitamento da jogada aérea ofensiva com bola parada ou rolando também precisa ser melhorado.

Nos dois primeiros tempos do jogo-treino com os considerados titulares, destaque para Sávio, na tarefa ofensiva, Zé Ricardo, no combate, Felipe Augusto e Rodolfo, pelas finalizações e gols marcados.

A utilização principalmente dos promovidos da base, no terceiro e quarto tempo, evidenciou a necessidade de serem aproveitados mais vezes durante os coletivos realizados no Lanna Drumond, para demonstrarem capacidade de disputar a titularidade. 

Carlos Alberto, talvez pela ansiedade ou falta de um lateral mais qualificado para fazer triangulações pelo lado ou preocupação excessiva em defender mais do que atacar ou outro motivo, rendeu menos do que poderia render. 

Thalys, improvisado na lateral, apareceu mais que Diego Silva.

Destaque para Sabino, com bastante potencial na posição de primeiro volante, Lucas Luan, na lateral, mas com capacidade para jogar no meio-de-campo, Toscano, pela movimentação e troca de passes, e Kawê, que partiu pra cima avacoelhando geral. 

Depois da banalização dos jogos-treino entre os rivais, foi o terceiro com a participação do América. 

Dois contra o Atlético e um contra o Cruzeiro. 

Estranhamente os três confrontos nos ct´s dos adversários e nenhum jogo-treino Atlético e Cruzeiro.