Defeitos crônicos na recomposição defensiva provocados por uma postura super ofensiva contra adversários qualificados foram repetidos, o desentrosamento entre Danilo e Éder prejudicou a consistência da dupla de zagueiros, o lado esquerdo com Marlon e Felipe Azevedo foi improdutivo na defesa e no ataque, e a entrada do Henrique entre os titulares piorou o poder ofensivo, que já estava ineficiente nos quatro jogos anteriores, mas sem deixar de criar oportunidades de gols. 
Apesar da goleada, Matheus Cavichioli ainda fez importantes defesas. 
Vale a pena destacar novamente que, a maioria dos gols sofridos nesta temporada foi em falhas na recomposição defensiva, porque a postura do time americano foi bastante ofensiva, com zagueiros lentos mais avançados do que o necessário, até contra adversários bastante qualificados. 
O ponto de equilíbrio básico entre defender e atacar precisa ser encontrado. 
Patric e Marlon possuem intensidade para defender e atacar, mas ambos precisam ter mais poder de marcação e eficiência nos cruzamentos. 
Cáceres e Danilo poderão ser utilizado para reforçar a marcação pelo lados e liberar os pontas com velocidade para aumentar a força ofensiva nos contra-ataques. 
O promissor Arthur poderia ter sido escalado inclusive para fazer a dobra pela direita. 
Até o momento, Maidana e Éder formaram a melhor dupla de zagueiros. 
Conti jogou muito bem contra o Fluminense, quando o time americano retrancou para defender, mas criou as melhores chances em jogadas de contra-ataque, com Aloísio e principalmente Carlos Alberto, Everaldo e Pedrinho. . 
Luan Patrick demonstrou potencial de aproveitamento. 
No meio-de-campo, Lucas Kal perdeu o diferencial competitivo de qualificar a saída de bola. 
Zé Ricardo deveria ser opção para reforçar a marcação. 
Mas os volantes Alê e Juninho continuam sem substitutos funcionais para jogar de uma intermediária a outra. 
Os promissores Matheus Henrique e Rodriguinho são os que mais se aproximam para executar essa função posicional. 
Juninho Valoura foi pouco utilizado pelo Mancini. 
Gustavinho, Índio e Matheusinho,  na função de armadores ou meias-atacantes, são opções de mudança estrutural, porque são mais produtivos na transição e construção ofensiva.
Em relação ao trio ofensivo, a queda de rendimento no Brasileirão começou com entrada do Everaldo no lugar do Gustavinho.
Embora Everaldo seja mais agudo, Gustavinho estava bem na função de meia-armador pelo lado direito. 
Everaldo engrenou com a sequência de jogos, mas o momento do Gustavinho foi perdido e Felipe Azevedo pouco produziu ofensivamente. 
Carlos Alberto, Kawê, Matheusinho, Pedrinho e Paulinho são opções para aumentar a eficiência, velocidade e produtividade ofensiva pelos lados. 
Everaldo e Pedrinho deveriam ser as primeiras opções entre os titulares. 
Aloísio, Wellington Paulista e até Carlos Alberto disputariam a posição de centroavante.
Na próxima janela, a prioridade deveria ser jogadores para o meio-de-campo com poder de criação, finalização e decisão para executar a função desempenhada pelo Zárate no ano passado. 
Ainda assim, monitorar a necessidade de um lateral, um zagueiro, um volante, um atacante de lado e um centroavante. Pelo menos um reforço para cada setor.
Flamengo:
Santos; 
Rodinei, Gustavo Henrique, Léo Pereira e Ayrton Lucas;
Thiago Maia, João Gomes (Willian Arão) e Andreas Pereira (Diego);
Arrascaeta (Lázaro), Pedro (Marinho) e Gabriel Barbosa (Everton Ribeiro). 
Técnico: Dorival Júnior.
América: 
Matheus Cavichioli; Patric, Danilo Avelar, Éder e Marlon (Luan Patrick);
Lucas Kal (Zé Ricardo), Juninho e Alê; 
Everaldo (Matheusinho), Henrique Almeida (Aloísio), Felipe Azevedo(Pedrinho)
Técnico: Mancini
 
 
