terça-feira, 17 de agosto de 2021

Chapecoense-SC 1 x 1 América-MG

Apesar da proposta ofensiva, da busca pelo controle do jogo e das 18 finalizações feitas, o time americano desperdiçou grande oportunidade de conquistar três pontos, de vencer um concorrente menos qualificado na disputa para permanecer na primeira divisão, e de sair da zona de rebaixamento.

Falha no gol sofrido, espaços cedidos na recomposição defensiva e principalmente baixa qualidade na construção ofensiva, ineficiência nas finalizações e falta de poder de decisão do quarteto ofensivo inicial formado pelo Ademir, Chrigor, Fabrício e Felipe Azevedo prejudicaram o desempenho dos comandados pelo Mancini. 

Foram só três finalizações certas feitas pelo Ademir, Fabrício e Felipe Azevedo. 

Rodolfo, que entrou no segundo tempo, marcou o gol de empate e acertou uma finalização. 

É bom destacar que o gol do Ademir na vitória sobre o Fluminense contou com a presença do acaso favorável e foram quatro grandes chances perdidas. 

Na continuação durante a competição por um modelo de jogo mais próximo do ideal de acordo com as características da equipe americana, sem a escalação do Zé Ricardo, na posição de primeiro volante, com a utilização do Alê e Ramon, na função de meio-campistas de uma intermediária a outra, e a indefinição do posicionamento funcional do Fabrício e Felipe Azevedo, no meio-de-campo ou mais avançado pelo lado ou pelo centro, ainda faltou encontrar uma distribuição tática mais bem equilibrada entre atacar e defender. 

Para evitar muitas mudanças na escalação utilizada contra o Fluminense, a fim de manter um mínimo de entrosamento, talvez tivesse sido mais interessante a utilização do Zé Ricardo, no lugar do Chrigor, para formar o meio-de-campo com Alê e Ramon, mais Ademir, Fabrício e Felipe Azevedo avançados, com a entrada do Juninho Valoura e Rodolfo durante a partida. 

Outra possiblidade bastante promissora de mais mudanças entre os titulares poderia ter sido o meio-de-campo com Zé Ricardo, Juninho Valoura e Alê, e o trio ofensivo com Ademir, Rodolfo e Fabrício.

Chrigor, sub-21 em fase de aprimoramento e oscilação, deveria ser utilizado durante os jogos em um time mais estruturado. 

Aliás, na transformação do DNA formador em aproveitador, um dos grandes acertos no gerrenciamento do primeiro passo da transição antes de completar 20 anos foi o retorno dos pratas da casa para continuarem o aprimoramento contínuo no Sub-20. Voltaram mais bem preparados fisicamente, mentalmente, taticamente e tecnicamente, com mais possibilidade de criar uma cultura vitoriosa desde as categorias de base. 

Chapecoense:
Keiller; 
Matheus Ribeiro, Jordan, Kadu e Busanello; 
Alan Santos, Denner (Felipe Silva; Joilson), Anderson Leite e Geuvânio (Moisés Ribeiro); 
Fernandinho (Bruno Silva) e Anselmo Ramon (Mike).
Técnico: Pintado
 
América:
Matheus Cavichioli; 
Patric, Bauermann, Ricardo Silva e Alan Ruschel (João Paulo); 
Ramon, Alê (Juninho);
Ademir; Fabrício Daniel (Isaque), Felipe Azevedo (Geovane);
Chrigor (Rodolfo)
Técnico: Vagner Mancini

Gol: Rodolfo