O primeiro gol do Ceará contribuiu para mudar a história do jogo, porque Mendoza, num lance em que deveria ter sido expulso, fez falta no Patric na disputa da jogada e o gol irregular foi validado.
Mas a postura muito ofensiva do time americano ficou desequilibrada entre o defender e atacar, ineficiente no ataque e gerou espaços para as jogadas de velocidade nos contra-ataques.
Só de o Patric ter sido o único jogador mais próximo do Mendoza nos dois gols sofridos, sem pelo menos a presença do Conti mais recuado para fazer a cobertura e auxiliar no combate, evidenciou o erro de posicionamento na recomposição defensiva.
Apesar de ter participado negativamente nas jogadas dos gols, Patric é tão voluntarioso feito Juninho, defende e ataca com bastante intensidade e sempre aparece para o jogo.
Cáceres precisa ser mais intenso para disputar a titularidade.
Arthur tem potencial de aproveitamento na lateral.
Os zagueiros deveriam ser a posição mais defensiva.
Conti tem baixa velocidade para jogar tão avançado no campo do adversário.
Aliás, a produtividade do Conti está muito abaixo da expectativa criada quando foi contratado.
Para compensar, Éder tem se destacado na marcação, na saída de bola e na precisão dos lançamentos.
O lado esquerdo com Marlon e Everaldo ou Felipe Azevedo continuou pouco ofensivo.
Marlon foi mais participativo no segundo tempo, mas ainda muito abaixo do que produziu no ano passado, vulnerável na marcação, retraído nos cruzamentos e com pouca intensidade para exercer a dupla função defensiva-ofensiva.
Lucas Kal também poderia se concentrar mais na função de primeiro volante, quando o time estiver mais ofensivo, a fim de facilitar a recomposição defensiva.
Zé Ricardo deveria ser mais bem aproveitado para reforçar a marcação no meio-de-campo.
Alê e Juninho continuam sem substitutos funcionais para jogar de uma intermediária a outra.
Felipe Azevedo tem sido mais elogiado pela colaboração com o Marlon na recomposição e organização defensiva do que pela produtividade na transição e construção ofensiva.
Gustavinho poderia ser sido mantido entre os titulares, porque é um qualificador do passe no início das jogadas pelo lado direito, com as ultrapassagens do Juninho e Patric para buscar a linha de fundo.
Everaldo seria opção para o segundo tempo ou entrar no lugar do Felipe Azevedo.
A escalação do Henrique e Welington Paulista demonstrou que sem a construção das jogadas para serem finalizadas é improdutivo escalar atacantes com baixa velocidade.
Carlos Alberto, Kawê, Matheusinho, Paulinho e Pedrinho poderão ser opções entre titulares ou substitutos.
América:
Jailson;
Patric (Cáceres), Conti, Eder e Marlon;
Lucas Kal (Rodriguinho), Juninho e Alê (Henrique Almeida);
Felipe Azevedo (Gustavinho), Aloísio (Wellington Paulista) e Everaldo
Técnico: Mancini
Ceará:
João Ricardo;
Nino Paraíba, Messia, Gabriel Lacerda e Victor Luis,
Richard (Geovane), Rodrigo Lindoso (Fernando Sobral), Richardson e Vina (Michel); Mendoza e Matheus Peixoto (Cléber)
Técnico: Dorival Júnior